Artigos
Como garantir segurança em cloud na sua empresa?

*Adair Dienstmann Júnior
A migração para a nuvem é uma grande estratégia de transformação digital para todas as empresas. Entretanto, é fundamental contar com uma infraestrutura robusta focada na segurança em cloud para garantir a proteção dos dados e informações. Essa estrutura é essencial, uma vez que a cloud é composta por diferentes camadas. Assim, os dados e informações hospedados podem estar distribuídos em vários servidores. Por isso, é importante optar por uma cloud confiável e segura, que atenda a padrões e normas de segurança mundiais.
A segurança em cloud se destaca pelo conjunto de ações estratégicas e tecnologias que visam fazer a proteção dos dados, das aplicações e da infraestrutura que compõem a nuvem. A tecnologia mantém o sigilo das informações armazenadas em cloud, evitando perdas, roubos de dados, vazamentos e outros problemas.
Por essa definição, é possível perceber que são necessários diversos recursos e ferramentas para compor uma boa estrutura de proteção na nuvem. Porém, também envolve ações primárias mais simples. A segurança funciona primeiramente com um correto entendimento do ambiente, bem como da sua própria infraestrutura, hierarquia de acessos, níveis de acesso, entre outros.
Essa compreensão é fundamental para entender quais são os riscos envolvidos, uma vez que, com base neles, serão definidos os recursos e as tecnologias necessárias para garantir a proteção. Logo, a personalização também pode fazer parte desse processo para atender da melhor forma às demandas de cada empresa.
Alguns dos recursos necessários para ter mais segurança em cloud são:
- Proteção contra negação de serviço (DDoS);
- Proteção de borda com detecção de ameaças antimalware (firewalls);
- Proteção de aplicações para a internet (web application firewalls);
- Controles de acesso bem definidos;
- Múltiplos fatores de autenticação;
- Gestão de vulnerabilidades;
- Criptografia.
Quais são as vantagens da nuvem para a segurança da empresa?
As empresas têm optado pela utilização da cloud por causa da maior segurança da informação que esse ambiente pode proporcionar, além, é claro, do menor investimento necessário para fazer o armazenamento de dados. A utilização da cloud proporciona diversas vantagens em relação à segurança para a empresa. Dessa forma, é possível destacar algumas dessas vantagens:
Maior controle de acesso a informações
Todas as empresas têm dados ou informações que não precisam ou não devem ser acessados por todos. Logo, são necessários recursos que promovam controle de acesso, limitando os usuários que podem interagir com essas informações. A estrutura de segurança em cloud permite fazer o gerenciamento daquilo que cada usuário pode acessar dentro do sistema. Além de promover esse controle de acessos, a cloud envia notificações quando alguém acessa ou modifica um determinado item.
Padrões de segurança mundiais
A eficiência da infraestrutura de segurança em cloud é determinada por padrões de segurança mundiais conferidos por meio de diversas certificações. Essas certificações são as mais variadas, atendendo desde as instalações físicas do data center até a validação da documentação e cumprimento de processos de segurança internos do provedor (como por exemplo, certificações SOC Tipo 1 e Tipo 2). Com isso, é possível se alinhar a praticamente todos os padrões exigidos pelo mercado.
Criptografia
A criptografia é uma das estratégias de segurança de dados mais populares. Faz parte tanto do mundo dos negócios quanto da rotina das pessoas, e tudo indica que se tornará ainda mais importante com o tempo. Esse processo elimina os riscos de terceiros acessarem dados e informações digitais, por meio de sua codificação. A criptografia também é uma boa alternativa, entre outras medidas que devem ser tomadas, para manter a segurança dos dados contra roubo e vazamento. A nuvem utiliza essa tecnologia para reforçar o padrão de segurança, garantindo que os dados só possam ser acessados por papéis e serviços autorizados.
Escalabilidade
Outra vantagem que a nuvem oferece para as empresas é a sua capacidade de entrega em escala. A segurança em cloud pode ser ampliada facilmente de acordo com as necessidades da empresa, sejam elas por tempo determinado ou indeterminado. Caso ela precise de itens adicionais de segurança ou demais dados, isso pode ser implementado sem dificuldade. Adicionalmente, a nuvem oferece uma diversidade de soluções de segurança que seriam praticamente inviáveis financeiramente de serem implementadas num ambiente on-premise.
Atualização e otimização constante
Com a nuvem, as empresas também têm a certeza de contar com uma infraestrutura de segurança sempre “up-to-date”. “Os provedores de nuvem mantêm todas as suas infraestruturas sempre o mais atualizadas possíveis, o que garante que a maioria das vulnerabilidades conhecidas e eventualmente novas sejam contidas, oferecendo mais proteção.
É fato que a nuvem não é a única alternativa para as empresas fazerem o armazenamento dos seus dados e informações. Elas também podem optar pelos ambientes on-premise, criados de forma interna e mantidos pela própria organização, porém essa pode não ser a melhor alternativa.
São vários os motivos, desde a necessidade manter o espaço físico (data center) dedicado para os equipamentos, a complexidade da sua manutenção; os custos de aquisição e renovação de equipamentos, servidores e o controle e execução constantes das suas atualizações, até questões fundamentais de segurança. Isso tudo pode aumentar o risco para os dados e informações das empresas, principalmente porque é praticamente impossível acompanhar a tecnologia na mesma medida das modalidades de crimes virtuais que vem acontecendo.
Os ambientes on-premise trazem um risco ainda maior para o roubo, vazamento, perda e sequestro de dados, podendo quebrar o sigilo e a privacidade das empresas, colaboradores e até mesmo clientes, e de forma permanente, principalmente quando tais dados podem ser utilizados de forma inescrupulosa pelos criminosos. Além dessas ameaças, as empresas que utilizam ambientes on-premises podem vivenciar situações de indisponibilidade da infraestrutura, seja pela falta de planos e estruturas de contingenciamento, ou devido a vandalismos virtuais (ataques de negação de serviço, pixação, entre outros), que tem como objetivo tirar as operações do ar para seus clientes e trazer prejuízo financeiro.
Nesses cenários, os sistemas de contingenciamento da cloud, ou a sua presença em diversas regiões, países e até mesmo continentes, entrega aos ambientes altas taxas de disponibilidade, reduzindo drasticamente o risco de parada dos negócios das empresas. Já para a perspectiva de segurança, a cloud se tornam muito mais vantajosa, pois segue a maioria das boas práticas e padrões mundiais (senão todas elas) e garantem o atendimento dos principais pilares da segurança da informação, que são a confiabilidade, a integridade e a autenticidade de tudo o que estiver armazenado.
* Adair Dienstmann Júnior – Gerente de Infraestrutura da Stefanini.
Artigos
A publicidade do varejo Q4: agilidade e controle em tempo real são imperativos

*Francisco Larraín
O quarto trimestre do ano (Q4) é, indiscutivelmente, uma temporada mais intensa e decisiva para o varejo. Entre a euforia da Black Friday, a corrida pelas compras de fim de ano e o lançamento de novos produtos, poucas semanas se transformam em uma verdadeira maratona estratégica, onde cada decisão pode definir o sucesso ou o fracasso. Tradicionalmente, os profissionais de marketing apostam no modelo clássico de compra direta de anúncios, o conhecido direct buy, como base dessa jornada.
Entretanto, este é um modelo obsoleto e ultrapassado que gera desperdício de verba diante de um mercado cada vez mais dinâmico. O principal problema é a rigidez, que impõe prazos apertados, estabelece uma flexibilidade limitada e gera pouca visibilidade sobre a performance após a implementação. Em um trimestre onde o cenário pode mudar em poucas horas – seja por uma reação da concorrência, uma nova tendência de consumo ou uma mudança de algoritmo –, ficar preso a um plano imutável é o mesmo que dirigir olhando apenas pelo retrovisor: arriscado e pouco eficaz.
O modelo tradicional aplicado pelo direct buy trata o anúncio como um custo fixo. Em um ambiente volátil, a falta de dados em tempo real sobre o retorno do investimento (ROI) impede a otimização e pode resultar em um desperdício significativo de verba nas semanas mais caras do ano. A ausência de controle transforma o investimento em uma “caixa preta” de execução.
O contexto é desafiador, mas é também um convite irrecusável à uma virada estratégica. Uma mudança inteligente e criativa de rota, que nos leva por um caminho em que não se trata mais de investir. Trata-se de aplicar recursos em uma estratégia mais efetiva e inovadora. Essa quebra de paradigma exige apostas mais assertivas em plataformas que ofereçam controle total e a capacidade de otimização em tempo real. E é aí que o foco recai sobre soluções como as Redes de Mídia para o Varejo, ou o Retail Media Networks, que tomam as rédeas da situação entregando visibilidade imediata, operações dinâmicas e agilidade competitiva. Um combo perfeito para dominar a maratona do Q4.
Com essa tríade, as empresas e marcas acompanham o desempenho de cada centavo investido no momento exato em que ele é aplicado, o que permite ajustes em minutos, caso a campanha não esteja performando.
Além disso, elas têm ainda a liberdade de otimizar custos, realocando o orçamento rapidamente em campanhas que estão gerando receita – transformando o orçamento publicitário em uma alavanca de performance, e não em um compromisso fixo. Não podemos deixar de mencionar a capacidade de ajustar a estratégia sob demanda se torna o elemento-chave. Ou seja, com Retail Media Networks o planejamento do Q4 deixa de ser um mero documento e se torna um sistema vivo, capaz de reagir e capitalizar instantaneamente sobre a demanda gerada pela maratona de fim de ano. Aos líderes do varejo, esta sensação de controle e liberdade de ação é o imperativo competitivo que distingue quem apenas participa do Q4 de quem o domina.
Estamos às vésperas dessa alta temporada e a hora de repensar a estratégia de publicidade do Q4 é agora! Confiar em métodos ultrapassados é aceitar um teto baixo para o potencial de receita. Assegurar um Retorno sobre o Investimento (ROI) superior e consolidar uma posição de liderança, é a chave que abre as portas de um planejamento de mídia que é data-driven, flexível e centrado na otimização contínua.
A revolução do Q4 está em andamento. Aqueles que adotarem o controle em tempo real não apenas sobreviverão à maratona, mas a vencerão com uma margem clara!
*Francisco Larraín – Cofundador e CTO da Topsort, uma plataforma de retail media que está redefinindo a forma como os marketplaces do mundo monetizam por meio de publicidade baseada em leilão.
Artigos
Estamos preparados para 2027? 3 sinais de que sua empresa está atrasada na corrida da IA

*Por Anselmo Albuquerque
Recentemente, mergulhei no projeto AI-2027 (https://ai-2027.com), uma simulação detalhada do futuro da inteligência artificial nos próximos meses. O estudo foi elaborado por Daniel Kokotajlo, pesquisador da Open Philanthropy especializado em cenários de longo prazo e riscos existenciais ligados à IA, e conta com uma introdução escrita por Scott Alexander, autor do blog Astral Codex Ten e uma das vozes mais influentes na análise crítica de tendências tecnológicas e filosóficas contemporâneas, não é um exercício de ficção. É um alerta racional e estratégico.
Trata-se de uma narrativa construída mês a mês, com projeções realistas sobre como a IA pode evoluir, colidir com estruturas sociais e impactar decisões políticas, econômicas e até existenciais. Mas o ponto que mais me chamou atenção não foi o “quando”. Foi o “como”.
Três sinais que merecem nossa atenção agora
1. IA criando IA: o gatilho da aceleração cognitiva
Quando uma IA for capaz de desenvolver ou melhorar outras IAs, entraremos num novo ciclo evolutivo, onde a velocidade do avanço tecnológico deixará qualquer modelo de planejamento humano obsoleto. Esse é o ponto de virada. O que era linear se torna exponencial.
2. Cibersegurança como novo campo de batalha
As primeiras aplicações geopolíticas da superinteligência podem surgir no subsolo invisível dos ataques cibernéticos. Países, empresas e organizações estarão vulneráveis não a tanques, mas a códigos. Quem não entender isso, vai continuar investindo em estratégias do século XX para enfrentar desafios do XXI.
3. Linguagem opaca entre máquinas: o risco do neuralese*
Imagine duas IAs conversando em uma linguagem que nem os engenheiros que as criaram conseguem entender. Sem transparência, perdemos o alinhamento. E sem alinhamento, entregamos poder a uma caixa-preta que decide por nós sem sabermos como ou por quê.
2027 pode parecer longe. Mas em termos de desenvolvimento de IA, é quase amanhã. Só para você ter uma ideia, a OpenAI já realizou mais de 20 atualizações significativas no ChatGPT desde 2022. Isso inclui novos modelos (como GPT-4 e GPT-4-turbo), capacidades multimodais (voz, visão, código), uma loja de GPTs personalizados e interfaces mais integradas ao cotidiano das empresas e pessoas.
E aqui vem o ponto-chave: diferente de outras “transformações digitais” pelas quais empresas passaram nos últimos anos, muitas das quais sequer mudaram o chip da alta liderança, a IA exige uma mudança estrutural de visão, de linguagem e de prioridade.
Estamos falando de algo muito mais estratégico do que trocar um sistema de ERP. Quantas empresas passaram anos decidindo qual ERP implantar, levaram outros tantos para implementar, e hoje usam menos de 10 por cento da sua capacidade? Com a IA, essa abordagem incremental simplesmente não vai funcionar.
A pergunta real é: você está na prática compreendendo que isso vai muito além de um ChatGPT? Você já colocou esse tema entre as 3 prioridades estratégicas da sua empresa para os próximos 24 meses?
Se você é líder, empreendedor ou profissional de marketing ou comunicação, este é o momento de pensar e agir com uma velocidade e profundidade que talvez você nunca tenha considerado antes. Pensar como arquiteto do futuro, com os pés no presente, mas os olhos firmes na linha de colisão entre humanos e inteligências artificiais.
Referências:
AI 2027: https://ai-2027.com
OpenAI ChatGPT Updates: https://openai.com/blog/
chatgpt-updates
*Neuralese é um termo usado no cenário AI-2027 para descrever uma linguagem interna que IAs podem desenvolver ao se comunicarem entre si, potencialmente indecifrável para humanos. Essa opacidade pode dificultar a supervisão e o alinhamento com valores humanos, tornando a IA uma caixa-preta.
*Anselmo Albuquerque – CEO da Lean Agency, publicitário com mais de 20 anos de experiência no mercado de comunicação. Reconhecido como referência no tema de Inteligência Artificial.








