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5 mentiras sobre o marketing digital que você provavelmente já ouviu

É complicado trabalhar em uma área cercada de mitos e desconhecimento. Apesar do avanço do marketing digital, não é incomum presenciar os mesmos enganos, muitas vezes corroborados por pessoas que se dizem especialistas, mas não são.
Contudo, o progresso existe e impulsiona a mim e todos os demais profissionais verdadeiros. Trazer conhecimento para diferentes lugares é um propósito que nunca vou deixar de lado, mesmo que signifique falar mais de uma vez sobre assuntos que ainda geram dúvidas.
É por isso que resolvi listar algumas das mentiras mais comuns sobre marketing digital que ouvi em mais de uma década de atuação. É um ramo de muitas possibilidades e enorme potencial — como ficou claro para o mercado ao longo dos anos. Mas nem tudo que se fala por aí é verdade, mesmo nas melhores das intenções.
Fórmulas de sucesso
É uma tristeza que existam “gurus” e empresas fazendo promessas que não podem cumprir. As mais frequentes falam sobre fórmulas e segredos que, supostamente, só aquela pessoa ou agência possui. Quem não entende muito sobre o tema pode cair na conversa e investir, em troca de algo que não há nenhuma garantia de acontecer.
O ponto é que não existem fórmulas. Cada negócio precisa ser analisado para criar estratégias únicas. Claro, certas ferramentas são comuns na maioria dos casos, mas o modo como são operadas, a produção de conteúdo e uma série de outros fatores vão mudar de caso para caso. E as coisas ainda podem dar errado, o que vai causar alterações de curso e testes até que tudo funcione bem. Se alguém te promete um resultado a partir de uma tal fórmula secreta, eu garanto que isso não é marketing digital.
É só implementar e esperar
Atualmente, temos diversas ferramentas importantes de automação que fazem parte de grande parte das estratégias. Por conta do conceito de “automático”, surge atrelada a ideia de que o único trabalho de fato está na hora da aplicação.
Não é só planejar, programar e esperar pelos resultados? Com certeza não. O acompanhamento, as alterações, os feedbacks, são todos trabalhos constantes e necessários. Sem as etapas posteriores à implementação da estratégia, ela dificilmente funcionará. Além do mais, é preciso atualizar as técnicas e conteúdos o tempo todo — o mundo muda rápido, principalmente no âmbito digital.Portanto, sim, times bem preparados e que realmente atuam na conta continuam essenciais.
Se o negócio não é online, marketing digital não é tão importante
Se você tem lojas físicas, faz sentido que pense em aumentar as visitas presenciais (considerando cenários seguros por causa da pandemia, é claro). Isso pode ser um dos resultados do marketing digital, se a estratégia tiver esse objetivo.
O acesso à internet já é realidade para mais de 70% dos brasileiros. Portanto, o público que vai visitar sua loja, muito provavelmente, está conectado. Atingi-la através do digital é tão ou mais eficaz do que com métodos tradicionais de marketing. Além disso, a presença digital é complementar ao presencial, não excludente.
A regra é falar sempre sobre a empresa e os produtos
Esse é um engano corriqueiro que atinge, principalmente, a área de inbound marketing. Quando falamos em atrair consumidores, como a tática propõe, não podemos nos restringir a falar em um tom publicitário. Precisamos oferecer conteúdo que interesse ao público, mesmo que isso signifique não mencionar os produtos ou nome da empresa em todo lugar.
Textos em blogs, vídeos, posts em redes sociais, são todas possibilidades de criação de conteúdo relevante, que tenham a ver com a área de atuação e com as necessidades do cliente. Assim, o usuário vai conhecer seu negócio a partir de um posicionamento positivo.
É apenas para alguns negócios
Por que seria? A estratégia pode ser estruturada de inúmeras formas. Para empresas pequenas, as metas são mais singelas e o investimento também. Para as grandes, é possível planejar ações para cada objetivo, da captação de leads até o posicionamento de marca.
Muitos empreendedores têm ideias fechadas sobre o que o marketing digital é capaz. Ao se prenderem em suas concepções, deixam de conhecer um mundo de possibilidades que se adequam aos seus casos específicos. As limitações de porte, custos e conhecimento normalmente podem ser contornadas com ajuda de bons profissionais.
Essa é a maneira ao qual estou acostumada, mas nunca me canso: a de sempre traçar caminhos novos. Uma parceria entre agência e empresa nunca é exatamente como a outra.
Daniela Gebara – Sócia fundadora e diretora comercial da agência full digital ROCKY, empresa da S4 Capital
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Como marcas conectadas com o presente engajam leads com criatividade, agilidade e propósito

*Tati Wong
Sabe aquela função de ouvir os áudios do WhatsApp 2x mais rápido? Virou vício. A gente não quer só ouvir, a ideia é acelerar tudo. Pular enrolação, ir direto ao ponto, sentir a adrenalina da informação. Vivemos no modo turbo. O tempo encolheu, a paciência também. E nesse mundo de consumo fragmentado e escolhas instantâneas, a atenção virou moeda rara.
Não basta ser bonito ou criativo, é preciso ser rápido, autêntico e afiado. E o Instagram entendeu o recado. Ao liberar a reprodução acelerada dos Reels, ele rompeu com o charme do tempo linear e entrou de vez no clube dos que colocam o controle nas mãos do usuário. TikTok, YouTube, X (o ex-Twitter) e o Facebook já estavam lá, ditando o ritmo.
A pressa virou cultura, segundo a Deloitte Digital (2024), 63% das pessoas sentem que estão gastando minutos preciosos com conteúdos que não tocam, não somam, não dizem nada. E 72% já buscam marcas que falem com clareza, que se moldem ao compasso de suas vidas aceleradas. Mas a pergunta que me faço é: será que ainda sabemos escutar com calma?
O relatório “Digital 2024”, da Meltwater e We Are Social, traz um dado quase melancólico: o tempo médio de atenção em vídeos online caiu para 8,25 segundos. O menor já registrado. O que se pode realmente sentir em tão pouco tempo? Manter o interesse virou desafio para muitas cabeças em poucos segundos. E talvez, no fundo, o direcional seja menos sobre capturar olhares e mais sobre merecê-los.
Será que você ainda está aqui, ou já perdeu a paciência? No tempo em que até os textos disputam atenção como se fossem Reels, manter alguém lendo virou quase um ato de resistência. E nesse cenário, como marcas que vivem de gerar conexões por meio de leads, relacionamentos, fidelidade, podem reagir sem virar só mais um ruído?
Nos projetos que participo busco outro ritmo que une tecnologia, criatividade e inteligência humana em um só compasso. Nossos pilares, que passam por promoções, programas de incentivo, loyalty B2B2C e soluções com IA, não estão presos à escolha entre ser rápido ou profundo. O segredo está em ser relevante com agilidade.
A urgência, quando bem dirigida, pode ser um convite à ação, não um atropelo. Vemos isso acontecer em campanhas com resgates imediatos, interações leves, jogos simples e recompensas rápidas. Tudo isso fala a língua de quem não quer esperar, mas ainda assim quer sentir algo e fazer parte. Nos nossos programas, quizzes com resgate no mesmo dia chegaram a aumentar em 42% a conversão em comparação a jornadas longas e arrastadas.
Gamificar não é só entreter. É criar uma dança entre atenção e desejo. E, no mundo B2B2C, especialmente com públicos hiperconectados, essa dança é o que faz a diferença entre ser notado e ser ignorado.
Rápido nem sempre quer dizer que o projeto é raso. Segundo o Edelman Trust Barometer 2024, 71% das pessoas confiam mais em marcas com posicionamento claro. Quando propósito e recompensa se encontram, como permitir que pontos virem doações ou ações ambientais, o engajamento sobe, em média, 35%.
Aliado a isso, temos a IA, que não substitui a criatividade, ela turbina. Com dados e inteligência, conseguimos criar campanhas hiper personalizadas, como fizemos no setor de alimentos e bebidas, gerando 58% mais participação e 31% a mais no ticket médio.
E se os algoritmos pedem agilidade, respondemos com conteúdo real, rápido e com impacto. Vídeos curtos com parceiros e consumidores mostram resgates, missões e produtos de forma autêntica, e isso gera conexão de verdade. No fim, a pergunta é simples: sua marca fala no tempo do seu público? Construir relacionamento é urgente, e precisa começar com inteligência, propósito e afeto.
*Tati Wong – Diretora executiva da Roda Trade
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Distritos de mídia: o pulsar vibrante das cidades e a transformação urbana inspirado pela Teoria da Janela Quebrada

*Fabi Soriano
Imagine uma cidade que pulsa, que respira modernidade e que convida as pessoas a viverem sua melhor versão. Assim são os distritos de mídia espalhados pelo mundo: Times Square, Piccadilly Circus, Shibuya Crossing, a Free Zone em Seul – verdadeiros ícones urbanos que não apenas refletem a essência da publicidade exterior, mas também revitalizam e redefinem o que é viver em um centro urbano moderno.
Esses espaços são mais do que aglomerações de painéis luminosos. São corações pulsantes das cidades, pontos de encontro entre criatividade, tecnologia e cultura. E, se você olhar com atenção, eles contam uma história poderosa sobre transformação.
Segundo a Teoria da Janela Quebrada, ambientes que demonstram cuidado e organização desencadeiam comportamentos positivos. Quando uma janela quebrada é consertada rapidamente, passe a mensagem daquele espaço importante – e, com isso, crie um ambiente onde as pessoas se sintam seguras, respeitadas e parte de algo maior.
Agora, pense nos distritos de mídia! Antes de Times Square se tornaria o epicentro da energia nova-iorquina, era um lugar degradado, com ruas que muitos evitavam. Com planejamento, criatividade e investimentos em OOH (out of home), ela se tornou um ícone global. Hoje, a Times Square recebe milhões de turistas por ano e gera uma economia bilionária para a cidade. Isso não é magia; é a força de como um ambiente visualmente impactante pode transformar um local.
A publicidade exterior, em seus formatos mais tecnológicos e criativos, é muito mais do que uma ferramenta para marcas. Ela é uma conversa do progresso das cidades. Cidades que valorizam o OOH entendem que ele é, ao mesmo tempo, um espelho e uma vitrine. Ele reflete a inovação, o dinamismo e a pulsação da vida urbana. E, ao mesmo tempo, é uma vitrine que conecta as pessoas com o que há de mais novo e relevante – desde grandes marcas até manifestações artísticas.
Piccadilly Circus, em Londres, é um exemplo claro disso. Os cruzamentos, com seus painéis que dialogam com o público em tempo real, é muito mais do que uma área de publicidade: é uma plataforma que projeta Londres como uma capital criativa, diversa e inovadora.
Já em Shibuya, Tóquio, a convergência de luzes, sons e movimento é uma celebração da vida urbana. É um lembrete de que a publicidade OOH não é invasiva – ela é a trilha sonora visual das cidades que não dormem, que sonham alto e que inspiram o mundo.
Agora, o Brasil entra no jogo com a criação dos distritos de mídia em Belo Horizonte, Curitiba e Niterói. Projetos ousados que prometem transformar quadras centrais em uma espécie de Times Square brasileira. Esses espaços serão muito mais do que centros de publicidade: serão palcos para o talento brasileiro, um ponto de convergência entre marcas, cultura e inovação.
A criação de um espaço vibrante e atraente como um distrito de mídia pode trazer benefícios que se espalham como ondas: mais turismo, mais movimento econômico, mais orgulho para os moradores e mais segurança natural pela ocupação positiva do espaço público. Esse movimento também já começa a ecoar em outras cidades: em Belo Horizonte, a revitalização da Praça Sete, símbolo do Hipercentro, avanço para transformar a região; o mesmo ocorre em Niterói (RJ), com a modernização da Avenida Ernani Amaral Peixoto, outro polo urbano com potencial para se tornar referência em comunicação e urbanismo inteligente.
Quando olhamos para os grandes distritos da mídia do mundo, percebemos que eles não são apenas alguns pedaços de cidade iluminados por LEDs. São símbolos de progresso, criatividade e do poder que as cidades têm de se reinventar.
Belo Horizonte, Curitiba e Niterói agora têm a oportunidade de dar esse salto. De criar um espaço que inspire, que atraia pessoas, que conecte marcas às histórias que queremos contar. Porque, no fim, distritos de mídia não são apenas sobre publicidade. São sobre imaginar o futuro e ter confiança de construí-lo.
E você, está pronto para enxergar nossas cidades brilhando com todo o seu potencial?
*Fabi Soriano – Diretora executiva da Central de Outdoor
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