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“São os dados, estúpido!” O TikTok seria a tábua de salvação para as Big Tech americanas?

Um fato é indiscutível: a rede social mais bem sucedida atualmente é a TikTok, da empresa chinesa ByteDance. Com seus recursos de edição rápida e compartilhamento de vídeos curtíssimos, o app chinês virou uma febre entre as gerações mais jovens, inclusive nos EUA.
Tudo tem um preço, porém. A consequência praticamente inevitável desse sucesso foi colocar o TikTok na mira do governo americano. As autoridades dos EUA acusaram o app de compartilhar os dados dos usuários com o governo chinês e deram um prazo bem curto – 15 de setembro – para que o app alterasse o seu funcionamento.
É só uma questão de política?
A disputa entre os EUA e a China pela liderança do mundo está na base desse ultimato do governo Trump à empresa chinesa.
Mas as preocupações com a segurança dos dados de empresas e cidadãos americanos são genuínas. O TikTok tem capacidade de revelar a localização dos usuários, inclusive informações de identificação pessoal e os relacionamentos com as redes sociais maiores. Nas mãos das agências de inteligência chinesas elas poderiam caçar agentes das inteligências de outros países, além de outros alvos em potencial (como empresários) e dissidentes chineses no exterior. E seus dados podem ser usados para melhorar a tecnologia de reconhecimento facial do governo treinando-a em uma gama mais ampla de etnias do que é possível internamente, observou um ex-alto funcionário da inteligência.
Além disso, os dados coletados pelo TikTok podem ser minerados para aprimorar os sistemas de inteligência artificial ou de outra forma de melhorar os recursos de big data da China.
E aqui é onde a coisa realmente pega. Porque, no frigir dos ovos, tudo se resume à frase dita por James Carville, assessor de Bill Clinton, durante a campanha para a presidência dos EUA: “it’s the economy, stupid!”
As Big Tech americanas precisavam mesmo de uma sacudidela
Alguns analistas mais perspicazes olharam para além da questão política, deixando Washington para lá e buscando olhar para o Silicon Valley, na Califórnia. Eles chamam a atenção para o fato de que, mais que uma briga para ver quem tinha o hardware maior, essa seria a oportunidade que as big tech precisavam para não perder a mão no jogo. Porque elas haviam ficado para trás em inovação, nas mídias sociais, em gaming e provavelmente em outras áreas de oportunidade.
Tem dúvidas a esse respeito? Então, tome o Twitter como exemplo. Apesar de gastar cerca de US$ 700 milhões por ano em pesquisa e desenvolvimento, a oferta da empresa de microblog permaneceu praticamente a mesma na última década. Sua maior inovação foi dobrar a quantidade de caracteres para cada tweet em 2017. Isso não é um retorno impressionante em relação àquele montante de investimento, concorda?
Da mesma forma, as plataformas do Facebook e do Google não têm se comportado de maneira muito melhor. A funcionalidade principal do feed de rolagem de compartilhamento de fotos do Instagram e da interface de pesquisa de vídeo do YouTube não mudou muito nos últimos anos.
O TikTok, ao contrário trouxe inovações significativas para o campo dos vídeos curtos. Seu algoritmo de personalização apresenta o conteúdo de entretenimento mais relevante para seus usuários, levando o aplicativo a ser o mais baixado do mundo este ano — já atinge 100 milhões de americanos.
E enquanto os messengers dos EUA definharam, o WeChat também se tornou um super aplicativo, expandindo-se de mensagens para pagamento, compras, jogos e muitos outros recursos.
Em nenhum lugar a lacuna é mais aparente do que no mercado dos videogames. A demanda disparou à medida que os consumidores recorrem aos videogames para entretenimento doméstico sob pedidos de abrigo no local. De acordo com o NPD Group, as vendas de videogames nos EUA aumentaram 30% no segundo trimestre em comparação com o ano anterior. E o surto de crescimento da indústria pode estar apenas começando. Os avanços tecnológicos advindos da computação em nuvem, semicondutores e motores de jogos estão posicionando a indústria para estar à beira de uma onda de inovação de vários anos. A empresa de pesquisa Newzoo projeta que o mercado de jogos crescerá de cerca de US$160 bilhões este ano para quase US$200 bilhões até 2023.
Uma base de jogadores fenomenal
A população global de jogos deve chegar a 3 bilhões em apenas alguns anos. E o crescimento impressionante dos videogames pode ser mais sustentável porque eles estão se tornando as redes sociais do futuro. Na semana passada, o CEO da Activision Blizzard Inc., Bobby Kotick, falou sobre essa tendência importante em uma ligação com investidores: “Os jogos fornecem interações sociais que conectam as pessoas mais profundamente do que qualquer outra forma de entretenimento”, disse ele. “Esperamos que, à medida que novos jogadores se envolvem e formem conexões no jogo com amigos novos ou existentes, muitos deles permaneçam engajados por muito tempo, e vemos isso como uma oportunidade realmente grande”.
Para aproveitar o próximo nível de crescimento, as empresas chinesas e japonesas investiram em alguns dos melhores ativos da indústria em todo o mundo. A Tencent agora detém participações na preeminente líder em jogos para celular Supercell, com sede em Los Angeles, Riot Games – o criador do tremendamente bem-sucedido jogo para PC “League of Legends”, que tem dezenas de milhões de jogadores – e a desenvolvedora Epic Games Inc. da Fortnite. A Sony Corp. também fez um investimento estratégico na Epic, citando os benefícios da colaboração do motor de jogo Unreal líder da indústria do estúdio, que impulsiona muitas das melhores experiências de jogos multiplayer da indústria.
Embora as empresas asiáticas tenham feito movimentos inteligentes, as americanas não estão indo tão bem. Por exemplo, em maio, a Amazon.com Inc. lançou seu primeiro jogo de grande orçamento, “Crucible”, apenas para retirá-lo do mercado poucas semanas depois, após não conseguir ganhar tração com os jogadores. Da mesma forma, o serviço de jogos em nuvem do Google Stadia e o serviço de assinatura Arcade da Apple Inc. não decolaram com os consumidores.
Além disso, o feedback inicial da comunidade de jogos aponta para outra vitória da Sony sobre a Microsoft na guerra de console da próxima geração. Em um desenvolvimento impressionante, a Microsoft anunciou na terça-feira que seu jogo âncora “Halo Infinite” seria adiado para o próximo ano por causa de problemas de desenvolvimento, complicando ainda mais o lançamento de hardware da empresa. Como resultado, a Sony agora tem uma vantagem clara com sua linha de jogos exclusivos.
Para ter certeza, as franquias de negócios principais da Big Tech ainda estão prosperando financeiramente. No mês passado, todas as empresas publicaram resultados financeiros melhores do que o esperado para os últimos trimestres informados, demonstrando sua capacidade de gerar dezenas de bilhões de dólares em lucros, mesmo em meio a uma pandemia.
Mas a história da indústria de tecnologia está repleta de exemplos do Yahoo ao Blackberry nos quais o domínio em uma era pode desaparecer repentinamente na próxima. O principal sinal antes do declínio é a inovação sem brilho. Com o aumento dos aplicativos de internet chineses e a incapacidade da Big Tech de investir adequadamente em jogos, rachaduras estão aparecendo em alguns dos gigantes do Vale do Silício.
Microsoft ou Oracle, quem leva o TikTok?
Colocada contra a parede, a ByteDance tem uma saída clara: associar-se a uma das grandes empresas norte americanas. O prazo é curto mas a solução seria um ganha-ganha que merece ser perseguido.
Cartas na mesa, a principal candidata a adquirir os ativos da empresa chinesa — leia-se: o TikTok — é a Microsoft.
A empresa de Bill Gates tornou-se uma velha senhora. Ainda que continue tendo sucesso com produtos de nuvem, servidores e pacotes de produtividade — os produtos de computação em nuvem Azure tenha tido uma receita de US$ 13,4 bilhões no quarto trimestre fiscal de 2020 e o segmento de produtividade e negócios chegou a US$ 11,8 bilhões — a empresa corre o risco de se tornar obsoleta.
Ela precisa de sangue novo, pois atualmente a única porta de acesso da Microsoft aos consumidores mais jovens são os produtos de videogame, incluindo Xbox e jogos para PC. Enquanto isso, os produtos da Apple e do Google estão nas mãos de todos os usuários jovens de smartphones. Além disso, as escolas continuam dando preferência ao iPad da Apple e ao Chromebook do Google como alternativas econômicas aos laptops com Windows para as atividades em sala de aula.
A aquisição do TikTok seria um divisor de águas com o potencial de renovar a imagem da empresa entre os usuários mais jovens, que não usam produtos da empresa porque preferem concorrentes como o Chromebook do Google, ou o iPhone e o iPad da Apple.
A Microsoft quer “crescer junto com a base de usuários” pois só assim conseguirá vender outras soluções no futuro, explica Brent Thill, analista da Jefferies, ao Yahoo Finanças.
A Microsoft precisa aproveitar todas as chances de aumentar a presença entre o público mais jovem para garantir a sobrevivência do segmento de tecnologia pessoal. Conseguir comprar uma plataforma de rede social em ascensão, com milhões de usuários, seria a oportunidade perfeita.“O que os jovens mais fazem? Eles estão o tempo todo jogando no iPhone ou em outras plataformas”, comenta Thill. “Eles não usam plataformas da Microsoft, por isso a empresa tem uma oportunidade enorme de crescer com esse público”.
Quem entrou na disputa mais recentemente, mas entrou com muita força, apoiada por um grupo de empresas de capital de risco, foi a Oracle. A empresa tem se esforçado para encontrar novos caminhos de crescimento, já que a Amazon Web Services dominou a computação em nuvem, seguida pelo Microsoft Azure e pelo Google Cloud. No quarto trimestre fiscal da Oracle, a receita caiu 6%, para US $ 10,4 bilhões.
Além disso, a Oracle não está nos negócios de mídias sociais ou vídeo — e isso pode custar caro à empresa. Com a compra do TikTok, a empresa pegaria um atalho valioso em que poderia usar os dados dos consumidores que estão na rede para melhorar seus produtos de marketing.
Dados são o novo petróleo?
Essa briga parece reforçar a verdade contida nessa frase que teria sido cunhada pelo matemático Clive Humby, ao analisar o fato de que a revolução tecnológica praticamente ocupou todos os espaços da realidade.
Bem, temos novidades nesse campo. Aqui, na AlwaysOn, acreditamos que não são realmente os dados que fazem a diferença, e sim o conhecimento sobre clientes e prospects que conseguimos extrair deles. Afinal, petróleo sempre esteve à disposição dos seres humanos, não é verdade? Mas, durante milhares de anos, o máximo uso que ele teve foi como combustível para lamparinas. Quando as tecnologias de extração, refino e transformação — 1, 2, 3 — evoluíram é que ele se tornou realmente valioso.
O mesmo ocorre com os dados, não se engane. Eles estão disponíveis em uma quantidade, em uma variedade e numa velocidade impensável poucos anos atrás. Mas a maior parte das empresas termina afogada neles. Daí termos investido tanto em nossos processos de refino, em nossa tecnologia de analisar, implementar, testar, analisar outra vez, testar outra vez, tudo bem descomplicado, na base do 1-2-3 e dos “quick wins”.
Voltaremos a esse assunto.
Matéria publicada no portal de notícias ADNews. Se quiser mais informações sobre o mundo da publicidade e do marketing acesse: https://adnews.com.br/
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Ana Clara reage à descobertas do primeiro cabelo branco em campanha de Natura Lumina Antissinais

Como parte da campanha de Natura Lumina Antissinais Regenerador Capilar – linha inovadora que previne, reverte e trata os fios brancos – a marca apresenta uma série de conteúdos com Ana Clara. Os vídeos mostram a apresentadora e influenciadora reagindo a tweets de internautas sobre o surgimento do primeiro fio branco, com leveza e humor, abrindo uma conversa sobre cuidados capilares e escolhas pessoais.
A estratégia dos conteúdos se baseia em um insight obtido por meio de social listening: o primeiro fio branco é um marco na vida das pessoas, despertando curiosidade e reflexões sobre decisões individuais. A campanha propõe uma conversa leve e acolhedora, mostrando que é possível cuidar dos fios de diferentes formas.
A linha Natura Lumina Antissinais Regenerador Capilar combina Bioproteína Tripla Ação e o ativo Pró-Melanina, uma tecnologia inédita da marca. Com shampoo, condicionador, sérum, máscara e leave-in, o tratamento oferece uma rotina completa para recuperar a densidade, resistência e textura dos fios maduros. O sérum atua diretamente no bulbo capilar para estimular a produção natural de melanina, prevenindo e revertendo os primeiros sinais de grisalhamento.
“Tratar o tema dos primeiros fios brancos com ciência é essencial. Lumina Antissinais nos convida a olhar para nossos cabelos com liberdade para escolher o que nos faz bem – seja assumir os fios brancos ou cuidar para retardar o seu aparecimento, mas sempre tratá-los para mantê-los saudáveis, com brilho e vitalidade. Ana Clara traduz exatamente essa abordagem: espontânea, divertida e livre de imposições”, afirma Denise Coutinho, diretora de marketing e comunicação da Natura.
Os conteúdos com Ana Clara refletem esse olhar: em cada vídeo, ela reage com humor e empatia aos tweets de pessoas compartilhando suas experiências com o primeiro fio branco, desmistificando medos e dúvidas comuns, mostrando que o cuidado com o cabelo pode ser descontraído e cheio de personalidade. A Natura destaca que sua linha atende a todos os tipos de cabelo, respeitando a decisão de cada pessoa, além de ressaltar os benefícios de densidade, textura e nutrição proporcionados pelos produtos da linha.
“A ideia desta série de vídeos foi criar um espaço divertido e próximo para falar sobre o momento do primeiro fio branco. Ao unir histórias reais e a tecnologia inovadora da linha, buscamos construir uma narrativa que respeita a liberdade de escolha de cada pessoa e valoriza a diversidade de experiências. Nosso objetivo foi mostrar que a marca entende, acompanha e apoia as mulheres em cada decisão sobre seus fios”, comenta Verônica Gordilho, co-COO da agência Africa Creative.
Os vídeos estão sendo publicados no perfil da Natura em collab com a Ana Clara, no Instagram e TikTok, e também estão disponíveis em formato de shorts no YouTube. “Foi um prazer fazer parte da campanha e uma tarde deliciosa. Além do produto ser maravilhoso com uma super tecnologia, tem um aroma delicioso”, finaliza Ana Clara.
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Google traz agentes de IA ao Google Ads e Google Analytics

O Google anuncia o lançamento de dois novos agentes de Inteligência Artificial: o Ads Advisor e o Analytics Advisor. Essas ferramentas utilizam os modelos mais recentes do Gemini e foram criadas para ajudar os anunciantes a obter insights importantes e impulsionar um melhor desempenho das campanhas. As ferramentas estão sendo implementadas em todas as contas em inglês do Google Ads e do Google Analytics e estarão disponíveis globalmente no início de dezembro.
O Ads Advisor foi desenvolvido para atuar como um parceiro de IA que ajuda a gerenciar campanhas de forma proativa diretamente no Google Ads. Ele trabalha aprendendo diretamente com as interações do usuário, facilitando o trabalho do anunciante e impulsionando os resultados da campanha.
As principais funcionalidades do Ads Advisor incluem:
Maximização do desempenho com mínimo esforço: ao executar campanhas Performance Max, o Ads Advisor pode oferecer recomendações personalizadas para atingir objetivos. O usuário pode perguntar, por exemplo, “Como posso otimizar minha campanha para um evento sazonal próximo?”, e ele sugerirá ações relevantes, como adicionar extensões de sites e links. Essas sugestões podem ser transformadas em melhorias efetivas na conta em minutos, mediante análise e aprovação do usuário.
Criação de conteúdo inovador: A ferramenta funciona como um poderoso recurso de brainstorming e geração de ideias para atender à demanda por conteúdo criativo de alto desempenho. O Ads Advisor pode gerar novas palavras-chave e recursos relevantes para campanhas de Busca e Performance Max, baseando-se no contexto do site e recursos existentes. Ele também sugere títulos e descrições para promoções sazonais ou permanentes.
Análise de desempenho personalizada: o Ads Advisor funciona diretamente na conta do Google Ads, oferecendo análises e relatórios personalizados em tempo real com base em dados e objetivos de negócios. Ele pode diagnosticar o desempenho, identificar possíveis problemas e sugerir as próximas etapas para corrigi-los, respondendo a perguntas como: “Minha principal campanha de fim de ano acaba de ser lançada. O Ads Advisor pode me dizer por quê [está com problemas]?”.
Correção de Problemas de Política: A ferramenta atua como um especialista em Políticas e Diagnóstico de Desempenho, ajudando a identificar a causa raiz de anúncios reprovados e, em alguns casos, até mesmo tomando medidas para corrigir problemas (como editar o URL de um anúncio) para sua aprovação.
Já o Analytics Advisor é o parceiro essencial para desvendar insights, orientando o usuário para uma melhor mensuração e desempenho de mídia. Essa experiência de IA conversacional integrada ao Google Analytics (GA) foi projetada para atuar como um analista pessoal orientado por dados, ajudando a tomar decisões melhores e mais rápidas. Estará disponível para propriedades do GA Standard e do Google Analytics 360 em todas as contas em inglês em dezembro.
O Analytics Advisor permite que os usuários:
Descubram Informações e Obtenham Respostas Rápidas: A ferramenta resolve o desafio de obter uma visão holística dos dados, fornecendo insights de desempenho e visualizações imediatas. Pode inferir relatórios relevantes para fornecer uma avaliação abrangente da saúde do negócio com perguntas amplas, ou gerar instantaneamente insights sobre métricas e eventos importantes com consultas específicas, como “O que meus usuários ativos têm feito nos últimos 30 dias?”.
Investiguem Mudanças de Desempenho: A experiência conversacional permite investigar o desempenho sem a necessidade de analisar relatórios manualmente. Ao responder a perguntas do tipo “Por que o número de meus usuários ativos aumentou drasticamente em 25 de setembro?”, o Analytics Advisor realiza uma análise dos principais fatores determinantes, identificando a causa raiz de picos ou quedas e priorizando os fatores mais relevantes para os resultados de negócios.
Passem da Compreensão à Ação: A ferramenta orienta o usuário para uma abordagem otimizada, oferecendo recomendações de crescimento com instruções específicas e passo a passo. Após a análise, o usuário pode solicitar recomendações concretas, como “Com base nesse pico, qual a melhor oportunidade para converter ou reengajar os usuários mais valiosos do tráfego de 25 de setembro?”.









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