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Leandro Bravo – Como ser assertivo na escolha de criadores e influenciadores

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O mercado de influenciadores cresce de forma exponencial há anos. Um dos motivos é que uma ação de marketing de influência entrega onze vezes mais resultados sobre investimentos do que as formas tradicionais de publicidade digital. Com tais cifras e um número cada vez maior de influenciadores e criadores de conteúdo surgindo nas redes, começa a ficar mais difícil para o marketing selecionar de maneira assertiva os produtores de conteúdo e influenciadores que realmente interessam para a marca.

Segundo dados da pesquisa “ROI & Influência 2019” elaborada pelo Youpix, embora 94% das empresas que usam marketing de influência afirmem que as ações com influenciadores são efetivas, muitas têm dificuldade de mensurar os resultados e 66% gostariam que o tracking das campanhas fosse melhor (de acordo com  um estudo realizado pela Influencer Marketing Hub).  Para explicar quais são os fatores-chave para avaliação e o que as marcas precisam fazer para trabalhar com produtores de conteúdo e influenciadores, convidamos o especialista no tema Leandro Bravo, CMO e co-fundador da Cely, startup que criou a primeira plataforma de marketing de influência com programática do mundo.

Abaixo, Leandro,  dá seis dicas  para melhorar a procura e a escolha  dos influenciadores ideais para uma campanha:

1 ) Defina o público-alvo da campanha

Cada produtor de conteúdo fala com um público específico. É muito comum o cliente querer falar com “todo mundo” e o budget da ação não ser correspondente. Portanto, é determinante definir muito claramente quem deve receber a mensagem para, então, usar uma ferramenta baseada em dados que mostre qual influenciador fala com aquele público determinado. Essa é uma das vantagens de se investir em Marketing de Influência.

2) Avalie se a campanha tem fit com o influenciador

É possível que um produtor fale exatamente com quem você quer atingir, mas, ao mesmo tempo, não tenha sinergia alguma com a marca ou a mensagem que será transmitida. Antes mesmo de solicitar orçamento, consuma o conteúdo dele. Entenda se as postagens que ele faz têm relação com a campanha, se é algo que está presente no dia a dia daquele profissional. Uma quebra muito grande de mensagem/mensageiro, gera ruído e estranhamento no público e pode provocar um efeito indesejado.

3) Use buscas por tags e opte pelos “mais relevantes”

Quando procurar um influenciador via Instagram, por exemplo, opte também pela busca por meio de uma tag, com uma palavra-chave para o seu produto/serviço. Ao usar as tags, você verá quais influenciadores indexam primeiro. A busca por tags é muito simples: abra o Instagram pelo celular, vá em pesquisar e clique no item “tags”. Depois, digite a palavra que deseja e pronto. Opte pelos  “mais relevantes”, pois são pessoas com um retorno melhor de likes e engajamento.

4) Humanize a comunicação

Evite campanhas frias, totalmente determinadas pela marca. Ceda espaço para as ideias do influenciador, para o tom de voz e sensibilidade dele. A comunicação humanizada aumenta significativamente o potencial de compartilhamento. Isso também serve para o conteúdo que você fará nas redes sociais da empresa. Preparar a sua casa com esse olhar, faz campanhas de conversão funcionarem melhor.

5) Utilize ferramentas gratuitas para analisar dados de engajamento

A ferramenta Social Blade, disponível como extensão no Google Chrome ou site, é gratuita e presta serviço de rastreamento de estatísticas e análises de mídias sociais incluindo dados como “taxa de engajamento”, número de likes e seguidores.  Existem vários padrões de avaliação de um creator, muito por conta das diversas categorias de conteúdo que existem, mas uma quase certeira é:quanto maior a quantidade de seguidores, menor sua taxa de engajamento.

Vale lembrar que a principal ferramenta do Social Blade gira em torno da plataforma de vídeos YouTube, porém, ela também gera informações e números sobre Twitch, Mixer, Dailymotion, Twitter, Instagram, e Facebook. Uma ferramenta complementar a anterior é a Upfluence Software, que disponibiliza uma extensão gratuita para o Chrome, disponível no Chrome Web Store. Com ele, é possível fazer análise do desempenho do perfil de um influenciador e obter informações mais detalhadas como, por exemplo, em qual cidade e país o criador de conteúdo tem seu maior público, em qual faixa etária, dados monetários e de outras redes sociais como: Youtube, Twitter e Facebook..

6) Faça a proposta ao influenciador de forma atrativa

Como abordar influenciadores é uma dúvida comum das marcas. É importante ter o cuidado de fazer a proposta ao influenciador de maneira atrativa, valorizando o seu trabalho. Muitas vezes, os creators se sentem explorados por marcas pela forma como são abordados.  Mostre ao influenciador que você está interessado verdadeiramente no projeto dele e que o trabalho em conjunto gerará resultados para ambos os lados.

Leandro Bravo, co-fundador da Cely

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Marketing de Incentivo: como transformar consumidores em promotores da marca?

Publicado

em

*Teo Leme

O que de fato atrai o consumidor?

Estratégias personalizadas, reconhecimento contínuo e experiências exclusivas são os novos pilares para impulsionar resultados e fortalecer o relacionamento com parceiros, equipes e consumidores. O marketing de incentivo evoluiu. Hoje, não basta competir por preço ou adotar uma abordagem agressiva de vendas; é essencial focar na experiência do cliente.

O formato clássico de bonificação em vendas sempre se baseou em comissões: quanto mais um vendedor fecha negócios, maior é o seu retorno. Mas será que essa é ainda a melhor forma de motivar equipes e engajar consumidores? – Empresas como Apple, Lululemon e Warby Parker mostram que não.

Essas marcas se sobressaem ao dar prioridade à vivência do cliente e à construção de uma imagem de valor consistente, ao invés de meramente recompensar transações. O resultado disso? – Um modelo de negócios mais duradouro, em que os clientes não apenas efetuam compras, mas se tornam promotores da marca.

O sistema de comissões possui uma limitação quando se tratam de vendas rápidas e imediatas, como seguros, por exemplo. Porém, em mercados onde a relação com o cliente e a experiência com a marca são fatores de destaque, o incentivo necessita ultrapassar a simples conclusão da venda.

A Teoria do Incentivo, de Burrhus F. Skinner, explica este fenômeno. Segundo ele, os comportamentos são influenciados por suas consequências. Se o único ponto recompensado é a venda, os vendedores podem priorizar o fechamento do negócio de qualquer maneira, sem garantir que o cliente tenha tido uma boa experiência. Isso pode gerar arrependimento na compra, baixa retenção e danos à imagem da marca.

Em contrapartida, quando o bom atendimento e a experiência do cliente se tornam os critérios para prêmios e bonificações, o cenário muda: os vendedores passam a se concentrar na real necessidade do cliente, e não apenas na concretização da venda. O processo de compra se torna mais consultivo e menos agressivo, fortalecendo a fidelização. O cliente percebe valor na relação com a marca, e não apenas no produto em si.

Na prática, como isso acontece?

A Apple, por exemplo, não oferece comissões diretas aos seus vendedores. A companhia estimula um atendimento consultivo, no qual os funcionários agem mais como especialistas do que como vendedores tradicionais. O foco está em entender as necessidades do cliente e indicar produtos que realmente façam sentido para ele, o que fortalece a imagem de valor da marca.

A Lululemon, referência no ramo de moda esportiva, adota um modelo parecido. Sem pressionar os vendedores para atingir metas de vendas, estimula-os a criar conexões genuínas com os clientes, promovendo um estilo de vida em sintonia com seus valores. Como resultado, a marca construiu uma base de consumidores extremamente fiéis, que compram frequentemente e ainda divulgam a marca de forma espontânea.

A Warby Parker, marca de óculos, transformou a forma de comprar, oferecendo aos clientes a chance de testar armações em casa antes de decidir. A marca prioriza a experiência do consumidor e o atendimento sob medida, visando uma jornada simples e agradável, que vai além de apenas concretizar vendas rápidas.

O triunfo dessas empresas está atrelado à confiança que estabelecem com seus consumidores. Para alcançar isso, adotam algumas bases essenciais:

– Preço claro e estável: sem ofertas chamativas ou mudanças de preços entre os meios de venda. Isso fortalece a imagem de confiança e evita que o cliente sinta que perdeu uma boa oportunidade.

– Atenção à experiência do cliente: a compra deve ser fácil, agradável e sem complicações, removendo barreiras e dúvidas.

– Qualificação para um atendimento impecável: os times são preparados para ouvir, entender e propor soluções reais, e não somente para vender produtos.

Mas como vender então sem parecer que está vendendo?

A maneira de vender se transformou. Hoje, não basta lutar por preço ou ser agressivo na venda. O que mantém um cliente fiel não é a pressão para comprar, mas o valor que ele encontra na experiência. Os vendedores que priorizam o cliente, e não só a venda, são os que se destacam no futuro. São aqueles que ouvem, criam laços verdadeiros e constroem confiança e, por isso, são mais lembrados e recomendados.

Programas de incentivo bem estruturados devem engajar, motivar e criar conexões emocionais, oferecendo recompensas que vão além do aspecto financeiro. Empresas que entenderem esse desafio se destacarão – e seus clientes as recompensarão por isso. No fim das contas, quando a experiência é marcante, a venda é apenas o resultado natural. 

*Teo Leme – CEO da YBY, martech de vendas da Netza&CO 

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Marketing estratégico: por que sua empresa pode estar investindo demais e recebendo de menos

Publicado

em

*Maria Júlya Guimarães

Nos últimos anos, o marketing assumiu protagonismo na estratégia das
empresas. Com o avanço do digital, ficou mais fácil (e mais tentador) investir em
campanhas, anúncios, redes sociais e produção de conteúdo. Porém, à medida
que o volume de ações cresce, uma pergunta se torna inevitável — esse
investimento está realmente trazendo retorno?

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 60%
das empresas no Brasil não sobrevivem após 5 anos de atividade. Um dos
principais motivos é a incapacidade de gerar receita suficiente para sustentar a
operação. E, muitas vezes, isso está diretamente ligado a um marketing que
informa, mas não converte. Que aparece, mas não vende.

Um estudo da McKinsey & Company mostra que empresas com forte disciplina estratégica na construção de negócios crescem mais e têm taxas de sucesso duas vezes maiores do que aquelas sem alinhamento entre marketing e
estratégia organizacional.

A diferença entre “estar presente” e “estar posicionado”

Marcar presença no digital virou padrão. Mas presença sem posicionamento é
apenas ruído. Um estudo citado pela Harvard Business Review aponta que
empresas que estabelecem conexões emocionais com seus clientes podem
crescer até cinco vezes mais do que aquelas que não o fazem.

O consumidor de hoje não quer apenas ver a marca — ele quer reconhecê-la.
Quer saber o que ela representa, o que defende, e por que vale a pena escolhê-
la. E essa percepção não se constrói com frequência de publicações, mas com
coerência estratégica.

O marketing que dá retorno começa com estratégia

Retorno sobre investimento (ROI) não é um luxo das grandes corporações. É
uma mentalidade. É a capacidade de olhar para cada real investido e saber
onde, como e por que ele voltou — ou não voltou.

Segundo o Content Marketing Institute, empresas que monitoram indicadores
de marketing têm três vezes mais chances de gerar crescimento consistente em
vendas do que aquelas que não fazem esse acompanhamento.

Medir ROI é mais do que acompanhar curtidas ou cliques. É entender, por
exemplo:
 Qual o custo de aquisição de cliente (CAC)
 Qual canal tem maior taxa de conversão?
 Que tipo de conteúdo gera vendas e não apenas vaidade?

Se essas perguntas não têm respostas claras, provavelmente o marketing está
operando como custo — não como investimento.

Então, por onde começar a mudar?

Reverter esse cenário não exige fórmulas prontas. Exige consciência e
consistência. Por isso, comece pelo essencial: público, posicionamento, proposta de valor. Conheça quem você quer atingir, defina claramente o que torna sua empresa única, e comunique isso de forma coerente em todos os pontos de contato. Depois, crie metas claras, acompanhe os dados, experimente com estratégia e aprenda com os resultados.

Se marketing e vendas não conversam, crie essa ponte. Se cada campanha
parece um tiro no escuro, pare e acenda a luz. Crescimento saudável não vem
da velocidade das ações, mas da intenção por trás delas.

Conclusão

Marketing eficaz não é o que grita mais alto — é o que comunica com clareza,
gera valor e entrega resultado. Não importa se sua empresa tem milhares de
seguidores se nenhum deles se torna cliente. E não adianta investir em anúncios
se você não sabe o que funciona.

Marketing estratégico não é sobre produzir mais. É sobre tomar decisões
melhores. E, no fim do mês, uma única pergunta pode colocar tudo em
perspectiva: O marketing da sua empresa está ajudando você a vender mais —
ou só a parecer mais?

*Maria Júlya Guimarães – Head de marketing da T&D Sustentável

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