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Startups insistem em não apostar no branding e só perdem com isso

Publicado

em

*Por Cintia Valente

De 558 para 33.489, um aumento de 60 vezes, entre 2000 e 2023! Esses são os dados de crescimento do ecossistema de startups no Brasil, de acordo com os dados do Relatório “Panorama Tech na América Latina 2023”, elaborado pela Distrito.

Outro dado relevante é que entre os anos de 2013 e 2023, o Brasil se tornou o país com maior número de startups ativas na América Latina, com uma representatividade de 62,9% do total. Um recorte rápido nos leva a observar que fintech é o setor mais atrativo, seguido por RetailTechs e Martechs. Quando falamos do modelo de negócios, o já conhecido Software As A Service (SaaS) ainda é o vencedor.

Ainda contextualizando o ecossistema, não podemos deixar de abordar que no segundo trimestre de 2023 houve uma desaceleração de Venture Capital, quando comparado com 2021, apresentando uma queda de 84,7% dos investimentos e redução de 50,8% de rodadas.

Isso nos faz refletir que os empreendedores, mesmo os mais experientes, ainda cometem um erro grave quando falamos de posicionamento de marca: não apostam em branding de qualidade. Os gestores das startups precisam ampliar o olhar e pensar em formas de atrair a atenção dos investidores, independente do estágio que a empresa se encontra. Essa construção de marca certamente fará a startup ter melhor visibilidade e reputação, e estar preparada para fortes movimentações de queda de investimentos, mantendo-se relevantes mesmo diante de um cenário de desaceleração.

Uma startup que ainda insiste em não criar e apostar em estratégias de branding bem estruturadas, tenderá a perder notoriedade e, eventualmente, poderá sumir em um mercado cada vez mais competitivo. Aqui vale destacarmos que branding por branding não faz sentido, ok?! É preciso fazer um estudo minucioso de onde sua marca está atualmente, onde se deseja chegar e, só então, traçar o passo a passo.

Grandes fundos de investimento costumam observar questões como posicionamento, market share, potencial de crescimento, além de pautas relevantes em todo o mundo atual, como sustentabilidade e impacto social. Por isso é mais do que necessário que empreendedores comecem a encarar o branding como investimento, e não como um custo para a empresa.

Por fim, vale destacarmos que um dos principais desafios das startups é, além de validar seu modelo de negócios, se tornar uma marca perene, ou seja, uma empresa que, de fato, entregue não apenas um produto ou serviço, mas um valor de marca que esteja alinhado com um propósito maior.

Para aquele que fala que branding não é mensurável só há duas explicações: ou tem preguiça ou não conhece o mercado. Graças a diversas inovações tecnológicas que temos, já é possível gerar métricas específicas até mesmo para cada área dentro de sua empresa, basta querer. E aí, sua marca está com o branding em dia?!

*Cintia Valente – Sócia e CMO da Noah

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O contato físico voltou a ser o ativo mais valioso do marketing

Publicado

em

*Rodrigo Villaboim

Vivemos grudados na tela. Todos os dias, somos impactados por mais de 10 mil mensagens publicitárias, segundo a Forbes. Nesse excesso, tudo começa a parecer igual. A atenção vai embora rápido. A memória, também. É por isso que experiências presenciais voltaram a ser o que realmente diferencia uma marca. Elas fogem do padrão, criam vínculos reais e geram lembranças que duram mais que alguns segundos de scroll.

E os dados não deixam dúvidas. Um estudo da EventTrack mostra que 91% dos consumidores sentem mais empatia por marcas que oferecem experiências ao vivo. Segundo a Harris Poll, 78% preferem interagir fisicamente com produtos ou serviços antes de decidir comprar. E 85% dos CMOs afirmam que o retorno do marketing presencial supera o do digital isolado quando o objetivo é construir marca, de acordo com o Bizzabo Event Experience Report.

Mas não se trata de escolher entre um ou outro. O digital entrega escala, dados, velocidade. O presencial entrega confiança, emoção, conexão. Quando os dois se combinam, o impacto se multiplica.

Não é coincidência que eventos estejam lotados de novo, que ativações virem assunto nas redes e que as marcas fora da tela tenham conquistado uma vantagem difícil de medir com métricas tradicionais. Enquanto as taxas de clique caem para menos de 0,5% no digital, experiências presenciais seguem engajando mais de 40% do público.

Casos como o lançamento do Apple Vision Pro, em que as demonstrações físicas geraram mais repercussão que o anúncio online, ou a ativação Barbie Land, que concentram 80% do buzz digital em ações no mundo real, mostram que o físico, quando bem integrado ao digital, não só amplia o alcance, mas constrói valor.

Porque, no fim, o consumidor quer conveniência digital com experiências reais. Quer sentir, não só ver. Quer viver, não só assistir. O contato físico não é saudosismo. É estratégia. Em 2025, o que é real virou exceção. E tudo que é exceção, marca.

*Rodrigo VillaboimSócio-diretor da agência de Live Marketing .Be Comunica.

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Como marcas conectadas com o presente engajam leads com criatividade, agilidade e propósito

Publicado

em

*Tati Wong

Sabe aquela função de ouvir os áudios do WhatsApp 2x mais rápido? Virou vício. A gente não quer só ouvir, a ideia é acelerar tudo. Pular enrolação, ir direto ao ponto, sentir a adrenalina da informação. Vivemos no modo turbo. O tempo encolheu, a paciência também. E nesse mundo de consumo fragmentado e escolhas instantâneas, a atenção virou moeda rara.

Não basta ser bonito ou criativo, é preciso ser rápido, autêntico e afiado. E o Instagram entendeu o recado. Ao liberar a reprodução acelerada dos Reels, ele rompeu com o charme do tempo linear e entrou de vez no clube dos que colocam o controle nas mãos do usuário. TikTok, YouTube, X (o ex-Twitter) e o Facebook já estavam lá, ditando o ritmo.

A pressa virou cultura, segundo a Deloitte Digital (2024), 63% das pessoas sentem que estão gastando minutos preciosos com conteúdos que não tocam, não somam, não dizem nada. E 72% já buscam marcas que falem com clareza, que se moldem ao compasso de suas vidas aceleradas. Mas a pergunta que me faço é: será que ainda sabemos escutar com calma?

O relatório “Digital 2024”, da Meltwater e We Are Social, traz um dado quase melancólico: o tempo médio de atenção em vídeos online caiu para 8,25 segundos. O menor já registrado. O que se pode realmente sentir em tão pouco tempo? Manter o interesse virou desafio para muitas cabeças em poucos segundos. E talvez, no fundo, o direcional seja menos sobre capturar olhares e mais sobre merecê-los.

Será que você ainda está aqui, ou já perdeu a paciência? No tempo em que até os textos disputam atenção como se fossem Reels, manter alguém lendo virou quase um ato de resistência. E nesse cenário, como marcas que vivem de gerar conexões por meio de leads, relacionamentos, fidelidade, podem reagir sem virar só mais um ruído?

Nos projetos que participo busco outro ritmo que une tecnologia, criatividade e inteligência humana em um só compasso. Nossos pilares, que passam por promoções, programas de incentivo, loyalty B2B2C e soluções com IA, não estão presos à escolha entre ser rápido ou profundo. O segredo está em ser relevante com agilidade.

A urgência, quando bem dirigida, pode ser um convite à ação, não um atropelo. Vemos isso acontecer em campanhas com resgates imediatos, interações leves, jogos simples e recompensas rápidas. Tudo isso fala a língua de quem não quer esperar, mas ainda assim quer sentir algo e fazer parte. Nos nossos programas, quizzes com resgate no mesmo dia chegaram a aumentar em 42% a conversão em comparação a jornadas longas e arrastadas.

Gamificar não é só entreter. É criar uma dança entre atenção e desejo. E, no mundo B2B2C, especialmente com públicos hiperconectados, essa dança é o que faz a diferença entre ser notado e ser ignorado.

Rápido nem sempre quer dizer que o projeto é raso. Segundo o Edelman Trust Barometer 2024, 71% das pessoas confiam mais em marcas com posicionamento claro. Quando propósito e recompensa se encontram, como permitir que pontos virem doações ou ações ambientais, o engajamento sobe, em média, 35%.

Aliado a isso, temos a IA, que não substitui a criatividade, ela turbina. Com dados e inteligência, conseguimos criar campanhas hiper personalizadas, como fizemos no setor de alimentos e bebidas, gerando 58% mais participação e 31% a mais no ticket médio.

E se os algoritmos pedem agilidade, respondemos com conteúdo real, rápido e com impacto. Vídeos curtos com parceiros e consumidores mostram resgates, missões e produtos de forma autêntica, e isso gera conexão de verdade. No fim, a pergunta é simples: sua marca fala no tempo do seu público? Construir relacionamento é urgente, e precisa começar com inteligência, propósito e afeto.

*Tati Wong – Diretora executiva da Roda Trade

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