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A indústria brasileira de som reforça protagonismo na regulação da IA

O avanço da inteligência artificial tem provocado transformações profundas em diversos setores da economia criativa. Na indústria de som, esse movimento desperta tanto expectativas quanto preocupações. A Apro+Som (Associação Brasileira das Produtoras de Som) está na linha de frente desse debate, articulando propostas e acompanhando o Projeto de Lei 2338/2023, que estabelece diretrizes para o uso da IA no Brasil.
Na última semana, foi realizada a primeira audiência pública na Câmara dos Deputados sobre o PL 2338/2023. Na ocasião, a Apro+Som, junto a mais de 40 entidades da indústria criativa, musical, jornalística e de comunicação, apresentou uma carta reforçando a importância do marco regulatório que assegura transparência no uso de obras e protege os interesses de criadores artísticos e intelectuais.
Segundo Bia Ambrogi, presidente da Apro+Som, a urgência desse debate está na preservação dos direitos de quem cria obras autorais. “Todos que fazem parte da cadeia criativa precisam continuar protegidos. Se uma obra é utilizada no input de mineração de dados para treinamento da IA e gera algo novo no output como resultado final, é justo que haja remuneração. Nenhum setor pode se apropriar, de forma gratuita, dos recursos produtivos de outro setor com a justificativa de que é preciso deste insumo para crescer”, relata.
A dirigente explica que, embora a regulação seja essencial para todos, há uma diferença perceptível no impacto entre grandes e pequenas empresas do setor criativo.. As corporações de maior porte têm se beneficiado ao reduzir custos com serviços em escala, enquanto as empresas menores utilizam a IA de forma pontual, sem substituir a mão de obra criativa. “No fim, todas perdem sem a regulação. O direito autoral é constitucional e precisa ser resguardado, independentemente do porte da empresa”, afirma.
Outro ponto levantado por Bia Ambrogi é a tendência de agências e anunciantes ampliarem o uso da IA para assumir etapas da produção que antes eram delegadas às empresas especializadas. Para ela, trata-se de um processo de adaptação, mas não de substituição. “Não existe uma única pessoa ou tecnologia capaz de pensar, criar, executar, sonorizar, distribuir e medir resultados de uma campanha inteira. Especialistas continuarão sendo necessários, ainda que em formatos diferentes.”
A Apro+Som reforça que a regulação trará benefícios tanto para grandes quanto para pequenas empresas, além de profissionais autônomos. Com regras claras, haverá segurança jurídica e reconhecimento pelo uso de suas obras. A ausência de regulação, por outro lado, traz insegurança jurídica a quem usa e amplia o risco de concentração de poder nas mãos de big techs enfraquecendo o mercado nacional.
O PL 2338/2023, já aprovado no Senado, segue em tramitação na Câmara dos Deputados e, posteriormente, retornará ao Senado para votação final. O movimento IA Responsável, do qual a Apro+Som é uma das lideranças, acompanha de perto cada etapa, inspirando-se em modelos regulatórios já implementados em países da União Europeia.
Esse movimento também fortalece o posicionamento internacional do Brasil no debate sobre IA. “Quanto maior o alinhamento entre os países, mais eficiente será a regulação. A tecnologia não conhece fronteiras, por isso precisamos falar a mesma língua quando o tema é uso de dados protegidos por Direitos Autorais. A Apro+Som acompanha o cenário nacional e internacional e integra a frente IA Responsável, formada por cerca de quarenta associações dos setores criativos.”Um trabalho coletivo, com diferentes focos mas com o mesmo objetivo: preservar o direito autoral, um princípio constitucional, aplicando-o com regras adaptadas à realidade da inteligência artificial”, reforça Bia.
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AMPRO Awards 2025 anuncia local da cerimônia e abre venda de convites

A 25ª edição do AMPRO Awards, principal premiação brasileira dedicada ao Live Marketing, será realizada no dia 24 de novembro, às 19h, na Estação Motiva Cultural, espaço anexo à Sala São Paulo e administrado pela Fundação Osesp. O local foi escolhido por refletir valores que marcam a trajetória da premiação: sustentabilidade, cultura e impacto positivo.
“Celebrar 25 anos é reconhecer a força de um setor em plena expansão, com o aumento constante de cases e agências participantes, além do apoio de mais de 35 patrocinadores que acreditam no marketing de experiência. Estar na Motiva Cultural traduz o espírito do nosso tempo: celebrar resultados, conexões e consciência coletiva”, afirma Heloísa Santana, presidente executiva da AMPRO.
A Fundação Osesp também celebra a parceria. “É uma honra receber a 25ª edição do AMPRO Awards na Estação Motiva Cultural. Esta casa, criada para ser palco da música e da cultura, também acolhe iniciativas que inspiram e projetam o Brasil pela inovação e diversidade. Assim, reafirmamos nossa vocação de ser um espaço de encontros inesquecíveis, onde arte, comunicação e sociedade se conectam”, destaca Mariana Stanisci, superintendente de Comunicação e Marketing.
Com mais de duas décadas de história, o AMPRO Awards se consolidou como um termômetro do Live Marketing nacional, reconhecendo campanhas que unem criatividade, estratégia e execução e resultados em experiências memoráveis. Em 2025, a premiação conta com 40 categorias, distribuídas em quatro verticais – Creative Effectiveness, Excellence in Activation, Excellence in Experience e Excellence in Business -, com 509 cases inscritos, 108 agências e um corpo de júri formado por 171 profissionais pautado com marcadores de representatividade como gênero, raça, geração, distribuição geográfica, entre outros.
Entre as novidades desta edição está o Ingresso Solidário, que destinará parte da renda obtida com a venda de convites à Gerando Falcões, instituição que atua no combate à pobreza e na transformação de comunidades periféricas. Os ingressos já estão disponíveis no site da Sympla. O evento também será transmitido online.
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Levantamento inédito revela 6 tendências para Black Friday 2025

A Black Friday de 2025 será marcada por um consumidor muito mais estratégico e informado. Ele começa a pesquisar semanas antes, o que reforça a importância de ações antecipadas por parte das marcas. Além disso, a integração omnichannel e estratégias D2C estão saindo na frente, enquanto o uso da inteligência artificial está redefinindo a personalização em escala, permitindo recomendações de produto, disparo de e-mails automatizados e segmentação preditiva baseada em comportamento passado.
Esses e outros insights são fruto de um levantamento inédito realizado pela Score Media, agência de inovação em marketing digital com foco em brandformance. A empresa analisou os resultados de mais de 100 campanhas em 2024, as marcas que aplicaram estratégias baseadas em dados e IA tiveram um aumento médio de 35% na conversão de novos usuários, redução de 15% no CAC e ROI de até 32x em automações via WhatsApp.
“A Black Friday ainda é vista como uma guerra de preços, mas esse é um erro comum. Quando a marca foca apenas em desconto, perde a chance de criar conexão real. O verdadeiro valor da data está em usar esse momento para atrair, encantar e fidelizar. As marcas que entendem isso transformam picos de venda em relacionamentos duradouros e resultados consistentes no médio e longo prazo”, afirma Henrique Troitinho, CEO da Score Media.
Com base nesses aprendizados e nos dados analisados, a agência identificou um conjunto de práticas que diferencia as marcas que mais performaram durante o período. São estratégias que unem tecnologia, criatividade e inteligência de dados para transformar campanhas pontuais em resultados consistentes — e que devem orientar o planejamento de quem quer sair na frente na Black Friday de 2025. Confira:
1. O novo consumidor: mais estratégico, informado e movido pela urgência
O comportamento do consumidor mudou de forma significativa e está mais estratégico do que nunca. Ele começa a pesquisar semanas antes da data, o que reforça a importância de ações antecipadas por parte das marcas. A personalização também será um ponto essencial: campanhas segmentadas por comportamento — como “amantes de descontos”, “window shoppers”, “compradores inativos” e “VIPs de primeira viagem” — têm apresentado resultados muito superiores em engajamento e conversão.
Além disso, cresce o impacto do “fomo” (fear of missing out), com ações baseadas em urgência ganhando força. Estratégias como contagens regressivas, descontos-relâmpago e comunicações via SMS nos momentos finais da campanha se mostram cada vez mais eficazes para estimular a decisão de compra.
2. SEO, omnichannel e D2C: o tripé das campanhas vencedoras
No campo das estratégias digitais, o SEO se consolida como diferencial competitivo indispensável. De acordo com Amanda Noronha, head de SEO da Score Media, quem começa esse trabalho meses antes sai na frente. “A criação de páginas perenes de Black Friday, conteúdos evergreen e o uso de palavras-chave transacionais são práticas que garantem relevância orgânica e reduzem a dependência de mídia paga. Outro ponto essencial é a integração das campanhas omnichannel: o consumidor deve ter uma jornada fluida entre todos os canais, com automações, conteúdo orgânico e mídia paga atuando de forma sincronizada”, detalha. De acordo com a especialista, o modelo D2C (direct to consumer) também se destaca como tendência, com dados mostrando como as marcas estão cortando intermediários para ter controle sobre dados e relacionamento direto com o cliente.
3. As métricas que realmente importam na Black Friday 2025
“De acordo com nosso levantamento, 47% do resultado de uma campanha está diretamente ligado ao criativo, reforçando a importância de acompanhar métricas de engajamento, taxa de cliques e visualizações. A conversão de novos usuários é uma das mais importantes, tendo registrado aumento de 35% em campanhas anteriores. Outro dado relevante é a redução média de 15% no Custo de Aquisição de Cliente (CAC), resultado das otimizações e da segmentação mais precisa em mídia paga”, explica Bruno Dante, diretor criativo da agência.
O especialista acrescenta ainda que o ROI e a eficiência dos canais também merecem atenção. “Campanhas automatizadas via WhatsApp apresentaram ROI médio de 32x e aumento de 20% no engajamento”, diz.
Sobre métricas de jornada SEO, a orientação é o acompanhamento de tráfego orgânico, posição nos mecanismos de busca, taxa de conversão por página e abandono de carrinho. “Durante o pico da Black Friday, o monitoramento em tempo real é indispensável. Acompanhar vendas por minuto, taxa de abandono e performance do servidor garante respostas rápidas e evita perdas em momentos críticos”, afirma Amanda Noronha.
4. A revolução da IA no marketing: do atendimento à previsão de comportamento
A IA será o motor da personalização em escala, permitindo recomendações de produto, disparo de e-mails automatizados e segmentação preditiva baseada em comportamento passado. Chatbots e atendimentos inteligentes baseados em inteligência artificial generativa ajudarão a responder dúvidas e orientar o consumidor em tempo real. A IA também transforma o SEO, impactando a produção de conteúdo para mecanismos de busca por meio de snippets otimizados e FAQs inteligentes. Além disso, análises preditivas de comportamento e jornada de compra serão utilizadas para entender padrões e prever quando determinado segmento estará mais propenso à conversão.
5. O conselho de ouro para marcas que querem resultados reais
“Comece a se preparar agora e segmente sua base com inteligência. Planejamento com antecedência, segmentação de audiência baseada em comportamento e uma jornada bem estruturada — do lead ao pós-venda — são o combo que transforma esforço em resultado. Segmente para ter mais impacto. Conquiste e nutra novos contatos. Aproveite os canais”, resume Pedro Scripilliti, advisor da Verve Capital.
6. Black Friday não é sobre desconto — é sobre relacionamento
A Black Friday não é apenas sobre preço, e sim sobre relacionamento e recorrência. Marcas que focam somente no desconto atraem consumidores infiéis e perdem valor no longo prazo. O uso inteligente dos dados que a empresa já possui pode ser o diferencial: clientes inativos, abandonos de carrinho e compradores antigos são fontes valiosas de novas oportunidades. O SEO deve ser encarado como um ativo de longo prazo: quem começar agora garantirá tráfego orgânico qualificado sem precisar aumentar o investimento em mídia paga. Por fim, a experiência supera o preço: pós-venda, suporte e lembrança de marca são os fatores que farão o cliente voltar no Natal.








