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Fernanda Silva – BBB21: como a equipe de marketing digital pode impulsionar um participante para a final

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Assim que entram no Big Brother Brasil, os participantes deixam de ser apenas indivíduos. Tornam-se marcas — ou continuam a ser, no caso dos famosos, mas com proporções muito maiores. Mais do que a imagem que estão passando no reality, há todo um gerenciamento simultâneo feito aqui fora, que pode, inclusive, colaborar ou atrapalhar na trajetória dentro da casa.

O BBB adquiriu ares diferentes desde a edição de 2020. A inserção de celebridades impactou um público maior e mostrou que o sucesso não depende apenas do prêmio de R$ 1,5 milhão. Na verdade, esse prêmio se tornou até mesmo secundário. É só observarmos cases como os de Manu Gavassi e Boca Rosa, que deixaram o marketing organizado previamente e fortaleceram suas marcas mesmo sem ganhar o reality.

Em 2021, parece que a maioria dos participantes já foi preparada para aproveitar esse efeito, com equipes à postos nas redes sociais o tempo todo. Mais do que nunca, esse posicionamento digital afeta diretamente a percepção do público, que decide quem fica e quem sai dos paredões e pode transformar qualquer um em finalista. Mas é claro que o trabalho não é simples.

No BBB21, temos um grande exemplo de crise de imagem da rapper Karol Conká. Suas ações no programa resultaram em perda de patrocínios e shows virtuais cancelados, entre outras consequências. Como sua equipe gerenciou o tsunami de reclamações e desconfortos relacionados à cantora logo nas primeiras semanas? Vimos algumas tentativas, do silêncio ao pedido de desculpas, até, recentemente, a aceitação do papel de “vilã”.

Por outro lado, temos contas de participantes Pipoca (os que entraram no programa anônimos) que conquistaram o apreço do público e até ultrapassaram em seguidores alguns dos Camarote (os que já entraram famosos). A de Juliette é um ótimo exemplo, bem como a de Arcrebiano (Bil), cujas interações foram tão boas que internautas afirmaram, por exemplo, sentir saudades do administrador agora que Bil foi eliminado.

Como os times fazem tanta diferença? Com o uso correto de community management, ou gerenciamento de comunidade, e com social listening.

Community management é um tipo de SAC 3.0, focado  em interação humana e diálogo. Social listening, por sua vez, é um monitoramento de menções da marca que estão circulando por toda a internet, através de ferramentas próprias para isso.

Esses dois polos de atuação constroem uma relação com o público que o participante sozinho, isolado, não teria como construir. É claro que a atenção ainda está majoritariamente voltada para o reality, mas são as interações nas redes que aumentam ou reduzem o impacto das ações tomadas no programa.

monitoramento é a base principal. É preciso entender não apenas o que as pessoas estão falando da sua marca dentro da sua página, mas também o que falam em outros fóruns, visto que o BBB é um jogo que envolve convivência. É por isso que, muitas vezes, um participante fala suas preferências dentro do reality, mas sua equipe discorda e mostra apoio a outra pessoa. Quem está aqui fora sabe como repercute o apoio às pessoas mais queridas ou mais rejeitadas.

Tendo isso em mente, o gerenciamento de comunidade entra para fidelizar as pessoas que já se interessam pela marca e interagir com toda uma comunidade que menciona a menciona. É aí que surgem as conversas, respostas bem elaboradas e que vão de acordo com o perfil do participante e do público. Interações entre as contas de diferentes jogadores também valem e podem ser muito bem vistas, se coerentes.

É difícil imaginar o futuro do Big Brother Brasil depois desta edição, ao menos no sentido de convidar celebridades, que estão vendo em primeira mão como a imagem é um bem precioso. Ao mesmo tempo, os índices de audiência e engajamento com o programa estão cada vez melhores.

O que podemos dizer é que, independente de quem aceite o desafio no ano que vem, é bem provável que também vá acompanhado de uma equipe preparada do lado de fora. Dessa vez, com novos ensinamentos valiosos sobre marketing digital que o BBB21 está nos deixando.

*Fernanda Silva é Head de Social Media da agência de marketing digital Raccoon

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Marketing de afiliados é estratégia necessária para negócios de todos os portes

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*Hugo Alvarenga

Por muito tempo, o marketing de afiliados foi associado como um recurso exclusivo de grandes operações digitais, com orçamentos robustos e estruturas complexas. Porém, cada vez mais está evidente que a percepção está longe de condizer com a realidade do mercado atual. A verdade é que esse modelo de publicidade baseada em performance se tornou uma das estratégias mais acessíveis, eficientes e escaláveis disponíveis para todas as empresas. Inclusive (e especialmente) para pequenos e médios negócios que buscam previsibilidade e retorno tangível sobre seus investimentos.

Na prática, o conceito hoje funciona como uma espécie de descentralização da força de vendas: marcas criam programas e convidam parceiros, os chamados afiliados, com foco em divulgar seus produtos em troca de comissões por resultado. Tal dinâmica apresenta uma vantagem clara para quem precisa crescer com orçamento controlado: o pagamento só ocorre quando há conversão, seja clique, lead ou venda. A partir dessa premissa, é uma lógica que combina com qualquer porte de negócio, desde que bem estruturada.

No caso de PMEs, o caminho mais comum, e promissor, tem sido apostar, por exemplo, em parcerias com criadores de conteúdo de nicho e micro influenciadores. Isso porque se tratam de pessoas com alto engajamento em comunidades específicas, capazes de gerar tráfego qualificado sem exigir grandes investimentos. Por outro lado, para empresas maiores, passa a ser mais comum a adoção de plataformas tecnológicas mais completas, contando com programas whitelabel e integração com sistemas de dados e CRM, possibilitando que uma infinidade de afiliados possam estar conectados e tendo a sua performance analisada de forma automatizada.

Além disso, vale destacar que o impacto social do marketing de afiliados é significativo, já que qualquer pessoa pode participar dessa modalidade desde que faça parte de uma plataforma de afiliação e tenha um celular com internet para divulgar seus links de compra. Isso contribui diretamente para a democratização do acesso à geração de renda, especialmente em um cenário econômico desafiador como o do Brasil, onde milhões de pessoas buscam alternativas para complementar seus ganhos.

Os dados do mercado também confirmam esse movimento. Em 2023, o marketing de afiliados movimentou mais de US$ 14 bilhões globalmente, segundo a Influencer Marketing Hub. Só no Brasil, já são mais de 30 milhões de pessoas cadastrados em plataformas como a Hotmart — o que nos coloca como o segundo maior país nesse segmento.

O setor aquecido é facilmente explicado. De acordo com a Business Insider, o marketing de afiliados pode contribuir com cerca de 16% da receita total gerada por meio de campanhas de marketing digital – valor expressivo considerando não apenas a conversão, mas a retenção dos clientes.  Contudo, não podemos simplificar o momento somente pela questão financeira. A crescente sofisticação das plataformas também tem ajudado. Hoje, graças ao auxílio da tecnologia, é possível segmentar campanhas, monitorar canais, comparar o desempenho de afiliados, garantir remuneração transparente e, o mais importante, otimizar toda a operação com base em dados reais. E claro, a questão social também ganha especial destaque quando falamos de economia digital.

Segundo uma pesquisa da Mediakix, 81% das marcas que investem nesse modelo afirmam ter aumentado sua base de clientes de forma significativa. Isso mostra que a estratégia vai além da conversão direta — ela também impulsiona reconhecimento de marca e visibilidade de longo prazo, algo que muitas vezes passava despercebido quando o assunto era a atuação dos afiliados. Além do mais, diferente de outras frentes de mídia, o crescimento vem acompanhado de um  controle total sobre o orçamento e previsibilidade nos resultados.

Desmistificar o marketing de afiliados como um recurso exclusivo de grandes players é essencial para democratizar o acesso a estratégias que realmente entregam resultados. Hoje, empresas de todos os segmentos e portes estão aderindo ao formato,  desde grandes varejistas online até pequenos produtores locais. Seja para vender mais, ganhar visibilidade ou até mesmo atrair novos públicos, o modelo já provou ser uma ferramenta poderosa — e, acima de tudo, adaptável a qualquer tipo de negócio.

*Hugo Alvarenga – Sócio e co-CEO da A&EIGHT e CEO da Lomadee.

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Como entender o engajamento das minhas campanhas em plataformas de difícil metrificação?

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*Paulo Fernandes

Durante o MMA Impact, evento que aconteceu entre os dias 13 e 14 de maio e reúne as maiores lideranças do marketing e da mídia global para discutir tendências do setor, um tema me chamou atenção: a dificuldade de mensuração de resultados em algumas plataformas. De fato, alguns canais carregam com eles o desafio de entender se a campanha está funcionando, sendo, muitas vezes, um investimento de alto risco.

Diferente dos canais digitais mais estabelecidos, como redes sociais ou display programático, o CTV e Digital OOH não oferecem, na maioria dos casos, interações rastreáveis como cliques ou formulários preenchidos. Muitas vezes, o impacto está na exposição da mensagem – e não em uma resposta direta do público. E é exatamente isso que dificulta o entendimento dos resultados da campanha de forma direta.

Além disso, esses canais apresentam barreiras técnicas: a ausência de cookies ou identificadores persistentes, a limitação no rastreamento do usuário e a fragmentação das plataformas tornam difícil acompanhar o comportamento do consumidor após o contato com a campanha.

Resultados a longo prazo: o engajamento como construção

Na minha experiência, é comum que o engajamento nesses canais se manifeste de forma diluída no tempo. Uma campanha em CTV, por exemplo, pode gerar um aumento no reconhecimento da marca, o que se traduz em buscas orgânicas semanas, e até meses, depois. Por isso, tenho aprendido cada vez mais o quão fundamental é adotar uma visão de longo prazo. Métricas como aumento de tráfego de marca, variação no volume de buscas ou crescimento nas vendas em regiões expostas à campanha são indícios valiosos de engajamento e que merecem nossa atenção.

Diante dessa complexidade, plataformas de tecnologia que acessam dados de diferentes fontes se tornam grandes aliadas. Elas permitem cruzar informações de exposição em canais pouco metrificados com outros indicadores relevantes. Em vez de depender de cliques ou formulários preenchidos, esses canais exigem abordagens baseadas em dados de localização, análises de interação em campanhas push e insights obtidos por meio da combinação de diferentes pontos de contato digitais e físicos. Mesmo com o apoio de plataformas e tecnologias de mensuração, algumas boas práticas podem aumentar a eficácia na avaliação do engajamento em canais como CTV e Digital OOH. Pesquisas de impacto e reconhecimento, por exemplo, ajudam a entender mudanças na percepção da marca entre públicos expostos e não expostos à campanha. Já o uso de geotargeting permite comparar regiões impactadas. O monitoramento de buscas e tráfego orgânico, por sua vez, pode indicar sinais de influência nos dias e semanas posteriores à veiculação.

Mensurar o engajamento em canais como CTV e Digital OOH exige uma abordagem mais estratégica e menos imediatista. Embora a ausência de cliques ou conversões diretas dificulte a análise, o impacto desses canais pode e deve ser observado por diferentes ângulos.

*Paulo Fernandes – Global VP da Siprocal

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