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Pública ou privada, a comunicação precisa entender as diferenças sociais e culturais

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Por ser uma atividade diretamente ligada aos contextos sociais, culturais e tecnológicos, a publicidade tem passado por diversas transformações importantes nos últimos tempos. Tais mudanças afetam, indistintamente, empresas privadas e também a comunicação de políticas públicas. Questões relacionadas à preservação ambiental, igualdade de gênero e outros temas igualmente tão importantes passaram a ser pauta da sociedade e essas demandas devem encontrar eco na publicidade das empresas e do governo. A cidadania empresarial se tornou uma forte demanda da sociedade.

No contexto social, precisamos entender que temos vários tipos de Brasil dentro do País, muito diverso e repleto de contrastes. O Estado de São Paulo, só para lembrar, é do tamanho da Inglaterra! A publicidade, muitas vezes, enxerga Nova York, mas se esquece de olhar para Quixeramobim, no interior do Ceará. A verdade é que questões culturais se materializam nas expressões regionais e nos hábitos de consumo.

O conceito de pensar globalmente e agir localmente sempre foi minha filosofia. Entender o que devemos falar, mostrar como somos e participar da conversa com a sociedade é crucial para a publicidade, seja uma empresa privada ou pública. A tecnologia está aí para nos ajudar, com ferramentas de CRM, programas de relacionamento online e muita análise de dados – “o novo petróleo”. Saber agrupar, extrair e usar as informações para melhorar e mudar o cenário da publicidade é o novo combustível da mudança. Todas as agências têm montados departamentos de Business Intelligence (BI) e de Data Mining, mas ter as ferramentas sem saber como usar é um desperdício de tempo e recursos.

Nas empresas privadas, a publicidade tem que estar a serviço do marketing, alinhando o comportamento corporativo com os desejos da sociedade que se materializam por meio de produtos e serviços adequados, com preço apropriado e distribuição precisa nos pontos de venda. Já a publicidade do governo precisa dialogar com a sociedade e fazer com que as mensagens dos programas e das políticas públicas sejam entendidas por toda a população.

Na publicidade do governo, as mensagens precisam ganhar escala, sendo ajustadas de acordo com as características culturais de cada estado ou região. O Brasil é um país de dimensões continentais com cidades que têm acesso dificultado à internet e novas tecnologias. Antes de olhar para o eixo Rio-São Paulo, temos que olhar para as cidades menores, onde a presença do governo em suas diversas esferas é necessária para levar informações sobre saúde, educação e outros serviços de interesse público, como aqueles relacionados à pandemia. Se caxumba é conhecida como papeira no

Nordeste, uma campanha de vacinação contra a doença precisa ser regionalizada em sua linguagem.

Recentemente vimos uma ação em âmbito nacional para pagamento do auxílio emergencial à população mais necessitada com o advento do Covid-19. Essa publicidade teve caráter informativo e falou com a população brasileira de forma rápida, mostrando o que deveria ser feito para o recebimento do benefício. Isso mobilizou toda a cadeia de telefonia, de serviços e da CAIXA, responsável por efetivar os pagamentos para a população. Sim, sabemos que erros pontuais aconteceram. Entretanto, temos que ter em mente a escala e o tamanho da operação, envolvendo diversos atores de vários setores, desde o financeiro até o da telefonia celular.

Pensar a atividade publicitária é ter foco nas pessoas, estudando hábitos e tendências antes de pensar em qualquer ação de comunicação. O formato de squad, modelo organizacional que separa colaboradores em pequenos grupos multidisciplinares com objetivos específicos, se mostra ótimo caminho para imersão em pontos fundamentais. O método ajuda a conhecer os pontos de contato com a marca, bem como a selecionar de forma criteriosa mensagens e argumentos a serem apresentados.

Isso é parte do desafio do time que executa a modelagem da estratégia, a seleção dos argumentos e a seleção de meios. Sempre com objetivo de fazer com que o cliente consiga dialogar com seus consumidores para gerar valor a partir de uma relação com experiências positivas, baseada em confiança e informação. Seja na esfera pública ou privada!

*Marcello Lopes é CEO da Cálix Propaganda

Matéria publicada no portal de notícias ADNews. Se quiser mais informações sobre o mundo da publicidade e do marketing acesse: https://adnews.com.br/

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Flywheel, retail tech do Omnicom, anuncia integração completa de Mercado Ads em sua plataforma proprietária

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A Flywheel, retail tech do Omnicom, dá mais um passo importante na expansão de suas capacidades de Retail Media na América Latina e anuncia a integração de Mercado Ads, unidade de negócios em publicidade do Mercado Livre, para Brasil e México à sua plataforma proprietária Flywheel Commerce Cloud (FCC). A plataforma permite que marcas e anunciantes passem a ter dados unificados de Share of Voice e Media Reporting em um único ambiente, cobrindo o maior marketplace da região.

“Com esse anúncio, a Flywheel reafirma seu compromisso em oferecer a plataforma mais completa e estratégica para gestão de mídia em marketplaces. O FCC fortalece a capacidade das marcas de operar de forma mais inteligente e competitiva no Brasil e no México, com acesso a insights dinâmicos e de alta frequência sobre a performance de Ads”, afirma Janaina Reimberg, Managing director da Flywheel LATAM.

Ao trazer Mercado Ads para o ecossistema do FCC, a Flywheel habilita decisões de mídia mais inteligentes, rápidas e competitivas em escala multinacional.

“Hoje, somos o terceiro maior player de mídia digital na América Latina e a     maior player de Retail Media da região. Trabalhamos com uma gigante base de dados primários que nos permite gerar bilhões de sinais de audiências para que as marcas possam alcançar os consumidores certos no momento certo da jornada. Mais do que um avanço tecnológico, a integração representa um marco estratégico para a parceria da Flywheel e Mercado Ads.”, afirma Mario Meirelles, diretor sênior de Mercado Ads no Brasil.

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UNICEF lança a campanha “Estufa Improvável” com alerta sobre o impacto da crise climática na educação em diversas partes do mundo

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Com o intuito de chamar a atenção para as condições de calor extremo enfrentadas por estudantes em diversas partes do mundo, o Fundo das Nações Unidas (UNICEF) criou, em Brasília, a instalação “Estufa Improvável”. Trata-se de uma sala de aula cenográfica que simboliza um ambiente escolar, em um momento de onda de calor. Criação da agência Artplan, o projeto é um alerta sobre como as mudanças climáticas afetam o desempenho de crianças e adolescentes nas escolas em diferentes partes do mundo.
A estrutura conta com circulação de ar limitada e sensação térmica semelhante à enfrentada em escolas durante períodos de ondas de calor. A proposta é permitir que o público vivencie, por alguns minutos, uma realidade que já faz parte da rotina de milhões de alunos em todo o mundo.
A ação foi realizada no dia 10 de novembro, quando se iniciava a 30ª Conferência das Partes (COP30) com o propósito colocar luz sobre o problema, quando líderes mundiais, cientistas e sociedade civil estão no Brasil, debatendo soluções e medidas para conter os avanços da crise climática. “As crianças são mais vulneráveis ​​aos impactos das crises relacionadas com o clima, incluindo ondas de calor, tempestades, secas e inundações mais fortes e mais frequentes. O calor excessivo compromete a capacidade de concentração de crianças e o conforto climático para que elas e seus professores se envolvam com qualidade em atividades pedagógicas. Além disso, muitas não conseguem chegar à escola se o caminho estiver inundado, se os rios estiverem secos, ou se as escolas forem destruídas ou usadas como abrigos”, explica Mônica Dias Pinto, chefe de Educação do UNICEF no Brasil.
“A ‘Estufa Improvável’ parte de uma pergunta objetiva: como traduzir um dado científico em uma experiência que gere compreensão imediata? Em vez de depender exclusivamente da linguagem verbal, propusemos uma vivência concreta, uma sala de aula que permite sentir, fisicamente, o impacto de uma onda de calor. Este recurso aproxima o público do problema e apoia na estruturação de um debate com base em evidência e percepção real”, pontuam Pedro Rosas e Pedro Galdi, Diretores de Criação da Artplan.
Além da experiência imersiva, crianças e adolescentes que visitaram a estufa, no dia 10 de novembro pela manhã, participaram de atividades educativas sobre os impactos das mudanças climáticas no cotidiano escolar.
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