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Tecnologias garantem imersão em ambientes sintéticos, criando experiências únicas

O mundo mudou recentemente e já havia um processo de maturação em ritmo acelerado, na questão do uso de tecnologias para criar experiências aos consumidores, colaboradores, investidores e demais interessados. Seja por Realidade Virtual, Realidade Aumentada, Realidade Estendida, Mista, Animação, 3D, ou outros modelos, as tecnologias estão revolucionando diversos segmentos, inclusive no Live Marketing.
Para entender a dimensão dessa tendência, Epson, Class e MCI formalizaram uma parceria para novas soluções em eventos digitais. Por meio dos produtos da gigante de tecnologia, em específico os projetores de vídeo mapping, a ideia da parceria é criar e oferecer ao mercado soluções de streaming para eventos híbridos, que devem se manter como tendência. “Pouco ainda foi explorado sobre vídeo mapping e os eventos digitais. Nos eventos ao vivo, a técnica é consagrada e agrada plateias do mundo inteiro pela beleza e arte do conteúdo mapeado. Mas e no digital? Questões como luminosidade, streaming de superfícies mapeadas e retroprojeções ainda precisam ser mais exploradas e desafiadas e as descobertas prometem”, afirma o business innovation director da MCI, Ney Neto.
Quem também aproveitou a tecnologia de imersão foi a Avantgarde, agência que desenvolveu um case para a Volvo América Latina. Para o lançamento da linha F de caminhões, foi montado uma experiência virtual usando Realidade Estendida (xR). “O lançamento da nova Linha F foi um momento histórico para o segmento de caminhões, por isso, idealizamos um evento que entrará para a história, o primeiro em nossa indústria ao usar xR, Produção Virtual e cenários reais para o lançamento de três produtos simultaneamente, medindo mais de 4 metros de altura e pesando mais de 8 toneladas cada. Conseguimos unir o mundo virtual e real em uma experiência imersiva que levou o storytelling a outro nível e permitiu a Volvo apresentar sua nova linha de caminhões em cenários cinematográficos, indo das raízes da marca na Suécia a uma viagem pelo Brasil, de norte a sul, sem sair de Curitiba”, comemora o presidente da Avantgarde Brasil, Ricardo Bruno. Outro segmento que tem aproveitado as realidades virtuais foi a Mueller, empresa de eletrodomésticos catarinense, com mais de 70 anos no mercado. A marca, junto com a agência F/FWD, criou um filtro de Instagram em Realidade Aumentada, onde o consumidor pode ver como ficará na cozinha o fogão mesa de vidro, destaque da campanha.
Segundo o diretor de vendas e marketing da unidade de fogões da Mueller, Henrique Fonseca, este segmento ganhou força nos últimos anos. “Nós mantivemos a tradição de qualidade e somamos inovação para acompanhar esse crescimento e trazer produtos cada vez melhores aos consumidores. É o caso da linha Vetro Mueller, que hoje já soma 16 opções de escolhas que visam atender às diferentes necessidades de cada consumidor", completa.
O público infantil também está no foco das tecnologias de experiências virtuais. A Rasip, empresa que integra a RAR, que investe em produtos para crianças, desenvolveu uma campanha usando Realidade Aumentada nas embalagens da maçã, comercializada pela marca. Os personagens Pernalonga e Lola estampam a embalagem da maçã Space Jam, Um Novo Legado e ainda conta com o atrativo para as crianças. “A realidade aumentada é uma tecnologia já presente nas bags Looney Tunes que permite sobrepor elementos virtuais à nossa visão da realidade. O propósito é criar um link entre tecnologia, alimento saudável e diversão, fazendo com que as crianças – e também os adultos- interajam com nossa embalagem através do uso de seus celulares, jogando e tirando fotos com os personagens Warner ao mesmo tempo em que consomem a fruta”, explica o diretor-superintendente da RAR, Sergio Martins Barbosa.
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Leão e Housi promovem ação criada pela Fri.to Publicidade

A Leão, marca de chás, se uniu a Housi, startup especializada no segmento de moradia por assinatura, para convidar os paulistanos a ficarem “de boa”. A iniciativa faz parte da campanha de inverno de 2025 e convida o público a desacelerar o ritmo urbano agitado e estabelecer uma conexão emocional consigo mesmo.
Uma cabine foi instalada em frente a Housi Paulista. Quem passar pelo local poderá selecionar, em um tela, a opção “Tô de boa” e escolher um sabor de chá, quente ou frio. Em alguns minutos, um compartimento irá se abrir e entregar a bebida.
A ação criada pela Fri.to Publicidade especialmente para a Leão faz parte do conceito “Fica de Boa” e busca oferecer momentos de descontração, autocuidado e bem-estar. Enquanto isso, os consumidores experimentam os diferentes sabores de Chá Leão que mais combinam com seu estilo de vida em cada momento. A ativação traz a Housi como parceira porque as duas marcas têm valores em torno do bem-estar, da leveza e do equilíbrio emocional.
“A Housi tem buscado, cada vez mais, marcas conectadas com o cuidado e o bem-estar. Acreditamos que Leão está neste caminho e conectada com o que acreditamos. Mais do que uma proptech, também queremos ser um espaço de autocuidado”, pontua Alexandre Frankel, CEO da Housi.
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A indústria brasileira de som reforça protagonismo na regulação da IA

O avanço da inteligência artificial tem provocado transformações profundas em diversos setores da economia criativa. Na indústria de som, esse movimento desperta tanto expectativas quanto preocupações. A Apro+Som (Associação Brasileira das Produtoras de Som) está na linha de frente desse debate, articulando propostas e acompanhando o Projeto de Lei 2338/2023, que estabelece diretrizes para o uso da IA no Brasil.
Na última semana, foi realizada a primeira audiência pública na Câmara dos Deputados sobre o PL 2338/2023. Na ocasião, a Apro+Som, junto a mais de 40 entidades da indústria criativa, musical, jornalística e de comunicação, apresentou uma carta reforçando a importância do marco regulatório que assegura transparência no uso de obras e protege os interesses de criadores artísticos e intelectuais.
Segundo Bia Ambrogi, presidente da Apro+Som, a urgência desse debate está na preservação dos direitos de quem cria obras autorais. “Todos que fazem parte da cadeia criativa precisam continuar protegidos. Se uma obra é utilizada no input de mineração de dados para treinamento da IA e gera algo novo no output como resultado final, é justo que haja remuneração. Nenhum setor pode se apropriar, de forma gratuita, dos recursos produtivos de outro setor com a justificativa de que é preciso deste insumo para crescer”, relata.
A dirigente explica que, embora a regulação seja essencial para todos, há uma diferença perceptível no impacto entre grandes e pequenas empresas do setor criativo.. As corporações de maior porte têm se beneficiado ao reduzir custos com serviços em escala, enquanto as empresas menores utilizam a IA de forma pontual, sem substituir a mão de obra criativa. “No fim, todas perdem sem a regulação. O direito autoral é constitucional e precisa ser resguardado, independentemente do porte da empresa”, afirma.
Outro ponto levantado por Bia Ambrogi é a tendência de agências e anunciantes ampliarem o uso da IA para assumir etapas da produção que antes eram delegadas às empresas especializadas. Para ela, trata-se de um processo de adaptação, mas não de substituição. “Não existe uma única pessoa ou tecnologia capaz de pensar, criar, executar, sonorizar, distribuir e medir resultados de uma campanha inteira. Especialistas continuarão sendo necessários, ainda que em formatos diferentes.”
A Apro+Som reforça que a regulação trará benefícios tanto para grandes quanto para pequenas empresas, além de profissionais autônomos. Com regras claras, haverá segurança jurídica e reconhecimento pelo uso de suas obras. A ausência de regulação, por outro lado, traz insegurança jurídica a quem usa e amplia o risco de concentração de poder nas mãos de big techs enfraquecendo o mercado nacional.
O PL 2338/2023, já aprovado no Senado, segue em tramitação na Câmara dos Deputados e, posteriormente, retornará ao Senado para votação final. O movimento IA Responsável, do qual a Apro+Som é uma das lideranças, acompanha de perto cada etapa, inspirando-se em modelos regulatórios já implementados em países da União Europeia.
Esse movimento também fortalece o posicionamento internacional do Brasil no debate sobre IA. “Quanto maior o alinhamento entre os países, mais eficiente será a regulação. A tecnologia não conhece fronteiras, por isso precisamos falar a mesma língua quando o tema é uso de dados protegidos por Direitos Autorais. A Apro+Som acompanha o cenário nacional e internacional e integra a frente IA Responsável, formada por cerca de quarenta associações dos setores criativos.”Um trabalho coletivo, com diferentes focos mas com o mesmo objetivo: preservar o direito autoral, um princípio constitucional, aplicando-o com regras adaptadas à realidade da inteligência artificial”, reforça Bia.
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