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Ampro lança Campanha “ESG – Estamos ESGotados”

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A Ampro – Associação de Marketing Promocional / Live Marketing lança, nesta semana, uma campanha de conscientização que pede mais respeito e empatia às empresas contratantes de serviços de Live Marketing.  A campanha, criada por Dil Mota & The Thing Thinkers, traz uma analogia da palavra ESG (governança ambiental, social e corporativa) que tanto se busca no discurso, mas pouco se encontra na prática.

Desde o início da pandemia, o setor de Live Marketing – que até 2019 tinha faturamento estimado de cerca de R$ 50 bilhões anuais no país – vive momento delicado. Foram dois anos de paralisação, com projetos presenciais cancelados, o que gerou fechamento de agências e aumento do número de cortes e demissões.

“O lançamento dessa campanha é fundamental para o momento em que o Live Marketing está passando. Depois de dois anos massacrados pela pandemia, não podemos executar as atividades nas mesmas condições de antes, como processos equivocados de concorrência job a job, prazos extensos de pagamento e não sendo tratados como parceiros estratégicos ou com o respeito que merecemos. A importância do ESG também está no olhar sobre como está a relação entre anunciantes e seus parceiros, do contrário vira só discurso bonito. Precisamos buscar um maior diálogo para que possamos juntos construir um mercado sustentável e respeitoso”, afirma a presidente-executiva da Ampro, Heloisa Santana.

As Melhores Práticas do Live Marketing tocam em quatro pontos fundamentais para tornar mais saudável o relacionamento entre agências e clientes: 1. a forma como devem ser conduzidas as concorrências, 2. os pagamentos, 3. os pedidos de exclusividade e 4. os feedbacks. Confira as recomendações do documento:

Concorrências:

Como já é praticado em outros serviços de marketing, como Publicidade, PR e Digital, sugerimos seguir o mesmo formato para Live Marketing:

– Concorrências por contas ou contratos longos, mínimo de 12 meses.

– Numa concorrência chame até três agências.

– Concorrências que necessitam de entrega estratégica e criativa têm que ser remuneradas.

– O prazo ideal para uma concorrência é de, no mínimo, 15 dias úteis.

– Elabore um briefing transparente, com todas as informações necessárias sobre o projeto e as formas de contratação.

Pagamentos:

Uma agência ou profissional que presta o serviço de marketing não tem condições econômicas para financiar uma empresa.

– Pagamentos no máximo 30 dias após a entrega final do projeto, em caso de projetos com entrega única.

– Pagamentos de fee mensal em caso de projetos com entregas recorrentes. Custos de execução são complementares ao custo da agência.

– Seguir a Tabela Referencial Ampro, como base de contratação.

Exclusividade:

Como já é praticado em outros serviços de marketing, como Publicidade, PR e Digital, sugerimos seguir o mesmo formato para Live Marketing:

– Exclusividade só é aceitável para contratos duradouros e com garantia de budget a ser pago ao contratado.

– Exclusividade é uma via de duas mãos, igualmente aplicada por contratante e contratado. Torne sua agência exclusiva também.

Relacionamento e Feedback:

– O prestador de serviço de marketing é muito mais que seu fornecedor, é seu parceiro estratégico, criativo e operacional.

– Feedbacks estruturados e transparentes são necessários e fundamentais na construção de relações sustentáveis, respeitosas e de longo prazo.

A campanha e as melhores práticas do Live Marketing na íntegra já estão no portal da Ampro – https://ampro.com.br/campanha-esg-melhores-praticas-2022/

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Influência sem propósito virou risco

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A publicidade vive um momento crucial: continuar alimentando padrões de consumo insustentáveis ou assumir um papel ativo na regeneração do planeta e na promoção da justiça social. Neste novo cenário, cresce a relevância de quem usa a influência não apenas para vender, mas para provocar mudanças estruturais. É o caso de Domitila Barros, ativista, empreendedora e consultora internacional, que tem atuado de forma estratégica para transformar a relação entre marcas, consumidores e propósito.

Criada na periferia do Recife, em um projeto social fundado por seus pais durante a ditadura militar, Domitila construiu uma trajetória que atravessa territórios, idiomas e mercados. Hoje, ela circula por mais de 12 países como palestrante, educadora e articuladora de campanhas voltadas à sustentabilidade, à diversidade e à responsabilidade corporativa. Atua com marcas globais dos setores de moda, beleza, turismo e esporte, e também como Embaixadora das Fronteiras Planetárias dos Jogos Mundiais Universitários FISU 2025, além de colaborar com o Greenpeace em ações independentes de ativismo criativo.

Domitila chegou a ser eleita Influenciadora do Ano na categoria Sustentabilidade pela World Influencers and Bloggers Association (WIBA), reconhecimento que reforça sua posição como uma das vozes mais relevantes da comunicação regenerativa no cenário global. Nesta entrevista à Revista Live Marketing, ela fala sobre o papel da publicidade na construção de um futuro mais ético, os limites do greenwashing, a responsabilidade dos influenciadores e a urgência de uma comunicação transparente, inclusiva e regenerativa. Uma conversa que desafia o mercado a repensar prioridades e rotas.

Na sua visão, qual é o papel da publicidade na promoção da preservação ambiental e da justiça social?

A publicidade é uma das ferramentas mais potentes de influência cultural. Ela molda desejos, comportamentos e formas de ver o mundo. Por isso, é urgente que seu papel vá além do consumo e assuma também a responsabilidade de regenerar. Quando usada com propósito, a publicidade pode educar, inspirar e empoderar, estimulando práticas sustentáveis e relações mais justas com o planeta e com as pessoas. Tenho compartilhado essa visão em instituições no Brasil e no exterior, como na Wharton Business School e na ESPM, onde conduzi o projeto ‘Fill the Gap’, uma formação de liderança para profissionais historicamente excluídos da indústria da comunicação, como negros, indígenas, pessoas com deficiência, trans e não bináries.

Mas o poder da publicidade é ambivalente. Enquanto pode ser motor de mudança, também pode ser instrumento de exploração. Num cenário de ansiedade crescente, em que jovens são bombardeados por promessas de status e pertencimento, vemos o avanço de jogos de aposta online promovidos por influenciadores digitais que contribuem para o endividamento e a compulsão. Ainda mais grave é quando grandes nomes da internet associam suas imagens a marcas envolvidas com racismo ou trabalho análogo à escravidão. Nesses casos, a publicidade não apenas silencia diante das injustiças, ela também as valida. Por isso, defendo que o papel da publicidade, hoje, deve ser ético. Ela precisa deixar de apenas gerar lucro e passar a promover valores que sustentem o futuro.

Você acredita que as marcas estão realmente comprometidas com a sustentabilidade ou muitas ainda praticam o chamado ‘greenwashing’?

O greenwashing ainda é uma prática recorrente e muito nociva. Muitas empresas usam o discurso ambiental como maquiagem, investindo mais em embalagens e slogans do que em ações concretas. Isso compromete a confiança nas marcas e enfraquece o poder da comunicação como ferramenta de transformação. Termos vagos, visuais “verdes” e compromissos genéricos não são suficientes. O consumidor exige rastreabilidade, transparência e diversidade real nos processos de decisão.

Ao mesmo tempo, percebo uma virada importante. Há uma pressão crescente de consumidores e funcionários para que os compromissos ambientais e sociais sejam verdadeiros. A diferença entre uma marca oportunista e uma marca consciente está na coragem de rever sua cadeia de valor e assumir responsabilidade por seus impactos. E isso já é passível de fiscalização e punição. Casos como o da Fiat, advertida pelo CONAR; da JBS, processada nos EUA; e da Volkswagen, multada em bilhões por fraudar dados de emissões, mostram que o greenwashing pode custar caro. A era do marketing verde sem consequência está com os dias contados.

Existe alguma campanha de marca que te marcou positivamente por unir propósito, conscientização e impacto real?

Duas campanhas me marcaram profundamente. A primeira foi com a marca alemã Voelkel, com quem desenvolvi o primeiro iceTee clima-positivo do mundo. A ideia era ousada: não apenas compensar emissões, mas gerar impacto ambiental positivo. A campanha foi lançada em mais de 2 mil pontos de venda na Alemanha e uniu estética, educação climática e viabilidade comercial. É a prova de que é possível unir propósito, impacto e escala.

A segunda foi com a PADI.tv, maior organização de mergulho do mundo. Como defensora dos oceanos, sempre sonhei em colaborar com eles. A campanha não só foi um marco profissional, como me certificou oficialmente como mergulhadora de mar aberto. Já temos um novo episódio marcado para as Maldivas. Acredito em parcerias de longo prazo, que evoluem com o tempo e criam vínculos verdadeiros. E é por isso que essas campanhas permanecem comigo.

Como é possível educar o consumidor para identificar quando uma campanha é autêntica ou apenas oportunista?

A educação para o consumo consciente começa cedo, mas precisa ser reforçada com a alfabetização midiática. É essencial que as pessoas aprendam a fazer perguntas críticas: quem está contando essa história? Quem ganha com isso? Qual o impacto socioambiental deste produto?

Como comunicadora, uso minhas redes para trazer essa reflexão de forma prática e acessível. Autenticidade se revela nos detalhes, que vai da embalagem aos rostos que estampam as campanhas, da linguagem às ações concretas por trás da narrativa. O público está mais atento do que nunca. Cabe a nós, profissionais, respeitar essa inteligência e corresponder com transparência.

A publicidade tem um enorme poder de influência cultural. Como ela pode ser usada para mudar hábitos de consumo e promover práticas sustentáveis?

A publicidade pode e deve ressignificar o que entendemos como status. Cuidar do planeta, saber a origem do que consumimos, reparar, reutilizar: tudo isso pode e deve ser entendido como símbolo de prestígio. Vivemos um momento propício para isso. A mesma publicidade que moldou padrões de beleza e consumo pode agora moldar a consciência. Especialmente no Brasil, onde o consumo é muitas vezes visto como símbolo de pertencimento, essa mudança pode gerar uma verdadeira revolução cultural. Sustentabilidade, hoje, é elegância. Regeneração é a nova tendência.

Você acredita que celebridades e influenciadores têm a responsabilidade de cobrar posturas sustentáveis das marcas que patrocinam?

Sim, acredito profundamente nisso. Mais do que responsabilidade, vejo como um dever moral. Quem tem poder de influência precisa assumir uma postura ética e liderar pelo exemplo. Eu mesma recuso parcerias que não estejam alinhadas com valores reais, como equidade, justiça social e impacto positivo. E sempre encorajo meus colegas, principalmente os que têm grande visibilidade, a se posicionarem com firmeza. O silêncio diante de injustiças também comunica, e hoje, mais do que nunca, precisamos de vozes comprometidas com a transformação.

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Ampro se une à Gerando Falcões para fomentar empreendedorismo feminino nas periferias

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Ampro – Associação de Marketing Promocional – firmou uma parceria com a Gerando Falcões para apoiar o projeto “ASMARA”, focado no empoderamento feminino e geração de renda rápida para mulheres das favelas e periferias. A colaboração mobiliza agências associadas à entidade na capital paulista para a arrecadação, conectando o setor de live marketing a uma agenda de transformação social.

Como parte da ação, as agências participantes instalarão pontos de coleta em seus escritórios para receber doações de roupas, brinquedos e acessórios em bom estado. Os itens serão repassados às empreendedoras do projeto, fortalecendo sua autonomia financeira e ampliando as possibilidades de geração de renda nas comunidades paulistas.

“O marketing de experiência tem um papel fundamental na construção de uma sociedade mais justa e consciente. Ao criar conexões que tocam as pessoas, também abrimos espaço para a transformação social. Esta iniciativa reforça o potencial do live marketing de gerar impacto real. Para a Ampro, é motivo de orgulho contribuir com uma ação que une propósito, criatividade e a força das experiências”, afirma Heloisa Santana, presidente executiva da entidade.

“É uma grande alegria para nós essa parceria entre a Gerando Falcões e a Ampro. Sabemos que grande parte das roupas que possuímos acabam ficando guardadas, sem uso. Com essa ação, queremos mostrar a importância da doação e como ela pode transformar vidas. Esta proximidade com as agências abre um espaço também para os clientes e anunciantes que têm cabeça de negócios e coração social. Temos a oportunidade de mobilizar parcerias estratégicas com empresas que buscam testar novos canais de distribuição como a venda direta e também movimentar estoques parados e coleções passadas”, afirma Sérgio Rocha, CMO da Gerando Falcões.

O projeto “ASMARA” integra o ecossistema Gerando Falcões e utiliza a lógica da venda direta como motor de inclusão produtiva. Cada mulher participante recebe de forma gratuita um “microcrédito” em produtos como peças de vestuário, itens de cama, mesa e banho, cosméticos e eletroportáteis para comercializar na sua comunidade ou em locais de fácil acesso. As mulheres também recebem treinamento de capacitação em vendas, desenvolvem competências técnicas e socioemocionais e têm seu progresso acompanhado por líderes e mentores.

Com pouco mais de um ano de atuação, o programa já impactou mais de 3 mil mulheres. Para 2025, a Gerando Falcões planeja expandir a iniciativa e dobrar o número de pessoas impactadas.

Com a adesão da Ampro, a expectativa é ampliar o alcance do projeto e envolver o mercado de live marketing em ações que gerem impacto estrutural, reforçando o potencial do setor como agente de mudança social.

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