Conecte-se com a LIVE MARKETING

Artigos

Consumidor espera muito mais que descontos na Black Friday

Publicado

em

*Alan Liberman

A menos de um mês da Black Friday, muitas empresas já estão com os descontos alinhados ou já iniciaram as promoções. Mas a data vai além de ofertas tentadoras e atraentes. Com consumidores cada vez mais atentos, é preciso criar o “combo” perfeito com preços e benefícios atrativos para conquistar o coração do comprador e se destacar da concorrência.

No começo das vendas no Brasil, em 2010, o consumidor buscava na Black Friday descontos satisfatórios e ia para lojas atrás daquele produto desejado. Hoje, após período de isolamento que tornou tudo mais digital e deu um novo gás ao e-commerce, foram criadas novas plataformas de vendas e benefícios. Com todas essas opções, as pessoas refinam mais seu processo de compra usando outros fatores para determinar o local de aquisição de produtos, como apontado em pesquisa realizada pela Ecglobal sobre a data. Há três principais itens que detectamos no estudo e que devem estar na mente para os varejistas de qualquer tamanho de negócio, seja na Black Friday ou posteriormente.

Custo-benefício do produto e qualidade – Os clientes estão atentos à vida útil dos itens e mensuração de desempenho, podendo até optar por pagar um pouco mais para terem esses fatores assegurados. Para tanto, é essencial conhecer sua grade de mercadorias, oferecer as mais bem avaliadas e estar disponível para tirar dúvidas e proporcionar uma escolha sem medo.

Frete e tempo para entrega – Também tem um impacto direto na decisão final do consumidor. Na pesquisa, 56% apontaram este como um fator importante na hora de fechar o carrinho ou ir ao caixa. A recomendação é estar atento e ter estratégias para diminuir o valor dos envios. Uma boa logística auxilia nas avaliações da loja online e/ou no estilo boca a boca, e proporciona resultados positivos nas vendas a longo prazo.

Formas de pagamento – Ofereça variedade nas opções de pagamento, parcelamento e descontos para pagamento por boleto e PIX. Assim, é possível captar públicos com várias condições financeiras e aumentar o alcance das vendas.

Para que tudo isso funcione, o consumidor deve estar no centro de tudo. Ouvir, observar os comportamentos deles e corrigir rapidamente o que for necessário são itens de primeira necessidade. Faça do seu atendimento uma chave de diferenciação com proatividade e agilidade. Em datas comerciais como a Black Friday, se adeque visualmente ao período, crie “caminhos” planejados para que as pessoas explorem setores e produtos mais procurados.

Outras dicas importantes: pensar em benefícios e criar programas de cashback e/ou descontos para os compradores. Este é considerado um “desempate” na escolha final. Faça com que o cliente veja o retorno ao seu negócio como investimento e use as comunicações do pós-venda para fidelizá-lo. Essas são estratégias que podem ser adequadas tanto no digital quanto no presencial. Conheça sua audiência e produtos, trabalhe com linguagens e apelos visuais que os unam.

A Black Friday pode ser o ponto de partida nesta virada de conexão com seu público. Aproveite o fluxo de vendas da data e ofereça bons preços e condições. Conquiste os corações dos clientes mostrando que a sua empresa tem o que ele precisa e colha resultados satisfatórios e duradouros.

*Alan Liberman – CGO (Chief Growth Officer) e Co-CEO da eCGlobal, empresa do Ecossistema Haus do Grupo Stefanini.

 

Continue lendo

Artigos

O Web Summit me fez pensar: e se o futuro já não couber mais nos palcos?

Publicado

em

*Gui Loureiro

Participo de eventos de tecnologia e inovação há tempo suficiente para saber o que esperar. Palavras como “disruptivo”, “exponencial” e “inteligência artificial” vêm e vão como mantras – recicladas, relançadas e ressignificadas ano após ano. E o Web Summit, com todo o seu brilho, confirma isso. Mas também me provocou uma inquietação mais profunda: será que ainda precisamos desses grandes encontros do jeito que eles são?

O evento é bem organizado, diverso em pautas e com boas provocações. Mas, para quem já vive o dia a dia do setor – em publicidade, tecnologia ou inovação – a sensação é de replay. As tendências apresentadas já circularam em reuniões, brainstorms ou testes A/B meses atrás.

A inteligência artificial dominou o evento. Mas o tom já não é mais de deslumbramento, e sim de aplicação real. Assistentes personalizados, automações de marketing, bots generativos, análise preditiva – tudo já está em prática. É o futuro entrando em operação no presente. Outro ponto forte foi a discussão sobre dados, ética e privacidade. A era do “dado pelo dado” está acabando, pressionada por consumidores mais conscientes e regulações mais firmes.

Curiosamente, o que mais me impactou aconteceu fora dos palcos. Como o Web Summit é gigantesco, as primeiras horas servem para se localizar. Foi nesse clima que me deparei com uma cena marcante na Food Summit, a praça de alimentação do evento: uma roda de pessoas em volta de três jovens que estendiam livros no chão.

Um deles era “Da Quebrada ao Mundo”, de Alexandre Ribeiro. Alexandre não era palestrante. Estava ali como embaixador do evento – e isso por si só já
diz muito. Sua presença, oferecendo histórias e reflexões com simplicidade e potência, foi um dos momentos mais autênticos e simbólicos do Web Summit. Ele representa um Brasil criativo, inovador, pulsante – mas ainda ausente dos espaços de decisão. Sua participação foi inspiradora, mas também um lembrete de que esses eventos ainda são para poucos.

Para quem pode pagar, para quem foi convidado, para quem fala o “idioma certo”.
E isso precisa mudar. O Web Summit segue sendo uma vitrine poderosa, mas já não entrega a mesma transformação para quem está imerso no setor. Talvez a frequência anual seja parte do problema. O ciclo de novidades encurtou tanto que uma curadoria mais espaçada e profunda faria mais sentido. Em vez de sempre mostrar o que vem por aí, o evento poderia se concentrar em como resolver o que já chegou.

Mais do que conteúdo, falta acesso. Imaginem o impacto se jovens de escolas públicas, professores da periferia, microempreendedores e estudantes tivessem acesso a esse tipo de evento. A inovação precisa ser descentralizada. O futuro não pode ser privilégio.

Eu sigo indo ao Web Summit para ouvir provocações, sentir o termômetro do mercado, conversar com gente inteligente. Mas confesso: gostaria de sair mais transformado do que validado. Porque a verdadeira disrupção talvez não esteja mais no palco – e sim nas pontas, nos corredores, ou até no chão da praça de alimentação, onde alguém estende um livro e abre um novo mundo diante dos nossos olhos.

*Gui Loureiro – Diretor de estratégia na 3mais

Continue lendo

Artigos

Marketing de afiliados é estratégia necessária para negócios de todos os portes

Publicado

em

*Hugo Alvarenga

Por muito tempo, o marketing de afiliados foi associado como um recurso exclusivo de grandes operações digitais, com orçamentos robustos e estruturas complexas. Porém, cada vez mais está evidente que a percepção está longe de condizer com a realidade do mercado atual. A verdade é que esse modelo de publicidade baseada em performance se tornou uma das estratégias mais acessíveis, eficientes e escaláveis disponíveis para todas as empresas. Inclusive (e especialmente) para pequenos e médios negócios que buscam previsibilidade e retorno tangível sobre seus investimentos.

Na prática, o conceito hoje funciona como uma espécie de descentralização da força de vendas: marcas criam programas e convidam parceiros, os chamados afiliados, com foco em divulgar seus produtos em troca de comissões por resultado. Tal dinâmica apresenta uma vantagem clara para quem precisa crescer com orçamento controlado: o pagamento só ocorre quando há conversão, seja clique, lead ou venda. A partir dessa premissa, é uma lógica que combina com qualquer porte de negócio, desde que bem estruturada.

No caso de PMEs, o caminho mais comum, e promissor, tem sido apostar, por exemplo, em parcerias com criadores de conteúdo de nicho e micro influenciadores. Isso porque se tratam de pessoas com alto engajamento em comunidades específicas, capazes de gerar tráfego qualificado sem exigir grandes investimentos. Por outro lado, para empresas maiores, passa a ser mais comum a adoção de plataformas tecnológicas mais completas, contando com programas whitelabel e integração com sistemas de dados e CRM, possibilitando que uma infinidade de afiliados possam estar conectados e tendo a sua performance analisada de forma automatizada.

Além disso, vale destacar que o impacto social do marketing de afiliados é significativo, já que qualquer pessoa pode participar dessa modalidade desde que faça parte de uma plataforma de afiliação e tenha um celular com internet para divulgar seus links de compra. Isso contribui diretamente para a democratização do acesso à geração de renda, especialmente em um cenário econômico desafiador como o do Brasil, onde milhões de pessoas buscam alternativas para complementar seus ganhos.

Os dados do mercado também confirmam esse movimento. Em 2023, o marketing de afiliados movimentou mais de US$ 14 bilhões globalmente, segundo a Influencer Marketing Hub. Só no Brasil, já são mais de 30 milhões de pessoas cadastrados em plataformas como a Hotmart — o que nos coloca como o segundo maior país nesse segmento.

O setor aquecido é facilmente explicado. De acordo com a Business Insider, o marketing de afiliados pode contribuir com cerca de 16% da receita total gerada por meio de campanhas de marketing digital – valor expressivo considerando não apenas a conversão, mas a retenção dos clientes.  Contudo, não podemos simplificar o momento somente pela questão financeira. A crescente sofisticação das plataformas também tem ajudado. Hoje, graças ao auxílio da tecnologia, é possível segmentar campanhas, monitorar canais, comparar o desempenho de afiliados, garantir remuneração transparente e, o mais importante, otimizar toda a operação com base em dados reais. E claro, a questão social também ganha especial destaque quando falamos de economia digital.

Segundo uma pesquisa da Mediakix, 81% das marcas que investem nesse modelo afirmam ter aumentado sua base de clientes de forma significativa. Isso mostra que a estratégia vai além da conversão direta — ela também impulsiona reconhecimento de marca e visibilidade de longo prazo, algo que muitas vezes passava despercebido quando o assunto era a atuação dos afiliados. Além do mais, diferente de outras frentes de mídia, o crescimento vem acompanhado de um  controle total sobre o orçamento e previsibilidade nos resultados.

Desmistificar o marketing de afiliados como um recurso exclusivo de grandes players é essencial para democratizar o acesso a estratégias que realmente entregam resultados. Hoje, empresas de todos os segmentos e portes estão aderindo ao formato,  desde grandes varejistas online até pequenos produtores locais. Seja para vender mais, ganhar visibilidade ou até mesmo atrair novos públicos, o modelo já provou ser uma ferramenta poderosa — e, acima de tudo, adaptável a qualquer tipo de negócio.

*Hugo Alvarenga – Sócio e co-CEO da A&EIGHT e CEO da Lomadee.

Continue lendo