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Ricardo Amorim

O Mercado não existe

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em

Vim aqui te contar um segredo. O mercado não existe. Essa ideia de mercado como um grupo
de três ou quatro pessoas que se reúne e faz com que as coisas aconteçam do jeito que elas
gostariam simplesmente não existe. Na verdade, qualquer mercado nada mais é do que a soma de todos os envolvidos naquela atividade.

Por exemplo, se a gente falar do mercado de arroz, quem é o mercado de arroz? Quem produz  arroz, quem consome arroz, quem transporta arroz; todos juntos formam o mercado de arroz.
No mercado financeiro, igualzinho. Ele é a soma de todos que poupam um dinheirinho e todo o mundo que vai buscar um dinheiro emprestado para alguma coisa, por exemplo, empresas que vão fazer uma fábrica nova, que vão investir em um novo produto ou que vão contratar alguém.

A parte importante: como o mercado inclui todo o mundo, estamos todos no mesmo barco.
Não existe nós contra eles, uns contra os outros; muito pelo contrário. Por exemplo, o que
move o dólar, a Bolsa e os juros é a confiança que empresários e consumidores têm no futuro
da economia do país. Se empresários e investidores estão confiantes, eles colocam mais
dinheiro no país, a Bolsa sobe e o dólar, a inflação e os juros caem. Consumidores confiantes
no futuro vão às compras, fazendo as empresas venderem mais, o que aumenta a confiança
dos empresários, que ficando mais confiantes, contratam mais, elevando a confiança dos
consumidores, em um círculo virtuoso.

O contrário também é verdade. Empresários e investidores preocupados com o futuro da
economia param de investir e contratar. Com menos empregos disponíveis, consumidores
também ficam preocupados com o futuro e seguram seus gastos, reduzindo a venda das
empresas, o que derruba ainda mais a confiança dos empresários, em um círculo vicioso.
Exatamente porque estamos todos no mesmo barco, a força da economia e a disponibilidade
de recursos para projetos sociais andam de mãos dadas.

Para qualquer país cuidar do social como ele merece, ele precisa de dinheiro. E para ter mais
dinheiro, a economia precisa estar forte. Quanto mais forte a economia, maior a arrecadação
de impostos e mais recursos para projetos sociais.

Estamos todos no mesmo Brasil. Se queremos mais recursos para projetos sociais,
investimentos em infraestrutura, segurança pública, saúde e educação não só no ano que vem, mas sempre, precisamos fortalecer a confiança na economia brasileira. Por isso, equilíbrio fiscal é tão importante.

Um mercado mais forte, com empresários e consumidores mais confiantes significa uma vida
melhor para todos os brasileiros, com mais empregos, salários mais altos, mais consumo, mais recursos para projetos sociais e melhor qualidade de vida. Todos ganham. Ganham
trabalhadores, ganham empresários, ganham os mais necessitados.

Em resumo, o mercado somos nós, todos nós e o objetivo de qualquer governo tem de ser
propiciar uma vida melhor para todos os brasileiros, cuidando com todo o carinho tanto da
parte social quanto da economia.

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Ricardo Amorim

Há 3 Anos, Brasil cresce mais do que os economistas projetam. Você sabe por quê?

Publicado

em

Por Ricardo Amorim

Recentemente, a divulgação do PIB do segundo trimestre superou as expectativas dos economistas, crescendo três vezes mais do que a média das projeções: 0,9%.

No primeiro semestre, o Brasil teve um crescimento acumulado de 3,7%, acelerando uma trajetória sólida de expansão econômica iniciada em 2021.

Aliás, em 2021 e 2022, o Brasil também superou, com folga, as expectativas de crescimento econômico do início do ano. Em ambos os anos, o crescimento foi mais de 1,5 p.p. maior do que a maioria imaginava no início do ano. Neste ano, a diferença positiva será maior ainda.

Antes da divulgação dos dados do PIB do 2° trimestre, as projeções do relatório Focus do Banco Central, que calcula uma média das projeções de todos os economistas, apontavam para um crescimento de 2,3%. De lá para cá, a expectativa de crescimento vem subindo semana a semana e já atingiu 2,9%. Vai subir mais. O crescimento do PIB nesse ano vai superar os 3% registrados no ano passado, quando a economia brasileira cresceu tanto quanto a China pela primeira vez em mais de 50 anos.

O crescimento do PIB não tem se limitado a um único setor. A indústria liderou o crescimento no 2° trimestre; o setor de serviços vem crescendo de forma sustentada há muito tempo e a agropecuária, que registrou queda do PIB no 2° trimestre, será o setor de mais crescimento no ano, em função de um crescimento espetacular no 1° trimestre: 21,6%.

O Brasil está se beneficiando de fortes exportações de commodities e grande entrada de investimentos estrangeiros tanto na renda fixa quanto no início de novas operações no país, expansão das operações existentes e compra de empresas brasileiras por empresas estrangeiras. Além disso, a recuperação do emprego e da renda e a aceleração da oferta de crédito que ocorrerá devido à queda dos juros no final desse ano e no ano que vem, também vão impulsionar o desempenho da economia brasileira.

Esses fatores econômicos transcendem a política – já aconteciam no governo anterior e continuam a acontecer no atual – e sinalizam um futuro de crescimento mais forte do que imaginado pela maioria nesse ano e no ano que vem.

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Ricardo Amorim

Programas “sociais” que aumentam a desigualdade?!

Publicado

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Por Ricardo Amorim

Em um país marcado por uma história de pobreza e desigualdade, é difícil ser contra políticas sociais e programas de apoio à população de baixa renda. Valendo-se desse fato, seguidos governos brasileiros vêm rotulando de “sociais” programas que não reduzem a pobreza, nem a desigualdade; pelo contrário, a ampliam, aumentando a concentração de renda.

Recentemente, tivemos um exemplo contundente desse fenômeno, com a isenção de impostos para veículos 0km de valor até R$120 mil

Para muitos, a medida soa pró-social, mas na verdade, essa medida está longe de atender às necessidades da parcela mais pobre da população. No Brasil, veículos 0km, mesmo os mais baratos entre eles, são adquiridos pelos 5% mais ricos dos brasileiros. São eles os beneficiados pela isenção fiscal.

Essa situação não é um caso isolado. Ela reflete uma tendência crônica de subsídios que, em vez de promover a igualdade, reforçam a disparidade socioeconômica. Um estudo do Banco Mundial realizado em 2015 apontou que 14 dos 15 programas sociais então existentes no Brasil beneficiavam mais a parcela dos 20% mais ricos da população do que os 20% mais pobres. Tais políticas, propagandeadas como forma a aliviar as dificuldades dos menos favorecidos, na prática, direcionam recursos para os mais abastados.

Um exemplo emblemático desse fenômeno é a chamada “universidade pública gratuita”. Ela é gratuita para quem a frequenta, mas financiada pelos impostos de todos os cidadãos, incluindo a imensa maioria que não têm a oportunidade de frequentá-la.

A grande maioria dos beneficiários desse sistema pertence às camadas mais ricas da população. Em resumo todos, incluindo os mais pobres pagam para que os mais ricos estudem de graça. Parece justo?

Falsas políticas sociais que perpetuam a concentração de renda precisam acabar imediatamente. Se isso acontecesse, poderíamos ter uma brutal redução de impostos sobre consumo, essa sim beneficiaria todos os brasileiros e desproporcionalmente mais os mais pobres, que têm toda a sua renda taxada pelos mais altos impostos sobre consumo de todo o mundo, como a proposta de criação do IVA, na Reforma Tributária está deixando claro.

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