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Movimentos convergentes e divergentes

Publicado

em

*Por Samanta Lopes

Para falar dos movimentos entre os grupos nos quais vivemos, vou utilizar como analogia um fenômeno que envolve as placas tectônicas. Este movimento se reproduz em outros momentos, em outros contextos, com um nome um pouco diferente: ondas convergentes e divergentes. Senti daqui alguns bocejos, bufadas e até aquele “do que ela está falando?!!!”. Mas aguarde e siga comigo, pois vou explicar a seguir.

Esses movimentos, quando aplicados à construção dos continentes, causam os relevos que conhecemos:

●       Convergência, que é um choque entre as placas tectônicas (blocos gigantescos de rochas) e dele se originam relevos altos, como montanhas.

●       Divergência, que é o afastamento entre as mesmas placas, deixando vales e espaços vazios ou profundos entre um extremo e outro.

Há, ainda, um terceiro fenômeno, que são os deslocamentos laterais, chamados de transformantes. Estes ocasionam terremotos, mas só vamos falar sobre eles em outro momento.

Hoje nos concentraremos em convergência e divergência. Ambos promovem mudanças e, assim como nas relações humanas, promovem certo desalinhamento do que estava posto. Fazem um realinhamento das estruturas (entre as montanhas e outros planos), assim como entre as pessoas e suas expectativas.

Quando temos uma comunidade voltada ao desenvolvimento coletivo, as metas, as ações, as premissas e as condutas são todas direcionadas ao fortalecimento do grupo. Tudo é pensado para juntar forças, promover ações para unir o que está separado e gerar algo melhor, maior e mais robusto.

Imagine quanto esforço é necessário para elevar um plano de terra, deixá-lo no formato de uma montanha! Basta pesquisar um pouco para entender o quanto ela pode se erguer acima do nível do mar e quanto é difícil tentar mover uma. Entre grupos de pessoas, temos movimentos similares. São eles que financiam campanhas como Teleton, Médicos sem Fronteiras, entre outros. Eles precisam estar alinhados às crenças que são construídas desde a infância e se estruturam durante toda a vida, aliados aos valores – geralmente herdados e mantidos pelas relações culturais e humanas nos grupos em que vivemos. Mudar ou remodelar essa “montanha” de conceitos que foram sedimentados durante anos por tudo o que nos cerca é uma mudança cultural, um trabalho árduo que precisa ser planejado, ter objetivos e, principalmente, trazer algo melhor para ocupar os espaços, ou deixará um vazio imenso e sem sentido.

As pessoas precisam de um sentido para suas vidas ou tudo se torna uma rotina maçante, um espaço esvaziado de sentidos que pode promover adoecimentos e perda de produtividade, até mesmo a desistência da vida.

Quando falamos dos movimentos divergentes relacionados às pessoas, são aqueles momentos em que percebemos que nossos vieses inconscientes, nossos preconceitos, nossos valores pessoais nos afastam de alguém ou de algo.

Você não precisa gostar de todas as pessoas, nem todas elas gostarão de você. Tudo bem! Muitas vezes, são as situações da vida que nos aproximam e nos afastam. Os ciclos nos quais vivemos, como infância, adolescência e vida adulta, mudam as pessoas com quem estamos, quem somos, e até mesmo os amigos, as coisas que nos divertem, os hobbies, as comidas e roupas; coisas que antes serviam tão confortavelmente passam a não servir mais. Outras vezes, são mudanças de comportamento, de atitude, de visão, motivadas por questões que nos ferem, que não cabem mais.

Vou citar um cenário: nos últimos cinco anos, muitas pessoas se tornaram veganas porque a mídia e grupos ambientais denunciaram uma série de violências contra animais. Tornar-se vegano virou um ato de resistência frente às violências contra os animais, contra o matar para consumir, que para essas pessoas são atos que não fazem mais sentido.

Se trouxermos para o ambiente corporativo, percebemos que as rotinas são ocupadas por desafios, por competições e ações com metas de entrega. Desta forma, a tensão pode ser constante e gerar ações divergentes, porque não fomentam o crescimento colaborativo que gera bases sólidas de interações humanizadas entre os players do mercado, nos ambientes internos, nem entre os stakeholders envolvidos. As bolhas precisam ser rompidas, e precisamos ganhar amplitude de visão e de ação para mudar isso.

Se estamos em um ambiente ou situação que nos oprime, promove dor ou algum tipo de desconforto, podemos nos conectar às outras pessoas que estão fora do grupo que nos fere, ou seja, temos de expandir nossos grupos para além daqueles mais próximos que nos provocam esse mal-estar. Nesse caso, os movimentos divergentes podem nos impelir a conhecer pessoas e lugares menos tóxicos e mais acolhedores.

Abra-se para a oportunidade de caminhar para mais longe, expanda seus horizontes, assim como o sol. Desloque-se para um grau a mais e, assim, vá encontrando novos territórios para conhecer e, quem sabe, semear relações mais saudáveis com pessoas que realmente valorizem e respeitem a sua individualidade.

Seu cotidiano ficará mais leve e sua vida mais luminosa. Não se limite ao lugar que te deram. Até mesmo a prática de caminhar, desde que você olhe à sua volta com olhos bem abertos, pode te conectar a novas pessoas e novas histórias.

Mova-se para convergir e chegar a lugares que te levarão para o alto, com uma boa base de apoio. Busque novos pontos de vista para enxergar o mundo. Permita-se convergir e encontrar pessoas com outros pontos de vista, mas com valores alinhados ao desenvolvimento humanizado e positivo para todas as pessoas envolvidas. Há, sim, muitas coisas belas que merecem ser apreciadas. Saia, viva e resista!

*Samanta Lopes – Coordenadora MDI da um.a #DiversidadeCriativa

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Como as marcas devem se preparar para a Black Friday?

Publicado

em

*Monique Areze

Segundo uma pesquisa da Wake, em parceria com a Opinion Box, 32,5% dos brasileiros iniciam o monitoramento de preços já no final de julho com foco em aproveitar as melhores ofertas durante a Black Friday. Se a antecipação é um ponto importante para o público, a retórica também se faz necessária para as empresas.

 

Diante de um cenário cada vez mais competitivo, as marcas que desejam ter êxito na campanha de Black Friday, marcada para o dia 29 de novembro neste ano, precisam fazer um planejamento detalhado e se atentar aos mínimos detalhes.

Entre os maiores obstáculos enfrentados estão questões como logística, gestão eficiente dos estoques e o treinamento das equipes perante o volume elevado de atendimento e solicitações. Isso porque a Black Friday é uma data em que o atendimento ao cliente tem um papel crucial na jornada de compra. Um trabalho voltado a esses três elementos em conjunto tende a ser o grande diferencial para que as marcas consigam manter uma experiência fluida e positiva junto aos consumidores, desde o primeiro contato até o pós-venda.

Nesse caso, estamos falando de três pilares operacionais: planejamento estratégico, atendimento ao cliente e capacidade de execução.

Por isso, a organização para a data precisa abranger toda a logística, metas e ações de marketing do negócio, com definição clara das estratégias para que os objetivos sejam atingidos. Já o atendimento eficaz e rápido traz um diferencial desejado pelo público em um contexto onde ele busca respostas e soluções ágeis. A competência funcional, por sua vez, envolve garantir estoques adequados, uma logística de entrega eficiente e o uso de tecnologias para suportar um grande volume de transações.

Além das questões operacionais, a criação de campanhas de marketing voltadas à Black Friday, por meio de uma comunicação clara e objetiva ao público-alvo, é outro elemento fundamental. Impulsionada pelo uso de soluções de automação e personalização, as ações representam um diferencial significativo, já que permitem uma melhor segmentação do público, um fator que possibilita o envio de ofertas mais atraentes e direcionadas.

Aliás, o uso de automação não deve ser limitado ao marketing. A criação de um FAQ destinado a elucidar questões comuns para a Black Friday, como prazos de entrega, políticas de troca e devolução, formas de pagamento, além de canais automatizados para atendimento, ajuda a aliviar a sobrecarga nas equipes e, ao mesmo tempo, acelera os esclarecimentos aos consumidores. Sem contar que o recurso melhora a experiência do cliente e permite que os times priorizem somente os casos que exigem, de fato, uma solução humana.

A verdade é que as empresas que investem em um detalhado planejamento, utilizam a tecnologia de forma inteligente e proporcionam uma experiência de compra fluida saem na frente na briga pela conquista da confiança do consumidor. Num cenário competitivo, superar o óbvio e surpreender o cliente é o verdadeiro diferencial. Até porque, no final das contas, o que se constrói na Black Friday é o valor da marca e a fidelidade. Isso certamente é mais importante do que o faturamento momentâneo.

*Monique Areze – COO do Grupo Duo&Co

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A Influência dos eventos esportivos na liderança executiva: a paixão pelo esporte como motor de impacto

Publicado

em

*Denis Tassitano

O esporte sempre exerceu uma influência significativa na sociedade, ultrapassando barreiras culturais, linguísticas e econômicas. Além de sua capacidade de entreter, tem o poder de moldar lideranças, inspirar valores e promover a inovação.

Quando penso na prática esportiva, especialmente em contextos competitivos, vejo como ela ensina lições valiosas que vão além das quadras e campos. Disciplina, resiliência, trabalho em equipe e tomada de decisões rápidas são apenas algumas das habilidades que podemos levar para o mundo dos negócios. Embora esporte e mundo corporativo possam parecer mundos distintos, há uma conexão poderosa entre o desempenho em um e a liderança no outro.

Um estudo da Harvard Business Review revelou que líderes que praticam exercícios regularmente têm maior capacidade de liderança, especialmente em situações de pressão. Eles desenvolvem uma maior resiliência, tomando decisões difíceis com mais confiança e menos estresse. A pesquisa ressalta que a prática esportiva não só promove a saúde física e mental, mas também impacta diretamente o desempenho profissional, evidenciando como o engajamento pode fortalecer a eficiência na liderança.

No entanto, não é apenas a parte técnica que faz a diferença. A influência do meu pai me transmitiu soft skills essenciais. Aprendi a importância de lutar até o fim, a criatividade para arriscar sem medo de errar e a dedicação de trabalhar duro pelo bem do time, sempre mantendo lealdade, ética e um bom humor que ajuda a manter o ambiente leve, mas competitivo.

Um dos meus livros de cabeceira sobre liderança é “11 Rings: The Soul of Success” do ex-técnico Phil Jackson, multicampeão pelo Lakers e Chicago Bulls. Também sou fã dos ensinamentos de Jürgen Klopp, que liderou equipes como Liverpool e Borussia Dortmund. Esses exemplos ilustram como princípios de competição se aplicam à liderança. Tanto no ambiente competitivo quanto na vida, lidar com pessoas e diversidade é fundamental, e poucos contextos são tão heterogêneos quanto uma equipe de basquete ou futebol. Essas experiências ensinam a valorizar as diferenças e a trabalhar em conjunto para alcançar objetivos comuns.

Cada vez mais, é evidente que a melhor maneira de conectar pessoas é por meio de experiências compartilhadas. O esporte tem esse poder de oferecer vivências únicas, combinando o lúdico, a paixão e a diversão com uma série de outras emoções que nos unem como seres humanos, especialmente em culturas como a latino-americana, movidas por sentimentos intensos.

Hoje, as competições esportivas ultrapassam o simples caráter competitivo e se transformam em polos de entretenimento, onde o networking floresce em um ambiente de diversão e exclusividade. Esses eventos criam laços que vão além do escritório, oferecendo acesso a experiências premium e exclusivas.

Uma das maiores lições que aprendi nesse universo é a importância do equilíbrio. Muitos atletas de alta performance enfrentam dificuldades para encontrar estabilidade após suas carreiras, o que destaca a necessidade de buscar atividades externas que promovam saúde e bem-estar, também no ambiente empresarial. Reconhecer a importância de equilibrar a vida profissional com práticas que nutrem o corpo e a mente é fundamental para um desempenho sustentável e uma vida plena.

Faço um chamado a outros líderes que ainda não exploraram a influência das atividades esportivas em sua liderança e networking: mergulhem nessa paixão. Elas não só fortalecem habilidades de liderança, mas também oferecem um caminho para conexões genuínas e duradouras. Reflitam sobre como os valores esportivos podem inspirar uma liderança mais eficaz e transformadora. Essa paixão pode ser o motor que impulsiona sua carreira e a transforma em algo verdadeiramente impactante.

Denis Tassitano – Cofundador da Best In Black e vice-presidente da SAP Concur.

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