Empresa
Cachaça envelhecida por duas décadas é lançada com diamante incrustado na garrafa

Foi no ano de 1824 que a família Weber deixou Hunsrück, na Alemanha, para se fixar na região sul do país, nas florestas das encostas da Serra Gaúcha, hoje conhecida como Ivoti. Inicialmente, o lucro da família era obtido através do plantio da batata inglesa para a produção de uma bebida chamada ‘schnaps’. Apenas em 1848, com o plantio de cana-de-açúcar, e seguindo tradições históricas, tem início a elaboração de cachaça com o objetivo de consumo. O início comercial da Destilaria H. Weber dá-se apenas um século depois do primeiro destilado elaborado, em 1948.
Com o tempo, o processo foi se modernizando e o negócio acabou passando de pai para filhos, fazendo com que a destilaria fosse inovando ano após ano e ganhando cada vez mais espaço e credibilidade no mercado. Foi então que, no ano de 2001, justamente na virada do milênio, que a terceira geração da família Weber criou a marca Weber Haus, um marco no mercado das cachaças artesanais e que transformou a destilaria que até então atendia apenas o mercado regional (Ivoti, Dois Irmãos e Novo Hamburgo), em uma empresa de rótulos sofisticados, sabores únicos e receitas elaboradas.
E para celebrar justamente os 21 anos da Weber Haus, a marca acaba de lançar a cachaça Weber Haus Diamant 21 years old, um produto inédito, diferente de tudo o que a empresa já lançou e com sabor incomparável. Apesar de ser lançada em 2021, a história da bebida começa no ano 2000, período onde o mundo aguardava uma nova era, mudanças e revolução. Hugo Weber e seu filho Evandro Weber decidiram elaborar uma cachaça e deixar ela envelhecendo em seus melhores tonéis.
“Até então não tínhamos ideia de qual seria o nome, destino ou característica do produto, apenas sabíamos que essa seria a grande joia da destilaria”, explica Evandro Weber, diretor da destilaria. Ano após ano, pai e filho se debruçavam sobre as barricas para fazer uma criteriosa degustação individual e sempre se surpreendiam com o sabor e a evolução da bebida, resultado das características únicas dos barris de carvalho.
Foi então que em 2021, depois de duas décadas, a bebida foi retirada das caves subterrâneas das barricas antigas para ser lançada no mercado com o nome de Weber Haus Diamant 21 years old. A ideia do nome é uma alusão à pedra preciosa, que para conquistar o status de joia, precisa da intervenção do homem para ser lapidada, esculpida e trabalhada, além de conhecimento e paciência para conseguir um resultado impecável e surpreendente. “Queremos proporcionar uma experiência única que vai muito além de degustar uma cachaça, é uma imersão em um universo de sabores, cores, aromas e conhecimento”, diz Weber.
Além do sabor único, a Weber Haus Diamant 21 years old será vendida em uma edição limitada de 1.000 garrafas. E por se tratar de uma data tão especial, serão duas opções de embalagens que traduzem justamente o luxo e a nobreza do produto. A garrafa no formato de um diamante vem em um estojo de madeira espelhado. A Weber Haus Diamant 21 years old com a embalagem tradicional será vendida por R$5.948,00. Já a versão com um diamante de 3,65mm incrustado na garrafa custa R$9.948,00.
“Por ser algo totalmente diferente do que nós já fizemos na história, além de ser uma forma de comemorar os 21 anos da Weber Haus e celebrar a amizade entre pai e filho, nós queríamos que tudo nela fosse diferente e especial, por isso fizemos essa embalagem à altura da bebida”, ressalta o diretor. A garrafa número 0001 foi leiloada no dia 18 de novembro em Ivoti (RS) e arrematada pelo valor de R$66.948,00.
Envelhecida seis anos em Carvalho Francês e 15 anos em Bálsamo e com graduação alcoólica de 40%, a bebida possui características sensoriais de nozes, chocolate, tabaco, baunilha, canela, amêndoa e erva doce. “A cachaça é uma bebida que representa o Brasil, então olhar toda nossa trajetória e ver que nós fazemos parte de tudo isso é muito emocionante, e lançar a Weber Haus Diamant 21 years old é uma forma de brindarmos e agradecermos a todos os nossos clientes e colaboradores que contribuem e contribuíram para chegarmos até aqui”, finaliza o diretor.
Empresa
Pré-Black Friday: Novembro já registrou 15 milhões de compras online e mais de 117 mil tentativas de fraude evitadas até quinta-feira, segundo Serasa Experian

A Black Friday, que antes se concentrava na última sexta-feira de novembro, hoje movimenta o varejo ao longo de todo o mês. Entre 1º e 26 de novembro, a Serasa Experian, primeira e maior datatech do Brasil, detectou 15.057.286 pedidos realizados no e-commerce brasileiro, que somaram R$ 8,5 bilhões em transações. Deste total, 117.968 foram identificados como tentativas de golpes, barradas tecnologias antifraude da companhia. Se efetivadas, poderiam ter causado perdas de até R$ 104.329.618,28 para lojistas e consumidores. O levantamento reforça a importância de estratégias robustas de autenticação e segurança.
Segundo dados da datatech, na semana da Black Friday de 2024 foi registrado um aumento de 260% na criação de páginas de phishing em comparação às demais semanas do mês. O método é um tipo de golpe digital em que criminosos simulam sites ou comunicações oficiais de empresas para enganar os usuários e capturar dados sensíveis, como senhas e informações de pagamento. Diante da expectativa de movimentação intensa no e-commerce em 2025, o alerta permanece: este é o momento em que o consumidor deve redobrar os cuidados com a segurança online.
Dicas para empresas:
• Estabeleça políticas internas de segurança da informação e oriente colaboradores sobre boas práticas, como o uso de senhas fortes e a participação em treinamentos de conscientização.
• Adote criptografia na transmissão de dados para proteger informações sensíveis de clientes e da empresa contra interceptações.
• Implemente soluções antifraude para minimizar riscos financeiros e reputacionais. Contar com especialistas e tecnologias dedicadas torna sua empresa mais preparada para lidar com golpes sofisticados.
• Utilize a prevenção em camadas como estratégia central. Ferramentas combinadas atuam em diferentes pontos da jornada digital e são essenciais diante da evolução constante das fraudes.
• Invista em soluções que se atualizem continuamente, garantindo a veracidade dos dados e maior resiliência contra novas ameaças.
• Conheça o comportamento do seu usuário e reduza fricções na jornada digital, sem comprometer a segurança.
• Trate a prevenção à fraude como fator de competitividade: soluções bem orquestradas aumentam a segurança, reduzem perdas e melhoram a experiência de compra.
O levantamento realizado considera somente as transações realizadas entre 1 e 26/11/2025 analisadas pela Serasa Experian.
Empresa
Tirania da média na Black Friday: Por que métricas agregadas escondem prejuízos reais

A Black Friday é um dos poucos consensos do e-commerce brasileiro: todos fazem, os consumidores esperam e as metas do último trimestre dependem disso. Por isso, mais do que decidir participar, o desafio está em estruturar ações que gerem volume sem cair na perigosa ‘Tirania da Média’ — campanhas que geram vendas imediatas a um custo médio aceitável, mas comprometem a rentabilidade futura ao mascarar o desempenho individual de cada canal.
“O cenário está posto. Consumidores condicionados a esperar descontos, concorrência acirrada e todas as marcas disputando atenção ao mesmo tempo”, afirma Caio Motta, cofundador da Elementar Digital, agência de marketing especializada em performance orientada por dados. “Marcas que não participam perdem relevância e market share. O desafio real é jogar bem esse jogo de maneira analítica – e isso começa muito antes do desconto chegar no site.”
Nesse contexto, um dos principais equívocos ainda é analisar o período apenas por métricas agregadas, como CAC (Custo de Aquisição de Cliente) médio, ROAS (Retorno sobre o Gasto com Anúncios) geral ou faturamento total. Segundo Motta, essa leitura consolida demais a performance e esconde o que realmente funciona.
“Um Custo de Aquisição de Cliente (CAC) médio de R$ 80,00 pode parecer aceitável. No entanto, ao analisar os dados por grupos específicos de clientes (cohorts), você pode descobrir que clientes atraídos na Black Friday por um canal em particular têm um CAC de R$ 60, mas nunca mais compram. Por outro lado, clientes com um CAC de R$ 100 podem fazer novas compras em 45 a 60 dias”, detalha Felix Bohn, sócio da agência. Fica claro, então, que é essa análise detalhada e segmentada que diferencia uma Black Friday que apenas desperdiça dinheiro de outra que realmente forma uma base de clientes sólida.”
A partir desse entendimento, a mídia de performance passa a ser uma alavanca estratégica, não apenas tática. “Muitas marcas aumentam budget de forma linear em todos os canais esperando retorno proporcional. Não funciona assim”, comenta Motta. Ele reforça que a alocação deve ser guiada por dados históricos – quais canais, públicos e formatos trouxeram clientes de maior valor e maior lift de vendas. Além disso, a estrutura de funil precisa ser respeitada: campanhas de awareness não podem ser medidas com o mesmo ROAS de campanhas de conversão direta. Como resume Bohn, “é preciso ter paciência no topo do funil e ser cirúrgico no fundo.”
Entretanto, mesmo a estratégia de mídia mais sólida não se sustenta se a operação não acompanha. Atrasos na entrega, rupturas de estoque e instabilidades no site se transformam rapidamente em detratores, e esse custo, segundo os especialistas, é muito maior do que uma venda perdida. “A gente vê isso todo ano: marcas que explodem em vendas na sexta-feira e, na segunda, já estão apagando incêndio no SAC”, comenta Motta. Testes de carga, estoques planejados com margem de segurança e logística dimensionada para cenários extremos são, portanto, medidas essenciais para proteger margem e reputação.
A visão de curto prazo também impede que as marcas enxerguem o verdadeiro impacto da Black Friday. Para os profissionais, o sucesso do período não se mede em novembro, mas em março, junho e até o próximo novembro. “Todo mundo comemora quando bate a meta de faturamento, mas o jogo real acontece depois”, diz Bohn. Ele explica que é preciso monitorar quantos clientes adquiridos na Black Friday recompram no ano seguinte, qual foi o LTV (Lifetime Value) desse cohort comparado ao de períodos normais e qual a taxa de churn (perda de clientes ou receita) em seis meses. Essa disciplina é o que diferencia marcas que tratam a data como liquidação daquelas que a utilizam como aquisição estratégica.
Quando essa visão orientada por dados se consolida, aliada a mídia inteligente, operação preparada e promessas que a marca consegue cumprir, a Black Friday deixa de ser apenas um pico de vendas e passa a funcionar como alavanca real de crescimento. “A diferença está em trocar o imediatismo por visão de longo prazo”, resume Bohn. “Quando você estrutura a estratégia pensando no contexto de longo prazo, não em transações isoladas, equilibra volume com qualidade de cliente. E aí sim a Black Friday vira o que deveria ser: um acelerador do negócio”, conclui.








