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Aurélio Moreira – O que será do marketing digital no período pós pandemia?
*Por Aurélio Moreira
Quem nunca fez um pedido de transporte pelo aplicativo ou um pedido de comida por delivery? E muitas vezes até trocou a balada de sexta para maratonar aquela série com pipoca e edredom? Não é preciso citar o nome de algumas marcas para você possa perceber que o consumo digital sempre esteve presente em nossas vidas, e isso é só a ponta do iceberg, acredite!
Com o atual momento em que estamos passando e nos vemos forçados a ficar em casa, em um isolamento social, houve um aumento quase que descontrolado de pessoas acessando as redes sociais, como fuga e alívio para o distanciamento.
Trabalhar remotamente era um tabu a ser quebrado para grande parte da população, apesar de o modelo de trabalho já ser utilizado em vários segmentos de negócios como nas startups. O que antes era considerado mito hoje tornou-se realidade. Segundo pesquisa realizada pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), o trabalho home office aumentará quase 30% após o período de distanciamento social.
A grande sacada do momento, para as empresas, é que a revolução digital verdadeiramente chegou. Evoluímos cinco anos em poucos meses, acreditar no modelo de trabalho home office se faz cada vez mais necessário. Por mais complicada que seja essa transição, as empresas terão que se adaptar o quanto antes.
Em consequência, ao invés de acompanharmos uma economia na redução de consumo, tivemos o efeito reverso na internet. Os acessos aumentaram ainda mais e grande parte do consumo, anteriormente local, que migrou para o digital.
Atualmente vemos a mudança em todos os setores, nos produtos físicos, como, os serviços de delivery de comida ou restaurantes. nos comércios que precisaram se adaptar e até mesmo no mercado educacional, onde os cursos especializados foram modificados por meio de produtos digitais, como uma extensão do EAD (Educação a Distância).
Assim como o modelo educacional, que passava por um momento lento de transição no ensino à distância e se viu obrigado com este momento de COVID-19 a se adaptar em um curto espaço de tempo.
A emergência nas mudanças criou uma demanda que pode ser benéfica para muitas pessoas e também para os negócios. Apesar de toda incógnita que nos cerca, o fato é que estamos vivendo e viveremos ao longo dos próximos meses com mudanças constantes, principalmente nas relações comerciais e de consumo, que jamais serão como antes.
Apesar de todo o sentimento ruim que nos cerca acredito que as mudanças acontecidas durante este período serão de grande valia para os próximos passos e inclusive benéficas para muitas pessoas que terão a oportunidade de trabalhar em “trabalhos formais” mas em modelo home office pois surgirão mais vagas nessa modalidade, ou até mesmo realizar atividades empreendedoras da sua própria casa e aproveitando o melhor meio de comunicação e marketing como um grande aliado: a internet.
*Aurélio Moreira, empreendedor de marketing digital com ampla experiência em vendas online
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As novas diretrizes da Meta e os (novos) riscos para as marcas e para a confiança nas plataformas digitais
*Leandro Navatta
No último dia 7 de janeiro, a Meta anunciou a descontinuação de seu programa de verificação de fatos, cujo objetivo era o de fornecer informações contextualizadas e combater a desinformação nas suas plataformas. Alegando defesa da liberdade de expressão, o anúncio da big tech marcou uma mudança significativa nas diretrizes da própria Meta, levantando questionamentos sobre o futuro da moderação de conteúdo na era digital. A retirada dos serviços de checagem de fatos, essenciais para filtrar notícias falsas e conteúdos ofensivos, seguramente terá repercussões graves, não “apenas” para os usuários, mas principalmente para as marcas que investem pesadamente em plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp.
Desde os primórdios das mídias sociais, um dos maiores desafios enfrentados pelas plataformas foi encontrar um equilíbrio entre a livre expressão e a garantia que informações falsas não se espalhassem sem controle. O programa de verificação de fatos da Meta desempenhou um papel crucial nesse processo, removendo ou sinalizando conteúdos que propagavam desinformação, discursos de ódio e teorias da conspiração. Ao descontinuar esse serviço, a big tech está essencialmente diminuindo sua responsabilidade no que diz respeito ao controle de conteúdos prejudiciais. Mais do que uma simples mudança operacional, essa decisão pode criar um ambiente altamente arriscado para os anunciantes, que se veem perante um dilema: continuar investindo em uma plataforma na qual o risco de associação com conteúdos negativos cresce a cada dia.
Uma das principais preocupações das marcas ao anunciar nas mídias sociais é o brand safety. As empresas buscam, sobretudo, garantir que seus anúncios não sejam exibidos ao lado de conteúdos que possam prejudicar sua imagem, gerando uma reação negativa do público. Com a diminuição da moderação de conteúdo, esse risco se torna ainda mais pronunciado. Em um ambiente menos controlado, os anunciantes podem se ver ligados a conteúdos potencialmente perigosos, como discursos de ódio, fake news ou informações que, embora não claramente ilegais, sejam tóxicas ou polarizadoras. A associação com esse tipo de discurso pode ser devastadora para a reputação de uma marca, que pode ver seus valores e posicionamento comprometidos por mensagens de ódio que circulam nas mesmas plataformas.
Além disso, a falta de moderação pode criar uma sensação de desconfiança entre as marcas e a Meta. Em um cenário no qual a segurança de marca é uma prioridade estratégica, a decisão de descontinuar a checagem de fatos pode sinalizar que a plataforma não está mais comprometida com a criação de um ambiente seguro para anunciantes e consumidores. As empresas, especialmente as que dependem das mídias sociais para suas campanhas de marketing, podem começar a reconsiderar seus investimentos em anúncios pagos nas plataformas da Meta, buscando alternativas mais seguras e confiáveis. Com isso, a big tech corre o risco de perder uma parte significativa de sua receita publicitária, especialmente em um momento em que suas redes já enfrentam desafios de concorrência com plataformas emergentes.
É importante destacar que, ao falar sobre liberdade de expressão, a Meta não está apenas se distanciando da moderação de conteúdos prejudiciais, mas também abrindo mão da responsabilidade sobre o impacto que a desinformação pode ter na sociedade. Embora a liberdade de expressão seja um direito fundamental, isso não significa que as empresas e plataformas digitais não tenham a obrigação de criar um ambiente saudável para seus usuários e anunciantes. A liberdade de expressão não pode ser usada como um escudo para permitir a disseminação de conteúdos prejudiciais, especialmente quando isso coloca em risco a confiança do público e a integridade das marcas.
A Meta está, portanto, diante de um dilema: proteger a liberdade de expressão, mas também garantir que suas plataformas continuem sendo um espaço confiável e seguro para anunciantes e usuários. O mercado publicitário, que já é altamente competitivo, tende a priorizar ambientes onde a transparência e a segurança são prioridades. A falta de moderação pode fazer com que a Meta se afaste dos anunciantes que buscam plataformas mais controladas e confiáveis, gerando um efeito negativo em sua receita e, consequentemente, em sua posição no mercado digital.
* Leandro Navatta – CTO da Pixel Roads
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NRF 2025 mostra que a IA e o uso de dados complexos são o futuro do varejo
*Fernando Gibotti
A NRF 2025, maior feira de varejo do mundo, abriu suas portas no dia 12 de janeiro, em Nova York, reunindo os principais players do setor. Se há um espaço com discussões ricas e a identificação das tendências mais atualizadas e importantes do mercado, é esse.
O primeiro dia de evento já chegou com o pé na porta, principalmente pelo foco em um assunto específico: todos estão falando de inteligência artificial (IA). A tecnologia dominou as discussões, especialmente no que se refere à sua aplicação nas tarefas cotidianas dos varejistas e da indústria. O desenvolvimento e o aprimoramento de novas ferramentas neste campo também foram pautas importantes nos debates.
E, como não poderia ser diferente, quando estamos falando de IA automaticamente também estamos falando de dados. Nesse sentido, os chamados “third-party data” estiveram nos centros das conversas da NRF 2025.
Essa estratégia visa ampliar o conhecimento sobre o consumidor, permitindo traçar perfis mais completos e tomar decisões mais assertivas. Ou seja, é uma esfera de atuação que trabalha com dados mais robustos, os quais consequentemente ajudam a criar campanhas mais personalizadas e ações focadas no shopper.
Tudo é para ontem!
Junto das tecnologias em si, outro ponto fundamental abordado na nova edição da NRF é a urgência. A velocidade na tomada de decisões é apontada como crucial, sendo uma unanimidade no setor a necessidade das empresas mergulharem de cabeça em projetos arrojados, que realmente transformem o cenário atual.
Em um mundo cada vez mais dinâmico, com consumidores ansiosos, a capacidade de agir com rapidez e assertividade é essencial. As empresas precisam se adaptar e agir com a rapidez que o mercado exige.
Grandes missões, como uso de dados, de CRM, de relacionamento com o cliente, todos esses temas são caminhos que não podem ser deixados para depois ou vistos como tendências que ainda virão. Eles já existem e precisam ser abraçados pelos varejistas o mais rápido possível.
O futuro do varejo começou e a estreia da NRF 2025 é a prova disso.
*Fernando Gibotti – CEO de CRM & Ciência de Consumo da Rock Encantech,
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