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Comportamentos agressivos em festas e eventos devem ser rigorosamente punidos e o setor precisa estar alerta e atuante

*Ricardo Dias
O consumo de álcool está diretamente associado a alterações comportamentais que podem comprometer a segurança dos eventos. Períodos festivos como o Carnaval evidenciam esse problema, uma vez que o abuso de bebidas alcoólicas potencializa comportamentos violentos, incluindo agressões e casos de assédio. Em ambientes de grande circulação, o risco é ainda maior, exigindo protocolos de prevenção e resposta eficiente.
Durante o Carnaval de 2024, em nível nacional, foi registrado um total de 73,9 mil denúncias de direitos humanos, resultando de 11,3 mil denúncias entre os dias 8 e 14 de fevereiro. Dessas, 20,4% foram relacionadas a especificamente contra mulheres, incluindo denúncias em canais oficiais, como o 190. Os principais tipos de violência contra mulheres relatadas durante o Carnaval incluem:
- Violência física : agressões corporais que resultam em lesões.
- Violência psicológica : ameaças, humilhações e manipulações que afetam a saúde mental da vítima.
- Cárcere privado : Restrição da liberdade de locomoção da mulher.
- Importunação sexual : atos libidinosos sem consentimento, como toques inapropriados e beijos solicitados.
Esses números alarmantes demonstram a urgência da implementação de medidas adequadas para proteger o público durante eventos de grande porte. Estudos apontam que o álcool reduz a capacidade de julgamento, altera a percepção de limites e favorece atitudes impulsivas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 55% dos casos de agressão estão relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas. No Brasil, essa relação também se reflete nos altos índices de importunação e violência durante festividades populares.
Diante desse cenário, é preciso reforçar a importância da adesão ao protocolo “Não se Cale”, um conjunto de diretrizes voltadas para a prevenção e o combate à importunação sexual e à violência em ambientes festivos. Inspirado em iniciativas internacionais, esse protocolo estabelece procedimentos claros para organizadores, estabelecimentos e equipes de segurança, garantindo que qualquer incidente seja tratado de forma rápida e eficiente.
O setor de eventos deve ser um exemplo na adoção de boas práticas. Garantir a segurança dos participantes é uma responsabilidade compartilhada, com um setor mais consciente, seguro e preparado para enfrentar desafios como a agressividade e a violência relacionadas ao álcool. O entretenimento deve ser sinônimo de diversão, respeito e segurança para todos.
*Ricardo Dias – Presidente da ABRAFESTA
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Store in Store é a nova tendência que promete transformar o varejo em 2025

*Por Claudio Vasques
Já imaginou uma loja de roupas dentro de um supermercado, ou uma farmácia dentro de uma loja de conveniência? Essa é a proposta do conceito Store in Store, que surge entre as grandes tendências no varejo para 2025, oferecendo novas possibilidades de engajamento para as marcas, sem falar na experiência de compra mais conveniente para os consumidores.
O modelo Store in Store permite que a marca abra uma loja dentro de outra, ou seja, em vez de investir no ponto de venda próprio, ela se insere no espaço de uma loja maior, aproveitando o fluxo de clientes que já frequentam o local. Um exemplo recente é o da Vest Casa, que abriu sua loja no Forte Atacadista em Palhoça, Santa Catarina. Outro caso é o da Petz, que inaugurou um espaço da Zee.Dog dentro de suas lojas.
Vantagens para marcas e consumidores
A estratégia oferece uma série de vantagens para ambas as marcas envolvidas. Para a marca “inquilina”, é uma oportunidade de expandir sua presença física, alcançar novos públicos e aumentar as vendas, sem precisar arcar com os custos de abrir uma loja própria. Já para a marca “anfitriã”, é uma forma de atrair mais clientes, diversificar seu mix de produtos e gerar receita adicional com o aluguel do espaço.
Essa tendência se alinha com o novo perfil de consumo do brasileiro, cada vez mais exigente e em busca de conveniência. O consumidor valoriza experiências de compra que agregam valor e oferecem praticidade, e o conceito Store in Store faz justamente isso: proporciona uma experiência mais diversificada e conveniente ao reunir marcas complementares dentro do mesmo local, facilitando uma jornada de compra.
E se você está se perguntando se a sua marca poderia apostar nesse modelo, a resposta é sim. O segredo está em identificar o parceiro estratégico, que tenha o público-alvo desejado e ofereça o espaço adequado para criar a nova experiência. Seja no setor de vestuário, alimentação, animais de estimação ou qualquer outro ramo, o Store in Store pode ser a maneira inteligente de ampliar a presença da sua marca e atrair novos consumidores.
*Claudio Vasques – CEO e fundador da Brazil Panels.
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Data-driven: o Marketing de Incentivo e o seu papel estratégico nas empresas

*Marcelo Murari
**Priscila Machado
Sim, todos nós já sabemos que o Marketing de Incentivo é extremamente importante para engajar colaboradores, parceiros e outros públicos considerados “alvo” para as empresas. Isso permanece inegável e indiscutível. Com o avanço da tecnologia e o contínuo crescimento da cultura data-driven, caminhamos para outro momento no universo do incentivo, em que a interpretação dos dados gerados pelas campanhas, não apenas pode, como deve orientar a gestão e as tomadas de decisão. Calma, caro leitor, vamos te explicar!
Vivemos na era dos dados, em que tudo é transformado em informações úteis nas empresas, permitindo personalização e melhorando atendimento, vendas e eficiência. Os dados conseguem trazer insights sobre comportamento e tendências e garantir uma antecipação certeira nos movimentos do mercado.
Hoje, ter dados em mãos é imprescindível e pode gerar vantagens competitivas, num cenário em que 70% das empresas reconhecem a importância do uso deles no Marketing, de acordo com uma pesquisa da TOTVS, mas poucos os utilizam de forma completa e integrada. Talvez você ainda não saiba, mas o Marketing de Incentivo pode te ajudar estrategicamente. Por um lado, você gera reconhecimento e premia seus stakeholders e, por outro, você possui uma fonte rica de informações.
Pense conosco em uma plataforma personalizada para cada marca, que disponibiliza todo um universo, incluindo a possibilidade de gerar campanhas de vendas para produtos específicos, reconhecer e premiar cada pessoa com itens e experiências variados que façam sentido para ela (alô, hiperpersonalização), desde presentes físicos até viagens, criar ações gamificadas para aumentar o engajamento, diferentes mecânicas de avaliação, treinamentos, call to actions, soltar notícias e comunicações, muito conteúdo relevante e ainda proporciona uma gestão estratégica por meio de relatórios e dashboards em tempo real, facilitando a análise de resultados. Tudo isso aliado a um espaço imersivo, responsivo, seguro, lúdico, user-friendly, que proporciona autonomia para o usuário. Não é perfeito? É possível e essa plataforma já existe no mercado.
Para os usuários, as campanhas são personalizadas, com conteúdos segmentados que os ajudam a definir suas melhores estratégias. As diversas ações, interações e reconhecimentos motivam o engajamento, permitindo que eles acompanhem e vivenciem a campanha de forma envolvente e também focada no prêmio desejado.
Pensando em resultados, todo esse material gera ainda mais dados, não apenas dos usuários da plataforma e suas preferências, como também sobre o comportamento do mercado. Por exemplo, em um varejo, é possível entender qual produto performa melhor em cada região, em qual período, qual abordagem funciona melhor, e por aí vai. É possível monitorar o que deu certo e o que não funcionou, permitindo assim que as próximas ações sejam ainda mais assertivas e direcionadas e todo o conteúdo seja adaptado de acordo com as análises. Lógico, sempre respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
E é assim que uma estratégia de marketing se transforma em uma ferramenta de negócios, com uma abordagem orientada por dados, onde a inteligência artificial entra como plus para auxiliar na análise e gestão do conhecimento. A filosofia data-driven incentiva a geração de inteligência por meio da informação, como consequência, o engajamento, a divulgação e a rentabilidade aumentam.
*Marcelo Murari é diretor geral na EAÍ?! Content Experience.
**Priscila Machado é head de incentivo também na EAÍ?! Content Experience.