Atualmente no ambiente digital é possível encontrar as mais diversas manifestações artísticas e culturais, desde obras de artes, até filmes independentes, performances em premiações e programas de televisão, clipes musicais e outros formatos. Porém, em sua grande maioria, os conteúdos compartilhados são cópias não autorizadas do produto original, que se tornam virais, e são disseminadas entre as mais diferentes plataformas. Com um olhar voltado para a autenticidade desses produtos, surge a NFT, tecnologia que por meio de uma assinatura digital baseada em um blockchain, permite a qualquer pessoa verificar e autenticar a propriedade de um ativo na internet. Atento às principais tendências que permeiam o universo digital, o empresário Gabriel Lima, diretor de operações e cofundador da MField, agência referência no segmento do marketing digital e de influência, explica como a novidade pode ser vantajosa para os negócios.
De acordo com o empresário, que acumula mais de 5 anos de experiência no segmento digital, as Non-Fungible Tokens (da tradução literal Tokens Não-Fungível), mais conhecidas pela abreviação NFT, assim como qualquer novidade que surge na internet parecem confusas e pouco funcionais, mas essa tecnologia promete grande eficácia em sua execução no mercado, principalmente para o negócio de empresários, marcas, empreendedores e artistas que têm seus trabalhos amplificados dentro do universo digital. “A NFT funciona por meio da aplicação de um código à arte/produto, que a legitima como original, com isso, o proprietário que detém dos direitos pode ter acesso a todas as reproduções realizadas digitalmente”, destaca Gabriel.
Dentre as principais vantagens que a aplicação da tecnologia tem para os produtos na internet, está a possibilidade de valor agregado para comercialização, uma vez que o autor da obra, independentemente de seu modelo, formato e segmento consegue autenticar a mesma como a única e original, processo que já existe no mundo das artes. Leonardo Vinci e Van Gogh, por exemplo, acrescentavam em suas obras assinaturas e outros tipos de inclusão que as categorizam como originais. “Mesmo sendo copiada e tendo réplicas sendo compartilhadas, a peça que possui a NFT é a única dada como original, por dispor de um código único e inalterável”, pontua Gabriel. “Ainda que seja possível autenticar também as cópias, cada peça terá sua NFT específica, sendo assim, o código não é duplicável, o que traz maior segurança contra falsificações”, completa.
Mesmo que recente, a NFT já começa a movimentar o mercado. No início de março, o presidente do Twitter, Jack Dorsey, vendeu seu primeiro tweet na plataforma como NFT, além dele grandes marcas como Gucci e artistas como King Of Leons já começam a aplicar essa tecnologia em seus negócios, que também é o caso da drag queen brasileira Pabllo Vittar, que em publicação misteriosa anunciou que estava trabalhando com NFT, mostrando assim que o formato está ganhando espaço de forma rápida, e a estimativa é que em breve vejamos ainda mais personalidades se utilizando da novidade, principalmente os influenciadores digitais.
Mesmo possuindo grandes atrativos que se dão como vantagens da aplicação da NFT, a tecnologia pode interferir em movimentos digitais que vem ganhando maior destaque dentre os usuários das plataformas, como por exemplo as páginas virais, que disseminam assuntos a todo momento, atingindo os mais distintos públicos e espaços, e que estão sendo fortemente utilizadas na produção de campanhas publicitárias. “Tudo ainda é novo, e o medo do desconhecido é normal, uma vez que os golpes virtuais têm crescido. Acredito que o assunto ainda será fortemente debatido, e se tornará uma das principais tendências nos próximos anos”, completa o empresário.