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Como a leitura emocional ajuda na comunicação?

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Como a leitura emocional ajuda na comunicação?

As pessoas expressam emoções por meio da voz, do rosto e do movimento, bem como de formas abstratas como na arte, na arquitetura e na música. A estrutura dessas expressões muitas vezes parece intuitivamente ligada ao seu significado: a poesia romântica é escrita em arabescos floridos, enquanto os logotipos de bandas de death e heavy metal usam fontes pontiagudas.

Essas associações são universalmente compreendidas porque são sinalizadas por meio de um código que desperta (excita) os mais diversos tipos de emoções. A ‘excitação’ é uma dimensão fundamental da experiência emocional que molda o comportamento de todas as pessoas. Os seres humanos gritam de raiva ou fogem em desespero, suspiram de contentamento e pulam de alegria.

E as expressões emocionais parecem intuitivamente combinar umas com as outras: gritos raivosos são frequentemente acompanhados por agitações irregulares e imprevisíveis, enquanto um bocejo ou outras expressões tranquilas têm movimentos comedidos.

Você já tinha percebido isso? Caso não, é preciso intensificar a maneira como você faz a leitura emocional das outras pessoas. Ela é de extrema importância e faz parte do processo de quem deseja se comunicar bem.

Mas como então fazer essa leitura emocional?

Bom, o primeiro passo é que você tenha uma boa inteligência emocional: capacidade de lidar de maneira sadia com as próprias emoções. Somente assim, se percebendo e se aceitando, que ficará mais fácil fazer a leitura de uma outra pessoa.

Quando se inicia uma conversa, seja ela pessoal ou profissional, é necessário perceber a outra pessoa. Não apenas falar, falar e mal dar bom dia. O processo de comunicação envolve, principalmente, o outro. É preciso ter maturidade emocional e empatia.

Empatia é, na sua forma mais simples, a consciência dos sentimentos e emoções de outras pessoas. É um elemento-chave da inteligência emocional, o elo entre o eu e os outros, porque é como nós, como indivíduos, entendemos o que os outros estão experimentando como se nós mesmos estivéssemos sentindo.

Empatia costuma ser confundida com simpatia, mas elas não são a mesma coisa. Simpatia é um sentimento de preocupação por alguém e a sensação de que essa pessoa poderia ser mais feliz. Ao contrário da empatia, a simpatia não envolve perspectivas ou emoções compartilhadas.

Daniel Goleman, autor do livro Emotional Intelligence, afirma que empatia é basicamente a capacidade de compreender as emoções dos outros. Ele também, no entanto, observa que em um nível mais profundo, trata-se de definir, compreender e reagir às preocupações e necessidades que estão por trás das respostas e reações emocionais dos outros.

Bom, com certeza agora deu para perceber a importância da empatia na comunicação. Mas como desenvolvê-la em uma leitura emocional?

Você pode ter dificuldade em demonstrar empatia no início – pode ficar nervoso quanto a comprometer-se emocionalmente ou sentir-se incapaz de fazê-lo. Mas isso não significa estar fadado ao fracasso!

Pratique as técnicas a seguir com frequência, com certeza ajudará:

1- Dê toda a sua atenção: Ouça com atenção o que a outra pessoa está tentando lhe dizer. Use seus ouvidos, olhos e instintos para entender toda a mensagem que é transmitida.

Comece ouvindo as palavras e frases-chave usadas, especialmente as empregadas repetidamente. Qual é o tom ou linguagem corporal usada? A pessoa está com raiva, com vergonha ou com medo, por exemplo?

2- Considere as perspectivas de outras pessoas: Examine sua própria atitude e mantenha a mente aberta. Colocar muita ênfase em suas próprias suposições e crenças não deixa muito espaço para a empatia.

Perceber por que os outros acreditam no que acreditam não significa que você tenha que concordar com esse ponto de vista. Em vez disso, certifique-se de mostrar respeito e continuar ouvindo.

Não existe uma maneira certa de realizar a leitura emocional. Dependerá da situação, do indivíduo e da emoção dominante no momento. Lembre-se de que empatia não tem a ver com o que você quer, mas com o que a outra pessoa deseja e precisa, portanto, qualquer ação que você realizar ou sugerir deve beneficiá-la.

E lembre-se de que a empatia não é só para crises! Ver o mundo de várias perspectivas é um grande talento que ajudará muito na comunicação.

Por exemplo, você provavelmente sorri e se dá ao trabalho de lembrar o nome das pessoas: isso é empatia em ação. Prestar total atenção às pessoas, ter curiosidade sobre suas vidas e interesses e oferecer feedbacks construtivos também fazem parte da leitura emocional.

Pratique essas habilidades com frequência. Quando você se interessa pelo que os outros pensam, sentem e experimentam, você desenvolverá uma reputação de ser atencioso, confiável e acessível – e será um grande trunfo para sua vida pessoal e profissional.

Theka Moraes – Especialista em comunicação relacional, faz parte da equipe do Roberto Shinyashiki no Instituto Gente, fundadora e idealizadora do The Women Oficial

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O futuro do marketing não é performance vs branding: é autenticidade com resultado

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*Ali Maurente

Por muito tempo, executivos e agências trataram performance e branding como lados opostos de uma mesma estratégia. De um lado, métricas como cliques, CPL e CAC. Do outro, narrativas aspiracionais que constroem reputação no longo prazo. O resultado dessa visão fragmentada foi a criação de uma falsa dicotomia, responsável por desperdício de energia e orçamentos divididos.

O futuro do marketing não será definido por “mais branding” ou “mais performance”. Ele já está sendo construído em torno de algo mais simples e, ao mesmo tempo, mais desafiador: autenticidade com resultado. Autenticidade porque consumidores, clientes e colaboradores aprenderam a identificar quando uma campanha não passa de fórmula. Não há algoritmo capaz de sustentar o que não é genuíno. Resultado porque, em última instância, conselhos e acionistas continuam cobrando ROI, crescimento e previsibilidade.

O incômodo cresce à medida que o mercado revela uma nova realidade: estamos diante de profissionais de marketing que muitas vezes não entendem de negócio. Há quem fale apenas de postagens, curtidas e seguidores, esquecendo o que realmente importa — receita e marca. Um marketing que olha só para receita morre, assim como aquele que olha apenas para marca. Uma marca sem receita é vaidade. Uma receita sem marca é commodity.

Marketing não é apenas branding. Também não é apenas performance. É o processo de criar, capturar, converter e expandir demanda, fortalecendo a marca ao mesmo tempo em que gera resultados concretos. Isso exige um entendimento profundo do negócio, e quem não souber traduzir essa equação perde espaço rapidamente. O profissional que restringe seus KPIs a seguidores perde relevância. Quem ignora receita se torna apenas mais um criador de conteúdo passageiro.

Esse desafio também não é exclusivo da área de marketing. Ele envolve o alinhamento de todas as áreas, do ICP à conversão. A marca abre portas. A receita mantém as luzes acesas. O alinhamento entre marketing e negócio sustenta o crescimento verdadeiro.

É por isso que CMOs e conselhos precisam abandonar a disputa entre awareness e conversão, entre conteúdo e CTR. O jogo atual é outro: transformar cada KPI em reflexo de uma narrativa verdadeira, capaz de construir comunidade e, ao mesmo tempo, entregar crescimento.

Autenticidade com resultado não é uma tendência. É questão de sobrevivência. Marcas que não compreenderem essa equação continuarão presas à armadilha da vaidade ou da comoditização. E profissionais que não souberem traduzi-la para o negócio perderão espaço para aqueles que entendem que marketing sempre será o motor que une significado e crescimento.

Ali Maurente – Chief Marketing Officer na PSA – Profissionais S.A.

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O quanto a inteligência artificial pode impulsionar o ROI das empre

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*José Fleury

A inteligência artificial (IA) já transforma modelos de negócios, operações internas e estratégias de relacionamento com clientes. Um dos efeitos mais tangíveis dessa revolução tecnológica aparece no retorno sobre investimento (ROI). Todos desejam, mas poucos estão dispostos a fazer o que é exigido. Porque o retorno real não vem da ferramenta, e sim da forma como a empresa decide usar. E isso muda tudo.

Na prática esse o uso de IA pode representar, em média de 20% a 25% de aumento no lucro líquido, quando comparadas a concorrentes que ainda operam com processos tradicionais (dados da McKinsey).

O ROI, nesse contexto, não se limita à geração direta de receita. Ele também considera reduções significativas de custos operacionais, ganhos de eficiência, melhor alocação de recursos e decisões baseadas em dados. A IA impacta todos esses pontos de forma mensurável. O uso de IA para segmentação de audiência, personalização de campanhas e automação de mídia programática tem aumentado drasticamente o ROI em marketing digital. A Salesforce afirma que 80% das empresas que usam IA no CRM relatam aumento significativo na conversão de leads. A consultoria Boston Consulting Group apontou que campanhas personalizadas com IA chegam a gerar até 200% mais ROI que campanhas tradicionais.

Além disso, chatbots e assistentes virtuais reduzem custos com call centers e aumentam a satisfação do cliente. O Gartner estima que, em 2025, 95% das interações com clientes serão gerenciadas por IA, com redução média de 30% nos custos operacionais.

Empresas como a Amazon usam IA para otimizar rotas de entrega, prever demanda e gerenciar estoques. A McKinsey calcula que essas aplicações podem reduzir em até 50% os custos da cadeia de suprimentos.

Bancos e seguradoras utilizam IA para detecção de fraudes, avaliação de crédito e automação de relatórios. Um estudo do Bank of America mostra que o uso de IA para análise preditiva aumentou em 40% a precisão na concessão de crédito, reduzindo a inadimplência e otimizando o capital de giro.

Apesar dos benefícios, nem todas as empresas conseguem extrair ROI positivo imediatamente com IA. A maturidade digital, cultura organizacional e qualidade dos dados são fatores críticos para o sucesso.

Segundo o relatório AI Index 2024 da Universidade de Stanford, apenas 14% das organizações globais estão em estágio avançado de adoção de IA. Essas empresas são justamente as que colhem os maiores retornos, com aumentos de receita até cinco vezes maiores em relação às que estão apenas começando.

A consultoria Accenture aponta que empresas com maior maturidade digital conseguem acelerar o tempo de retorno dos investimentos em IA de 3 anos para menos de 12 meses. Isso ocorre porque essas organizações já possuem infraestrutura tecnológica adequada, governança de dados e equipes capacitadas para operar com machine learning e automação.

No entanto, medir o ROI da inteligência artificial exige mais do que simplesmente observar o lucro obtido com um projeto. É fundamental considerar uma série de indicadores complementares que ajudam a revelar o impacto real da tecnologia nos resultados da empresa.

Assim, um dos principais é o tempo de retorno do investimento (payback), que indica em quanto tempo o valor investido é recuperado a partir dos ganhos gerados pela solução de IA. Também se mede o ganho em produtividade, verificando quanto tempo ou esforço humano foi economizado com a automação de tarefas ou melhoria de processos.

De acordo com um relatório do MIT Sloan Management Review, as empresas que acompanham esses indicadores com regularidade têm 50% mais chances de obter ROI positivo em seus projetos de IA, justamente por alinharem tecnologia com metas de negócio de forma estruturada.

Entre os setores que mais se beneficiam com a aplicação da IA, o varejo e o e-commerce se destacam com a personalização de ofertas, previsão de demanda e atendimento automatizado.

Na saúde, a tecnologia contribui com diagnósticos mais precisos por imagem, otimização de agendamentos e redução de custos hospitalares. A manufatura aplica IA na manutenção preditiva de máquinas, controle automatizado de qualidade e robótica.

No setor de educação, surgem sistemas adaptativos de ensino e plataformas que personalizam conteúdos conforme o desempenho dos alunos. Já na agropecuária, a IA ajuda a prever safras, analisar o solo com precisão e automatizar processos no campo, otimizando a produção agrícola.

Desse modo, a expectativa é que, com a evolução dos modelos generativos (como GPT, Claude e Gemini), o ROI da IA se torne ainda mais visível, especialmente em áreas criativas, atendimento ao cliente, desenvolvimento de software e análise de dados em larga escala. Segundo a Deloitte, 70% dos executivos esperam que o retorno sobre investimentos em IA generativa supere os métodos tradicionais até 2026.

Portanto, empresas que integrarem IA de forma estratégica e mensurável sairão na frente em eficiência, competitividade e inovação. A IA não é um custo. É um investimento e, quando bem implementada, um dos que oferecem o maior retorno possível na economia digital.

*José Fleury – CFO da Fintalk

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