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Especialistas explicam como a opinião de influenciadores digitais são determinantes na decisão de compra dos brasileiros

Uma pesquisa feita pela plataforma CupomValido.com.br, com dados da Statista e da HootSuite, mostrou que o Brasil é a nação mais influenciável globalmente, com cerca de 43% da população já tendo adquirido produtos ou serviços por conta da ação de criadores de conteúdo. Segundo o estudo, eles atingem cerca de 150 milhões de pessoas no país por meio das suas redes sociais. Essa população utiliza plataformas, em média, durante três horas todos os dias, sendo as principais delas YouTube, WhatsApp, Facebook, Instagram e Twitter.
Apesar do poder sobre a compra que os influenciadores digitais possuem, o trabalho acerca da fixação de marcas pode ser feito de diversas formas. Uma delas é por meio de parcerias com empresas de comunicação. Diversos especialistas do setor entendem que essa associação tem tomado a linha de frente de várias companhias que desejam escalar suas campanhas, ações e crescimento no mercado.
É o caso de Maurício Fernandes, diretor de operações da 270B no Brasil, uma das maiores agências americanas de experiências digitais com filial no Brasil. Para ele, o marketing de influência exerce um papel relevante no contexto da busca por estratégias para melhorar performances. “O Brasil é o país mais influenciado pelos criadores de conteúdo, geração que vem ganhando um enorme protagonismo dentro dos planos de comunicação”, diz.
Segundo Gláucio Amaral, diretor executivo na Agência Ecco, agência de publicidade formada com o intuito de empoderar marcas por meio da criatividade, tecnologia e planejamento, a linha de frente a qual influenciadores estão ganhando entre os investimentos das empresas brasileiras na divulgação dos seus produtos ocorre por conta do ótimo custo-benefício para elas. “Há a possibilidade de mensurar o retorno da ação e também a liberdade criativa para desenvolver o conceito do produto”, afirma.
Silas Colombo, fundador e CCO da MOTIM, a primeira aceleradora de reputação e gestora de posicionamento do mundo, completa esse raciocínio caracterizando a ação influenciadora como um “gatilho de consumo”. “A empresa credibiliza o seu produto, porém os influenciadores oferecem aquele ‘empurrão final’, pois o cliente se identifica com essa personalidade”, destaca.
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Mercado de marketing de influência triplica desde 2020 e deve chegar a US$ 33 bilhões em 2025

O marketing de influência segue em ascensão. Segundo levantamento da Statista, o mercado global de creators deve movimentar US$ 33 bilhões em 2025, valor que representa quase o triplo do que era registrado em 2020 — quando o segmento girava em torno de US$ 9,7 bilhões. A pesquisa mostra que, mais do que uma tendência passageira, os influenciadores se consolidaram como peças-chave nas estratégias publicitárias, ocupando cada vez mais espaço nos orçamentos das marcas.
A explosão do setor é reflexo direto da transformação digital nos hábitos de consumo. Hoje, vídeos curtos, reviews sinceros e a proximidade emocional com os criadores têm mais poder de convencimento do que anúncios tradicionais. A pandemia acelerou essa mudança e, desde então, o setor não parou de crescer.
Diretor de talentos da Viral Nation e especialista no mercado de marketing de influência há mais de dez anos, Fabio Gonçalves explica que essa expansão é impulsionada por uma combinação de fatores: “A internet descentralizou a comunicação. As pessoas confiam mais em quem elas seguem do que em uma propaganda institucional. Isso faz com que os influenciadores tenham um papel cada vez mais relevante, não só como divulgadores, mas como construtores de marca, de cultura e de comportamento”.
Ainda segundo o executivo, o boom financeiro também trouxe novos desafios: “Quanto mais dinheiro circula, maior a responsabilidade de todos os envolvidos. As marcas querem retorno e, por isso, o nível de exigência subiu. O influenciador precisa ir além do carisma e entregar dados, estratégia, consistência e profissionalismo. E isso só é possível com estrutura e responsabilidade. O público está cada vez mais exigente e sabe diferenciar quando determinada publi está sendo realizada apenas pelo dinheiro”.
Fabio também destaca que esse movimento está moldando uma nova geração de criadores, mais preparados para encarar o trabalho com visão de longo prazo: “Os que tratam o conteúdo como um negócio tendem a se destacar. É preciso ter clareza sobre posicionamento, público, diferenciais, branding e reputação. O crescimento do setor é real, mas a maturidade do influenciador precisa acompanhar esse ritmo.”
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