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Marketing das lutas esportivas

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O marketing nas lutas esportivas desempenha um papel crucial no sucesso e popularidade desses eventos que caíram no gosto do brasileiro. Seja no boxe, MMA (Mixed Martial Arts), wrestling ou outras modalidades de luta, o marketing contribui para atrair fãs, patrocinadores e mídia.

Vários aspectos devem ser considerados para que esse marketing possa funcionar e trazer resultados positivos para organizadores e patrocinadores. Dentro desse contexto, destacar as histórias de vida e as personalidades dos lutadores é uma estratégia eficaz para criar conexões emocionais com os aficcionados que consomem tudo o que é anunciado.

Mais ainda. É preciso criar a rivalidade entre lutadores, muitas vezes envolvendo tensões pessoais, pois isso aumenta o interesse e a expectativa em torno das lutas, incluindo a vontade de aposta no MMA.

Não pode-se esquecer a promoção de eventos. Os organizadores do MMA sabem bem como isso funciona. São feitos vídeos promocionais bem produzidos que geram antecipação e entusiasmo, destacando momentos impactantes e habilidades dos lutadores.

Faz parte da organização o cuidado com a comunicação. Coletivas de imprensa pré-luta que oferecem oportunidades para os lutadores interagirem, criando momentos memoráveis e gerando cobertura midiática. Isso garante o resultado do investimento dos patrocinadores.

Outro ponto de destaque é o investimento na comunicação online e redes sociais. Divulgar treinos, entrevistas e conteúdo exclusivo nas redes sociais mantém os fãs engajados. Esse processo de envolvimento direto com os fãs, como sessões de perguntas e respostas ao vivo, aumenta a proximidade e o envolvimento.

Assim, a busca por patrocínios e parcerias fica evidente. Associar marcas de renome aos eventos ou lutadores aumenta a credibilidade e a visibilidade. Ativações em eventos, como estandes promocionais, por exemplo, são oportunidades para as marcas se conectarem com o público-alvo.

também, na esteira do marketing, a produção de conteúdo, onde é possível destacar a criação de programas de realidade, que se caracterizam por ser programas que acompanham a preparação dos lutadores (como documentários) oferecem visões exclusivas e aprofundadas.

Têm ainda, os podcasts e entrevistas, na medida que entrevistas regulares e programas de áudio ajudam a construir o perfil dos lutadores e mantêm todo mundo informado.

Essa rede de divulgação e marketing das lutas ainda contam com inovação tecnológica, onde destaca-se as transmissões inovadoras, com o uso de tecnologias como câmeras 360º, realidade virtual e realidade aumentada para proporcionar experiências únicas aos espectadores. As plataformas de streaming começam a ser utilizadas e o organizadores desses eventos perceberam que realizar parcerias com plataformas de streaming ampliam o alcance global dos eventos.

Dentro do espectro do marketing outros dois pontos são essenciais: o desenvolvimento de marca pessoal e a experiência do evento ao vivo. No primeiro ponto, os lutadores frequentemente criam logotipos pessoais e marcas registradas para fortalecer sua identidade. Além disso, as empresas investem em produtos licenciados, como camisetas e bonés, que se transformam em fonte adicional de receita e aumentam a visibilidade da marca.

no que tange os eventos ao vivo, vale ressaltar que essa é uma grande oportunidade para se oferecer experiências exclusivas aos fãs, como sessões de autógrafos e encontros com os lutadores,. Isso aumenta a lealdade e o engajamento com as modalidades esportivas.

Todo esse envolvimento, mostra que o marketing nas lutas esportivas é dinâmico e está em constante evolução, adaptando-se às mudanças nas preferências dos fãs e nas tendências de consumo de mídia. A criação de uma narrativa envolvente e o uso eficiente das plataformas de comunicação modernas são essenciais para o sucesso nesse setor.

 

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A COP30 e o rótulo como instrumento de política pública: O papel das marcas nessa construção

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*Valmir Rodrigues

Enquanto o mundo comenta os avanços e o que poderia ter sido melhor na COP30, milhões de pequenos produtores e povos indígenas seguem invisíveis nas embalagens – e também no dinheiro que circula pelas cadeias de consumo. No fim, não são governos nem organismos internacionais que definem o ritmo de uma transição justa, mas o cidadão comum, que exerce poder diariamente por meio de suas escolhas de compra.

Quando o assunto é clima, o imaginário coletivo se volta quase sempre ao petróleo e às florestas. No entanto, quem realmente mexe o ponteiro, todos os dias, é o sistema de consumo, começando pelo alimento, responsável por cerca de um terço das emissões globais de gases de efeito estufa. Cada vez que alguém enche o carrinho no supermercado, decide não apenas o que vai comer, mas quais produtores, territórios e modelos de negócio vai financiar.

O documento final da COP30, em Belém, aponta para um mundo em transição: triplicação do financiamento para adaptação, reforço da justiça climática e maior centralidade da Amazônia no debate. É um passo relevante. Mas permanece sem resposta a pergunta essencial: como essa ambição chega ao prato do consumidor e, sobretudo, às mãos de quem produz o que está nesse prato?

No Brasil, essa questão ganha nome e endereço. Segundo o Censo Agropecuário, cerca de 3,9 milhões de estabelecimentos de agricultura familiar representam 77% de todas as propriedades agrícolas do país e respondem por grande parte da comida consumida diariamente. Ao lado deles, as Terras Indígenas ocupam aproximadamente 13% do território nacional e concentram algumas das áreas mais bem preservadas do país. As imagens de satélite mostram isso de forma inequívoca: onde há terra indígena demarcada, a floresta permanece; onde não há, a pressão avança rapidamente.

São justamente esses grupos – pequenos produtores e povos indígenas – que figuram nos discursos da COP30, mas continuam à margem das principais decisões e quase ausentes das embalagens, dos rótulos e do fluxo econômico das cadeias de consumo.

Fora das salas de negociação, as pesquisas mostram que metade ou mais dos consumidores já aceita pagar um valor maior por produtos considerados sustentáveis, e que itens com alegações ambientais e sociais crescem mais em vendas do que concorrentes “neutros” na mesma gôndola. Não falta boa vontade do consumidor; falta transparência, linguagem acessível e modelos de negócio que garantam que esse valor adicional chegue à base da cadeia – às famílias agricultoras e às comunidades indígenas que o Pacote de Belém promete proteger.

É nesse ponto que surge o grande desafio, mas também uma enorme oportunidade para a indústria de alimentos e para as marcas de forma geral: transformar o Pacote de Belém em produtos e embalagens capazes de falar a linguagem do consumidor e criar uma ponte direta com quem produz. Isso significa abandonar o “green talk” genérico e adotar informações que conectem o público ao território de origem, apresentem propriedades, cooperativas, comunidades e terras indígenas, e expliquem de maneira simples como cada escolha contribui para manter a floresta em pé ou fortalecer um pequeno produtor. Também significa incorporar indicadores claros de justiça na cadeia, mostrando de forma objetiva qual parcela
do valor pago chega ao campo e substituindo selos abstratos por transparência concreta e compreensível.

A embalagem pode se tornar, mais do que um recurso de marketing, uma ferramenta de política pública. Ela pode aproximar produção e consumo quando fizer sentido, especialmente em alimentos frescos, onde transporte e cadeia fria têm grande peso nas emissões, ajudar a reduzir desperdício ao oferecer informações claras sobre porções, conservação e uso integral, e mostrar, com números simples e histórias reais, como aquela compra financia territórios e modos de produção específicos, e não apenas uma marca
distante da realidade do campo.

Depois da COP30, a disputa não se limita ao texto de documentos internacionais, mas se estende à confiança na ponta da cadeia. As marcas que conseguirem demonstrar, com dados acessíveis e linguagem clara, que transformam a vontade do consumidor em renda e proteção para pequenos produtores e povos indígenas vão sair na frente.

Algumas já dão os primeiros passos: utilizam QR codes que mostram a fazenda, a cooperativa ou o território de origem; simplificam embalagens para contar histórias concretas em vez de slogans genéricos; e testam modelos nos quais uma parcela do preço é vinculada diretamente a projetos em comunidades rurais. A maioria, porém, ainda permanece no slide da COP, distante da gôndola.

No fim, a pergunta central não é se o Pacote de Belém foi ambicioso o suficiente. A verdadeira questão, para o Brasil e para o mundo, é outra: o pacote que o consumidor leva para casa continuará mudo sobre quem produz, quanto recebe e que impacto gera, ou finalmente passará a contar a verdade que uma transição justa exige?

*Valmir Rodrigues – Fundador da My Trusted Source (MyTS) .

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Imersão além do jargão: o que as marcas precisam entender agora

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*Alexis Anastasiou

Nos últimos anos, palavras como “imersivo”, “360°” e “cenografia imersiva” se tornaram quase um clichê no mercado de brand experience. Conceitos originalmente associados a projetos de alta complexidade criativa passaram a ser usados para qualquer evento com LED ou projeção. O resultado é previsível: quando tudo é imersivo, nada realmente é.

Mas existe uma confusão central nesse debate. Imersão não é estética, é propósito.

É a capacidade de tirar o público do óbvio, deslocando percepção, criando significado e permitindo que ele experimente uma realidade que só existe naquele encontro. Sem narrativa consistente, sem transformação sensorial e sem um território simbólico claro, o que resta não passa de decoração tecnológica.

A boa notícia é que o próprio público já percebeu isso. Ele não se deixa impressionar apenas por estímulos visuais. Ele busca vivência, não vitrines. E o mercado começa a reconhecer que o rótulo “imersivo” só faz sentido quando a ideia encontra um suporte capaz de levar a história adiante.

Por isso, a discussão agora vai além do “como deixar bonito” e entra no “como criar presença”. É nesse ponto que iniciativas permanentes de produção tecnológica, como laboratórios de artes imersivas e espaços dedicados à pesquisa de formatos, vêm provocando uma mudança real no setor. Ao permitir testar, iterar e produzir storytelling com menos desperdício e mais profundidade, esses modelos deslocam o foco de um espetáculo de superfície para uma mídia que dialoga com tempo, memória e subjetividade.

Algumas experiências recentes em projetos culturais e lançamentos de marca já mostram os efeitos dessa virada: o público deixa de ser plateia para se tornar protagonista; a revelação de um produto deixa de ser um truque para virar jornada; a cenografia deixa de ser cenário e passa a ser narrativa.

Imersão, portanto, não é um efeito especial: é uma gramática.

Se o mercado estiver realmente disposto a estudá-la, deixaremos de confundir novidade com inovação e começaremos a entregar experiências que têm algo a dizer. As marcas que se anteciparem a essa maturidade terão, inevitavelmente, vantagem competitiva, porque a memória não se forma apenas pela imagem, mas pelo sentido que ela carrega.

E, no fim das contas, é isso que fica: a história. A tecnologia só importa quando ajuda a contá-la.

Alexis Anastasiou – Diretor e fundador do Visualfarm Gymnasium

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