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5 estratégias de marketing para impulsionar as vendas em datas sazonais

Publicado

em

*Silvana Torres

No comércio varejista, as empresas buscam o tempo todo oportunidades para impulsionarem suas vendas, seja por meio de iniciativas próprias, seja com ações ligadas a fatores externos. Nesse último caso, as datas comemorativas estão no topo das prioridades do setor. Dia dos Pais, Mães ou Namorados, são muitas as datas importantes para o comércio brasileiro, o que demanda das empresas campanhas de marketing cada vez mais estratégicas.

Não é novidade que o consumidor tem buscado experiências inesquecíveis e tangíveis no momento de adquirir um produto ou serviço, o que fez com que as marcas pensem em soluções disruptivas e personalizadas.

Seguindo essa linha de raciocínio, colocar o cliente no centro de qualquer ação tem sido o foco das empresas já há algum tempo, apoiadas por estratégias data-driven, em que dados relacionados a preferências, necessidades e hábitos de consumo são interpretados e traduzidos em ações individuais mais efetivas, por fazerem muito mais sentido para determinado perfil de cliente.

Portanto, as ações em datas sazonais só fazem sentido se fizerem sentido também para o seu público alvo. Por isso é importante que a companhia não siga o caminho fácil, o “mais do mesmo”, e busque escolhas que marquem a mente e, principalmente, a alma do consumidor, para transformá-lo em um lover. Para alcançar essa meta, separei 5 dicas que podem ser úteis ao elaborar estratégias de marketing assertivas e coerentes em datas sazonais:

  1. Conheça o seu público

Sem fortalecer o relacionamento com os clientes, não há como aumentar as vendas. E, assim como em qualquer outra relação, só há como fazer isso quando se conhece profundamente o seu público-alvo. Dessa forma, é possível compreender o que o consumidor deseja, quais são os seus hábitos, como ele pretende comemorar a data e quais as tendências que podem nortear esse comportamento, para assim conseguir de fato executar uma boa estratégia de negócios.

  1. Estratégias são importantes, mas elaboradas com antecedência

Nenhum plano de ação de qualidade é realizado em cima da hora. Se a marca sabe exatamente para quem quer vender, precisa definir metas, fazer levantamentos dos produtos ou serviços que serão destaque e, mais do que tudo, se preparar para ter 100% de foco no cliente. Só assim conseguimos criar estratégias abrangentes, que podem envolver promoções e descontos, campanhas temáticas, redes sociais, marketing de influência e parcerias, entre muitos outros artifícios.

  1. Nada se compara a um produto personalizado

Especialmente em datas marcadas por uma abordagem mais emocional, como o Dia dos Pais, oferecer recomendações que vão totalmente ao encontro dos interesses e preferências de cada consumidor é uma maneira de potencializar experiências e gerar reconhecimento. Por exemplo, ao trazer embalagens personalizadas, brindes e comodidade na entrega, a marca estará se adaptando à realidade do público-alvo, maximizando a possibilidade de ter mais consumidores satisfeitos, fidelizados e consumindo nesse período.

  1. O cliente está hiperconectado e sendo impactado por vários canais de comunicação

Hoje, as pessoas estão conectadas o tempo inteiro, o que torna indispensável a aproximação com o público por meio de vários touchpoints. Com isso, a marca pode garantir que chegará ao consumidor e terá a oportunidade de mostrar o porquê seu produto ou serviço é o melhor ou mais adequado para ele. Redes sociais, e-mail marketing, anúncios, influenciadores, tudo isso mantêm a consistência e a lembrança das marcas vivas na mente das pessoas. Os varejos, por exemplo, possibilitam a realização de compras omnichannel, pela ampla oferta de opções que incluem lojas físicas, sites, aplicativos e redes sociais. Claro, essa facilidade de acesso é valorizada pelo público que, ao menor sinal de barreiras para realizar sua busca ou ter acesso ao produto que deseja, tende a desistir da compra.Não importa o poder aquisitivo, a nova geração de consumidores exerce forte impacto no comportamento de compra, o que inclui as datas sazonais, alavancando a predileção pela experiência phygital. Por esse motivo, empresas já empregam soluções como telas interativas, espelhos inteligentes e realidade aumentada para privilegiar o foco total na experiência do consumidor e fortalecer o varejo. As medidas acompanham a percepção de que o entendimento das preferências da nova geração de consumidores conferem às empresas que atuam com esse viés uma vantagem competitiva no mercado.

5. O consumidor ama experiências marcantes

Colocar o cliente no centro de qualquer ação é fundamental para oferecer a ele uma experiência profunda. De nada adianta fazer todos os esforços para conquistar o consumidor, converter esses esforços em compra, mas que isso seja pontual. O marketing de incentivo é uma ótima prova de que atingir o coração do público e ter uma abordagem ‘clientocêntrica’ é altamente eficiente na conquista de seu share of heart. Além disso, ao praticarmos o olhar interno para os colaboradores da própria marca, podemos promover ações especiais de reconhecimento, fazendo com que as equipes se sintam valorizadas e motivadas a trabalharem naquele lugar.

As datas sazonais trazem oportunidades para muitos, mas levar verdadeiros diferenciais ao público, que promovam um crescimento sustentado dos negócios, não é uma tarefa simples. Mais do que vender produtos, a época reforça que é preciso paixão para planejar e executar as estratégias propostas. Mas principalmente, mostra que as pessoas que estão por trás de tudo isso são as verdadeiras protagonistas e são elas que têm a verdadeira capacidade de gerarem um valor real para o varejo.

*Silvana Torres – Presidente e fundadora da Mark Up

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A COP30 e o rótulo como instrumento de política pública: O papel das marcas nessa construção

Publicado

em

*Valmir Rodrigues

Enquanto o mundo comenta os avanços e o que poderia ter sido melhor na COP30, milhões de pequenos produtores e povos indígenas seguem invisíveis nas embalagens – e também no dinheiro que circula pelas cadeias de consumo. No fim, não são governos nem organismos internacionais que definem o ritmo de uma transição justa, mas o cidadão comum, que exerce poder diariamente por meio de suas escolhas de compra.

Quando o assunto é clima, o imaginário coletivo se volta quase sempre ao petróleo e às florestas. No entanto, quem realmente mexe o ponteiro, todos os dias, é o sistema de consumo, começando pelo alimento, responsável por cerca de um terço das emissões globais de gases de efeito estufa. Cada vez que alguém enche o carrinho no supermercado, decide não apenas o que vai comer, mas quais produtores, territórios e modelos de negócio vai financiar.

O documento final da COP30, em Belém, aponta para um mundo em transição: triplicação do financiamento para adaptação, reforço da justiça climática e maior centralidade da Amazônia no debate. É um passo relevante. Mas permanece sem resposta a pergunta essencial: como essa ambição chega ao prato do consumidor e, sobretudo, às mãos de quem produz o que está nesse prato?

No Brasil, essa questão ganha nome e endereço. Segundo o Censo Agropecuário, cerca de 3,9 milhões de estabelecimentos de agricultura familiar representam 77% de todas as propriedades agrícolas do país e respondem por grande parte da comida consumida diariamente. Ao lado deles, as Terras Indígenas ocupam aproximadamente 13% do território nacional e concentram algumas das áreas mais bem preservadas do país. As imagens de satélite mostram isso de forma inequívoca: onde há terra indígena demarcada, a floresta permanece; onde não há, a pressão avança rapidamente.

São justamente esses grupos – pequenos produtores e povos indígenas – que figuram nos discursos da COP30, mas continuam à margem das principais decisões e quase ausentes das embalagens, dos rótulos e do fluxo econômico das cadeias de consumo.

Fora das salas de negociação, as pesquisas mostram que metade ou mais dos consumidores já aceita pagar um valor maior por produtos considerados sustentáveis, e que itens com alegações ambientais e sociais crescem mais em vendas do que concorrentes “neutros” na mesma gôndola. Não falta boa vontade do consumidor; falta transparência, linguagem acessível e modelos de negócio que garantam que esse valor adicional chegue à base da cadeia – às famílias agricultoras e às comunidades indígenas que o Pacote de Belém promete proteger.

É nesse ponto que surge o grande desafio, mas também uma enorme oportunidade para a indústria de alimentos e para as marcas de forma geral: transformar o Pacote de Belém em produtos e embalagens capazes de falar a linguagem do consumidor e criar uma ponte direta com quem produz. Isso significa abandonar o “green talk” genérico e adotar informações que conectem o público ao território de origem, apresentem propriedades, cooperativas, comunidades e terras indígenas, e expliquem de maneira simples como cada escolha contribui para manter a floresta em pé ou fortalecer um pequeno produtor. Também significa incorporar indicadores claros de justiça na cadeia, mostrando de forma objetiva qual parcela
do valor pago chega ao campo e substituindo selos abstratos por transparência concreta e compreensível.

A embalagem pode se tornar, mais do que um recurso de marketing, uma ferramenta de política pública. Ela pode aproximar produção e consumo quando fizer sentido, especialmente em alimentos frescos, onde transporte e cadeia fria têm grande peso nas emissões, ajudar a reduzir desperdício ao oferecer informações claras sobre porções, conservação e uso integral, e mostrar, com números simples e histórias reais, como aquela compra financia territórios e modos de produção específicos, e não apenas uma marca
distante da realidade do campo.

Depois da COP30, a disputa não se limita ao texto de documentos internacionais, mas se estende à confiança na ponta da cadeia. As marcas que conseguirem demonstrar, com dados acessíveis e linguagem clara, que transformam a vontade do consumidor em renda e proteção para pequenos produtores e povos indígenas vão sair na frente.

Algumas já dão os primeiros passos: utilizam QR codes que mostram a fazenda, a cooperativa ou o território de origem; simplificam embalagens para contar histórias concretas em vez de slogans genéricos; e testam modelos nos quais uma parcela do preço é vinculada diretamente a projetos em comunidades rurais. A maioria, porém, ainda permanece no slide da COP, distante da gôndola.

No fim, a pergunta central não é se o Pacote de Belém foi ambicioso o suficiente. A verdadeira questão, para o Brasil e para o mundo, é outra: o pacote que o consumidor leva para casa continuará mudo sobre quem produz, quanto recebe e que impacto gera, ou finalmente passará a contar a verdade que uma transição justa exige?

*Valmir Rodrigues – Fundador da My Trusted Source (MyTS) .

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Imersão além do jargão: o que as marcas precisam entender agora

Publicado

em

*Alexis Anastasiou

Nos últimos anos, palavras como “imersivo”, “360°” e “cenografia imersiva” se tornaram quase um clichê no mercado de brand experience. Conceitos originalmente associados a projetos de alta complexidade criativa passaram a ser usados para qualquer evento com LED ou projeção. O resultado é previsível: quando tudo é imersivo, nada realmente é.

Mas existe uma confusão central nesse debate. Imersão não é estética, é propósito.

É a capacidade de tirar o público do óbvio, deslocando percepção, criando significado e permitindo que ele experimente uma realidade que só existe naquele encontro. Sem narrativa consistente, sem transformação sensorial e sem um território simbólico claro, o que resta não passa de decoração tecnológica.

A boa notícia é que o próprio público já percebeu isso. Ele não se deixa impressionar apenas por estímulos visuais. Ele busca vivência, não vitrines. E o mercado começa a reconhecer que o rótulo “imersivo” só faz sentido quando a ideia encontra um suporte capaz de levar a história adiante.

Por isso, a discussão agora vai além do “como deixar bonito” e entra no “como criar presença”. É nesse ponto que iniciativas permanentes de produção tecnológica, como laboratórios de artes imersivas e espaços dedicados à pesquisa de formatos, vêm provocando uma mudança real no setor. Ao permitir testar, iterar e produzir storytelling com menos desperdício e mais profundidade, esses modelos deslocam o foco de um espetáculo de superfície para uma mídia que dialoga com tempo, memória e subjetividade.

Algumas experiências recentes em projetos culturais e lançamentos de marca já mostram os efeitos dessa virada: o público deixa de ser plateia para se tornar protagonista; a revelação de um produto deixa de ser um truque para virar jornada; a cenografia deixa de ser cenário e passa a ser narrativa.

Imersão, portanto, não é um efeito especial: é uma gramática.

Se o mercado estiver realmente disposto a estudá-la, deixaremos de confundir novidade com inovação e começaremos a entregar experiências que têm algo a dizer. As marcas que se anteciparem a essa maturidade terão, inevitavelmente, vantagem competitiva, porque a memória não se forma apenas pela imagem, mas pelo sentido que ela carrega.

E, no fim das contas, é isso que fica: a história. A tecnologia só importa quando ajuda a contá-la.

Alexis Anastasiou – Diretor e fundador do Visualfarm Gymnasium

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