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Este ano, o marketing digital na Black Friday tem que ser diferente

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*Maria Carolina Avis

A Black Friday se aproxima e promete bombar este ano. Dados recentes (Nielsen/Ebit) mostram que quase 80% da população brasileira pretende comprar alguma coisa pela internet e aproveitar a data. O que o consumidor não sabe é que, para que ele decida o que quer comprar, profissionais de marketing estão há meses trabalhando incansavelmente.

Esses esforços de marketing são, muitas vezes, questionados pelos próprios profissionais nos setores de marketing. Isso porque a concorrência está cada vez maior. Mas de que concorrência estamos falando aqui? A primeira: pelo tempo das pessoas. A segunda: por um espaço na tela dos smartphones. Nessas datas importantes em que se incentiva o consumo, aumenta drasticamente a produção de conteúdo nas redes sociais, e a inserção de anúncios nas plataformas de publicidade on-line.

Vamos falar sobre isso: a disputa pelo tempo. Todas as redes sociais digitais e empresas de tecnologia, obviamente, querem que seus usuários passem mais tempo navegando por elas. Para isso, trabalham implementando novas funcionalidades que estejam de acordo com o que os internautas buscam e gostam. E o que isso tem a ver com a Black Friday? Os criadores de conteúdo e as marcas estão experimentando uma frustração em massa, que é a queda no alcance orgânico de suas postagens e a dificuldade em aumentar esse importante indicador. Isso acontece porque conforme aumenta o fluxo de conteúdos compartilhados nessas plataformas, mais difícil fica de conquistar um bom espaço no feed das pessoas. Quantas pessoas, marcas e empresas você conhece que começaram a criar conteúdo de dois anos para cá? Para todos esses conteúdos chegarem aos potenciais visualizadores, as redes sociais têm critérios para eleger os mais importantes.

Funciona assim: o conteúdo é mostrado para uma pequena parte dos seguidores (aqueles que têm mais interação com sua conta, e vice-versa). Em geral, as redes sociais digitais têm algoritmos de relevância e de recomendação que trabalham no sentido de entender quais conteúdos são importantes serem difundidos com mais intensidade. Os principais indicadores dessa relevância têm relação com o comportamento desses seguidores que foram impactados inicialmente. Ou seja, se eles interagirem e demonstrarem interesse (assistir ao vídeo até o fim, compartilhar, enviar para um amigo, ler a legenda até o fim, clicar na foto do perfil para ver mais conteúdos e outros comportamentos que não são vistos por outros seguidores, ou seja, não são provas sociais), esse conteúdo é espalhado para mais seguidores seus e pode até alcançar não seguidores, o que é uma oportunidade de aumentar sua base de seguidores.

Porém os seus seguidores são também impactados por conteúdos de outras contas que eles seguem, e por anúncios publicitários de empresas que compram mídia nessas redes. É preciso dar ênfase nisso porque se o feed já fica concorrido com os conteúdos chamados de orgânicos (sem que seja publicidade), quando entram os anúncios no jogo, a situação piora.

Este ano, em especial, é a primeira vez na história em que a Black Friday acontece próxima à estreia da Copa. Outras datas importantes também impactam, aumentando o fluxo e o volume de conteúdos on-line: eleições em primeiro e segundo turno, Natal, final de ano, período de férias, datas comemorativas em geral. O que fazer, então?

Cada vez mais, é preciso focar as estratégias de relacionamento e conexão com os seguidores e potenciais seguidores, e não só em divulgação e anúncios para venda direta. Relacionamento em longo prazo e um trabalho digital que priorize conteúdo ajudam o consumidor a escolher o que e onde querem fazer suas compras na Black Friday, sem que dependa de uma ação em curto prazo.

*Maria Carolina Avis – Professora de marketing digital no Centro Universitário Internacional Uninter.

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O futuro do marketing não é performance vs branding: é autenticidade com resultado

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*Ali Maurente

Por muito tempo, executivos e agências trataram performance e branding como lados opostos de uma mesma estratégia. De um lado, métricas como cliques, CPL e CAC. Do outro, narrativas aspiracionais que constroem reputação no longo prazo. O resultado dessa visão fragmentada foi a criação de uma falsa dicotomia, responsável por desperdício de energia e orçamentos divididos.

O futuro do marketing não será definido por “mais branding” ou “mais performance”. Ele já está sendo construído em torno de algo mais simples e, ao mesmo tempo, mais desafiador: autenticidade com resultado. Autenticidade porque consumidores, clientes e colaboradores aprenderam a identificar quando uma campanha não passa de fórmula. Não há algoritmo capaz de sustentar o que não é genuíno. Resultado porque, em última instância, conselhos e acionistas continuam cobrando ROI, crescimento e previsibilidade.

O incômodo cresce à medida que o mercado revela uma nova realidade: estamos diante de profissionais de marketing que muitas vezes não entendem de negócio. Há quem fale apenas de postagens, curtidas e seguidores, esquecendo o que realmente importa — receita e marca. Um marketing que olha só para receita morre, assim como aquele que olha apenas para marca. Uma marca sem receita é vaidade. Uma receita sem marca é commodity.

Marketing não é apenas branding. Também não é apenas performance. É o processo de criar, capturar, converter e expandir demanda, fortalecendo a marca ao mesmo tempo em que gera resultados concretos. Isso exige um entendimento profundo do negócio, e quem não souber traduzir essa equação perde espaço rapidamente. O profissional que restringe seus KPIs a seguidores perde relevância. Quem ignora receita se torna apenas mais um criador de conteúdo passageiro.

Esse desafio também não é exclusivo da área de marketing. Ele envolve o alinhamento de todas as áreas, do ICP à conversão. A marca abre portas. A receita mantém as luzes acesas. O alinhamento entre marketing e negócio sustenta o crescimento verdadeiro.

É por isso que CMOs e conselhos precisam abandonar a disputa entre awareness e conversão, entre conteúdo e CTR. O jogo atual é outro: transformar cada KPI em reflexo de uma narrativa verdadeira, capaz de construir comunidade e, ao mesmo tempo, entregar crescimento.

Autenticidade com resultado não é uma tendência. É questão de sobrevivência. Marcas que não compreenderem essa equação continuarão presas à armadilha da vaidade ou da comoditização. E profissionais que não souberem traduzi-la para o negócio perderão espaço para aqueles que entendem que marketing sempre será o motor que une significado e crescimento.

Ali Maurente – Chief Marketing Officer na PSA – Profissionais S.A.

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O quanto a inteligência artificial pode impulsionar o ROI das empre

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*José Fleury

A inteligência artificial (IA) já transforma modelos de negócios, operações internas e estratégias de relacionamento com clientes. Um dos efeitos mais tangíveis dessa revolução tecnológica aparece no retorno sobre investimento (ROI). Todos desejam, mas poucos estão dispostos a fazer o que é exigido. Porque o retorno real não vem da ferramenta, e sim da forma como a empresa decide usar. E isso muda tudo.

Na prática esse o uso de IA pode representar, em média de 20% a 25% de aumento no lucro líquido, quando comparadas a concorrentes que ainda operam com processos tradicionais (dados da McKinsey).

O ROI, nesse contexto, não se limita à geração direta de receita. Ele também considera reduções significativas de custos operacionais, ganhos de eficiência, melhor alocação de recursos e decisões baseadas em dados. A IA impacta todos esses pontos de forma mensurável. O uso de IA para segmentação de audiência, personalização de campanhas e automação de mídia programática tem aumentado drasticamente o ROI em marketing digital. A Salesforce afirma que 80% das empresas que usam IA no CRM relatam aumento significativo na conversão de leads. A consultoria Boston Consulting Group apontou que campanhas personalizadas com IA chegam a gerar até 200% mais ROI que campanhas tradicionais.

Além disso, chatbots e assistentes virtuais reduzem custos com call centers e aumentam a satisfação do cliente. O Gartner estima que, em 2025, 95% das interações com clientes serão gerenciadas por IA, com redução média de 30% nos custos operacionais.

Empresas como a Amazon usam IA para otimizar rotas de entrega, prever demanda e gerenciar estoques. A McKinsey calcula que essas aplicações podem reduzir em até 50% os custos da cadeia de suprimentos.

Bancos e seguradoras utilizam IA para detecção de fraudes, avaliação de crédito e automação de relatórios. Um estudo do Bank of America mostra que o uso de IA para análise preditiva aumentou em 40% a precisão na concessão de crédito, reduzindo a inadimplência e otimizando o capital de giro.

Apesar dos benefícios, nem todas as empresas conseguem extrair ROI positivo imediatamente com IA. A maturidade digital, cultura organizacional e qualidade dos dados são fatores críticos para o sucesso.

Segundo o relatório AI Index 2024 da Universidade de Stanford, apenas 14% das organizações globais estão em estágio avançado de adoção de IA. Essas empresas são justamente as que colhem os maiores retornos, com aumentos de receita até cinco vezes maiores em relação às que estão apenas começando.

A consultoria Accenture aponta que empresas com maior maturidade digital conseguem acelerar o tempo de retorno dos investimentos em IA de 3 anos para menos de 12 meses. Isso ocorre porque essas organizações já possuem infraestrutura tecnológica adequada, governança de dados e equipes capacitadas para operar com machine learning e automação.

No entanto, medir o ROI da inteligência artificial exige mais do que simplesmente observar o lucro obtido com um projeto. É fundamental considerar uma série de indicadores complementares que ajudam a revelar o impacto real da tecnologia nos resultados da empresa.

Assim, um dos principais é o tempo de retorno do investimento (payback), que indica em quanto tempo o valor investido é recuperado a partir dos ganhos gerados pela solução de IA. Também se mede o ganho em produtividade, verificando quanto tempo ou esforço humano foi economizado com a automação de tarefas ou melhoria de processos.

De acordo com um relatório do MIT Sloan Management Review, as empresas que acompanham esses indicadores com regularidade têm 50% mais chances de obter ROI positivo em seus projetos de IA, justamente por alinharem tecnologia com metas de negócio de forma estruturada.

Entre os setores que mais se beneficiam com a aplicação da IA, o varejo e o e-commerce se destacam com a personalização de ofertas, previsão de demanda e atendimento automatizado.

Na saúde, a tecnologia contribui com diagnósticos mais precisos por imagem, otimização de agendamentos e redução de custos hospitalares. A manufatura aplica IA na manutenção preditiva de máquinas, controle automatizado de qualidade e robótica.

No setor de educação, surgem sistemas adaptativos de ensino e plataformas que personalizam conteúdos conforme o desempenho dos alunos. Já na agropecuária, a IA ajuda a prever safras, analisar o solo com precisão e automatizar processos no campo, otimizando a produção agrícola.

Desse modo, a expectativa é que, com a evolução dos modelos generativos (como GPT, Claude e Gemini), o ROI da IA se torne ainda mais visível, especialmente em áreas criativas, atendimento ao cliente, desenvolvimento de software e análise de dados em larga escala. Segundo a Deloitte, 70% dos executivos esperam que o retorno sobre investimentos em IA generativa supere os métodos tradicionais até 2026.

Portanto, empresas que integrarem IA de forma estratégica e mensurável sairão na frente em eficiência, competitividade e inovação. A IA não é um custo. É um investimento e, quando bem implementada, um dos que oferecem o maior retorno possível na economia digital.

*José Fleury – CFO da Fintalk

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