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Engajamento em programas de fidelidade cresce com a análise de dados

Ferramentas ajudam a entender qual produto ou serviço o participante quer, além de como ele deseja receber a oferta, quando e onde
Os programas de fidelidade avançam no Brasil. Estão presentes nos mais diversos segmentos, de companhias aéreas ao varejo, e os clientes já encontram uma variedade de programas para escolher. O aumento da demanda pelos programas e a acirrada competição entre as empresas que oferecem os benefícios têm feito essas companhias buscarem novas alternativas, que melhorem, ampliem e tornem seus programas mais eficientes para conquistar novos participantes, além de aumentar o engajamento – ou seja, o envolvimento, a interação e os resgates de pontos/milhas. A análise de dados apresenta-se como um meio para esse fim.
“Temos exemplo de um cliente onde a aplicação de inteligência de dados na revisão e redistribuição de metas comerciais contribuiu para aumentar em 21% o engajamento dos participantes do Programa e incrementado a receita em 11 milhões de reais apenas em 1 trimestre”, conta Fulvio Chaves, Gerente de DBM (Database Marketing) da LTM Fidelidade.
Conhecer o perfil do consumidor é peça chave para evoluir na fidelização, explica Paulo Curro, diretor-executivo da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF). Coletar, tratar, armazenar e analisar informações da maneira certa ajuda a criar uma relação mais próxima com o cliente, além de poder fazer ofertas exclusivas e customizadas para os participantes, algo valorizado por eles”, explica. Em um estudo da Bond Brand Loyalty, em parceria com a Visa, foi identificado que o nível de personalização e o fato de atender suas necessidades estão entre as questões que mais motivam os brasileiros a usarem os programas de fidelidade.
Algo que segue exemplos de outros mercados. O Instagram, por exemplo, em 2016, mudou a aparência dos feeds, antes sua listagem de postagens era em ordem cronológica, mas passou a ser classificada por níveis de engajamento. Funcionou assim: as pessoas viam primeiro os posts que, de acordo com dados de suas atividades anteriores, estavam mais de acordo com sua preferência e que passariam mais tempo olhando. Antes da alteração, os usuários estavam perdendo cerca de 70% das postagens, mas depois, passaram a ver, não só o que queriam, mas também quando tinham interesse.
“O conhecimento gera a inteligência necessária para dar os próximos passos”, conta o diretor-executivo da ABEMF. A análise de dados e do histórico pode definir toda tomada de decisão, “como que tipo de oferta, em que momento, em que canal. Já foi o tempo da oferta massificada. Hoje, esse processo é mais cirúrgico, e os dados são essenciais para isso”, diz Raphael Mello – CEO da LTM Fidelidade. Entre as ferramentas usadas nesse tipo de trabalho estão as plataformas de Big Data – que proporcionam a capacidade de coletar e armazenar grandes volumes de informações, posteriormente avaliados por meio de Analytics, por exemplo.
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Leão e Housi promovem ação criada pela Fri.to Publicidade

A Leão, marca de chás, se uniu a Housi, startup especializada no segmento de moradia por assinatura, para convidar os paulistanos a ficarem “de boa”. A iniciativa faz parte da campanha de inverno de 2025 e convida o público a desacelerar o ritmo urbano agitado e estabelecer uma conexão emocional consigo mesmo.
Uma cabine foi instalada em frente a Housi Paulista. Quem passar pelo local poderá selecionar, em um tela, a opção “Tô de boa” e escolher um sabor de chá, quente ou frio. Em alguns minutos, um compartimento irá se abrir e entregar a bebida.
A ação criada pela Fri.to Publicidade especialmente para a Leão faz parte do conceito “Fica de Boa” e busca oferecer momentos de descontração, autocuidado e bem-estar. Enquanto isso, os consumidores experimentam os diferentes sabores de Chá Leão que mais combinam com seu estilo de vida em cada momento. A ativação traz a Housi como parceira porque as duas marcas têm valores em torno do bem-estar, da leveza e do equilíbrio emocional.
“A Housi tem buscado, cada vez mais, marcas conectadas com o cuidado e o bem-estar. Acreditamos que Leão está neste caminho e conectada com o que acreditamos. Mais do que uma proptech, também queremos ser um espaço de autocuidado”, pontua Alexandre Frankel, CEO da Housi.
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A indústria brasileira de som reforça protagonismo na regulação da IA

O avanço da inteligência artificial tem provocado transformações profundas em diversos setores da economia criativa. Na indústria de som, esse movimento desperta tanto expectativas quanto preocupações. A Apro+Som (Associação Brasileira das Produtoras de Som) está na linha de frente desse debate, articulando propostas e acompanhando o Projeto de Lei 2338/2023, que estabelece diretrizes para o uso da IA no Brasil.
Na última semana, foi realizada a primeira audiência pública na Câmara dos Deputados sobre o PL 2338/2023. Na ocasião, a Apro+Som, junto a mais de 40 entidades da indústria criativa, musical, jornalística e de comunicação, apresentou uma carta reforçando a importância do marco regulatório que assegura transparência no uso de obras e protege os interesses de criadores artísticos e intelectuais.
Segundo Bia Ambrogi, presidente da Apro+Som, a urgência desse debate está na preservação dos direitos de quem cria obras autorais. “Todos que fazem parte da cadeia criativa precisam continuar protegidos. Se uma obra é utilizada no input de mineração de dados para treinamento da IA e gera algo novo no output como resultado final, é justo que haja remuneração. Nenhum setor pode se apropriar, de forma gratuita, dos recursos produtivos de outro setor com a justificativa de que é preciso deste insumo para crescer”, relata.
A dirigente explica que, embora a regulação seja essencial para todos, há uma diferença perceptível no impacto entre grandes e pequenas empresas do setor criativo.. As corporações de maior porte têm se beneficiado ao reduzir custos com serviços em escala, enquanto as empresas menores utilizam a IA de forma pontual, sem substituir a mão de obra criativa. “No fim, todas perdem sem a regulação. O direito autoral é constitucional e precisa ser resguardado, independentemente do porte da empresa”, afirma.
Outro ponto levantado por Bia Ambrogi é a tendência de agências e anunciantes ampliarem o uso da IA para assumir etapas da produção que antes eram delegadas às empresas especializadas. Para ela, trata-se de um processo de adaptação, mas não de substituição. “Não existe uma única pessoa ou tecnologia capaz de pensar, criar, executar, sonorizar, distribuir e medir resultados de uma campanha inteira. Especialistas continuarão sendo necessários, ainda que em formatos diferentes.”
A Apro+Som reforça que a regulação trará benefícios tanto para grandes quanto para pequenas empresas, além de profissionais autônomos. Com regras claras, haverá segurança jurídica e reconhecimento pelo uso de suas obras. A ausência de regulação, por outro lado, traz insegurança jurídica a quem usa e amplia o risco de concentração de poder nas mãos de big techs enfraquecendo o mercado nacional.
O PL 2338/2023, já aprovado no Senado, segue em tramitação na Câmara dos Deputados e, posteriormente, retornará ao Senado para votação final. O movimento IA Responsável, do qual a Apro+Som é uma das lideranças, acompanha de perto cada etapa, inspirando-se em modelos regulatórios já implementados em países da União Europeia.
Esse movimento também fortalece o posicionamento internacional do Brasil no debate sobre IA. “Quanto maior o alinhamento entre os países, mais eficiente será a regulação. A tecnologia não conhece fronteiras, por isso precisamos falar a mesma língua quando o tema é uso de dados protegidos por Direitos Autorais. A Apro+Som acompanha o cenário nacional e internacional e integra a frente IA Responsável, formada por cerca de quarenta associações dos setores criativos.”Um trabalho coletivo, com diferentes focos mas com o mesmo objetivo: preservar o direito autoral, um princípio constitucional, aplicando-o com regras adaptadas à realidade da inteligência artificial”, reforça Bia.
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