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Thais Fischberg – Pagamento local, eficiência global

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Por Thais Fischberg, head do Brasil e América Latina da Worldline

Recentemente, durante um almoço de trabalho, um executivo de um grande e-commerce global me questionou sobre os desafios em ampliar o seu negócio para a América Latina. Na semana seguinte, outro profissional me confidenciou algumas dificuldades em levar o sucesso do seu varejo online também para um outro país latino.

Ao refletir sobre esse assunto e até diante do crescimento deste mercado, eu gostaria de compartilhar, algumas orientações práticas e estratégicas do que fazer para levar o seu e-commerce para a América Latina, afinal de contas é um mercado bastante promissor, com expectativa de alcançar US$ 105 bilhões até o fim de 2019.

As análises são resultado de um amplo estudo realizado entre a Worldline, líder europeia no setor de pagamentos, com forte presença no mercado latino e a Americas Market Intelligence (AMI), empresa de pesquisa de mercado.

Uma das principais conclusões do levantamento é que é impossível compactar comportamento, atitudes e questões burocráticas em um único mercado. Embora a América Latina represente mais de 635 milhões de pessoas, cada país possui suas próprias regulamentações e peculiaridades e devem ser cuidadas de forma personalizada para assegurar uma expansão eficiente. Na prática, um dos caminhos é entender como pensam, cada qual com suas características, argentinos, chilenos, mexicanos, brasileiros.

Outro aspecto está relacionado às questões regulatórias mais favoráveis ao negócio. Historicamente, a maioria dos países latino-americanos tem uma classificação muito baixa quando o assunto é fazer negócios com o Banco Mundial. Embora a região ainda esteja um passo atrás em relação aos países mais desenvolvidos, os governos da América Latina estão atualmente trabalhando ativamente para estimular novas atividades comerciais.

O impulsionamento do negócio a partir dos jovens é outra estratégia importante. No continente como um todo, a idade média é de pouco menos de 30 anos, comparada aos 37,9 anos nos EUA e 32,6 anos na Europa. Também é urbano: quatro em cada cinco latino-americanos vivem em vilas ou cidades. Essa juventude também é bem receptiva às novas tecnologias e aos demais dispositivos móveis. Em termos de penetração da internet, a América Latina cresceu positivamente graças a importantes avanços em termos de acesso à tecnologia. Dois em cada três latino-americanos agora têm conexão à internet, representando mais de 10% do total de usuários no mundo, e a taxa de propriedade de smartphones variam de 48% no Brasil a 67% no Chile com uma média de 60% na região.

O mobile commerce também desponta e está em estágio de crescimento, criando novas oportunidades de negócios. No Brasil, por exemplo, de acordo com levantamento Panorama Mobile Time/Opinion Box, em pesquisa realizada com internautas, 74% dos brasileiros com smartphone já experimentaram comprar produtos físicos por meio do aparelho e 83% se dizem satisfeitos ou muito satisfeitos com a experiência. Desta forma, pouco a pouco, o comércio via dispositivo móvel ganha força no País.

A Americas Market Intelligence projeta que nos próximos anos as vendas por meio das pequenas telas dos celulares terão um crescimento dobrado em relação ao crescimento do ecommerce em alguns países da América Latina. No Brasil, por exemplo, as vendas podem saltar de 27,3% (2017) para 37% em (2018), de acordo com o relatório WebShopper 37.

E os bancarizados? Enquanto as taxas de penetração bancária são consideravelmente mais baixas na América Latina quando comparadas com a Europa e com a América do Norte, inúmeras mudanças regulatórias em vários países facilitam a expansão de novos serviços financeiros. De fato, tanto o Brasil quanto o México são países que possuem fintechs proeminentes, vendo investimentos significativos em tecnologia e agora em serviços financeiros, portanto, essas iniciativas devem impulsionar a inclusão financeira e permitir que novos segmentos da população participem de compras on-line.

Abrir ou não uma “empresa local para um e-commerce global” é um desafio. Para alguns varejistas existem bons motivos para abrir uma empresa local em um ou mais países da América Latina e pode até ser um benéfico para questões regulatórias, tributárias e eficiência para gerenciar equipes locais, no entanto, a abertura muitas vezes possui um alto custo, requer mais tempo investido e claro, contratação de novas pessoas.

Até pouco tempo, a opção de um e-commerce que não tem entidade legal no país, seria oferecer processamento cross border. Esse tipo de processamento na América Latina, não é a solução ideal para quem quer expandir seus negócios, já que ele se limita apenas àquelas pessoas que têm um cartão internacional (apenas 30% do volume do e-commerce em Latam é feito com cartão internacional). Não há possibilidade de oferecer parcelado (estima-se que a metade das compras do e-commerce é feita de forma parcelada), sem a possibilidade de oferecer cartões de débitos e pagamentos alternativos, como boletos no Brasil ou Oxxo no México.

Hoje, no entanto, os gateways de pagamentos (empresas que processam o pagamento e fazem a conexão entre o adquirente e o e-commerce) cumprem em oferecer métodos de pagamento local e de acordo com a necessidade do consumidor.

A eficiência do gateway, associada a conexão com parceiros locais que possuem estrutura global, é decisiva para o bom desempenho do negócio e auxilia os varejistas em seu processo de vendas. Além disso, ele é o responsável (no caso da Worldline, por exemplo) por entregar todas as informações de forma estruturada e padronizada para que os gestores invistam tempo no que realmente importa: em seu core business e como colocar em prática toda a estratégia de mercado.

Thais Fischberg é líder da operação América Latina da Worldline, empresa líder na Europa no setor de processamento de pagamento e serviços transacionais no e-commerce. 

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Marketing de incentivo: como ele ajuda na satisfação dos colaboradores?

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*Marilyn Hahn

A satisfação dos colaboradores é um fator primordial para o sucesso de qualquer organização. Na atual conjuntura do mercado, na qual a demanda por qualidade e personalização está em alta, as empresas precisam estar atentas às novas tendências em benefícios corporativos para manter seus funcionários motivados e producentes.

De acordo com um estudo da Universidade de Oxford, funcionários felizes e satisfeitos são 13% mais produtivos. Portanto, uma abordagem de endomarketing que inclua o marketing de incentivo pode ter um impacto relevante nos resultados do negócio e se tornar uma vantagem competitiva. Essa estratégia envolve a utilização de soluções especializadas que oferecem incentivos e premiações customizados, sem a necessidade de uma equipe dedicada exclusivamente a essa função.

O principal objetivo dessas medidas é melhorar a experiência dos colaboradores, estimulando-os a alcançar melhores resultados e promovendo uma jornada profissional positiva. Reconhecer o valor do time é essencial para garantir o engajamento e fortalecer as relações no ambiente de trabalho.

Colaboradores que recebem incentivos personalizados, como pontos acumulados, cartões pré-pagos e gift cards, tendem a se sentir mais valorizados, o que não só aumenta o comprometimento, mas também fortalece a cultura organizacional e promove maior produtividade. Além disso, utilizar cartões pré-pagos como forma de incentivo ajuda a minimizar complicações legais, já que eles não são considerados uma segunda linha de remuneração. Isso facilita a gestão de benefícios e reduz preocupações com questões trabalhistas.

Um ambiente de trabalho onde os times se sentem motivados e engajados contribui para a construção de uma marca empregadora forte. Isso favorece a retenção de talentos e diminui a rotatividade de funcionários, criando um clima organizacional positivo e produtivo.

Portanto, investir em benefícios e incentivos é mais do que uma tendência, é uma necessidade para empresas que desejam se destacar no mercado e garantir a satisfação dos seus colaboradores. O tempo é agora.

*Marilyn Hahn – CRO e cofundadora do Bankly.

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Como as marcas devem se preparar para a Black Friday?

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*Monique Areze

Segundo uma pesquisa da Wake, em parceria com a Opinion Box, 32,5% dos brasileiros iniciam o monitoramento de preços já no final de julho com foco em aproveitar as melhores ofertas durante a Black Friday. Se a antecipação é um ponto importante para o público, a retórica também se faz necessária para as empresas.

 

Diante de um cenário cada vez mais competitivo, as marcas que desejam ter êxito na campanha de Black Friday, marcada para o dia 29 de novembro neste ano, precisam fazer um planejamento detalhado e se atentar aos mínimos detalhes.

Entre os maiores obstáculos enfrentados estão questões como logística, gestão eficiente dos estoques e o treinamento das equipes perante o volume elevado de atendimento e solicitações. Isso porque a Black Friday é uma data em que o atendimento ao cliente tem um papel crucial na jornada de compra. Um trabalho voltado a esses três elementos em conjunto tende a ser o grande diferencial para que as marcas consigam manter uma experiência fluida e positiva junto aos consumidores, desde o primeiro contato até o pós-venda.

Nesse caso, estamos falando de três pilares operacionais: planejamento estratégico, atendimento ao cliente e capacidade de execução.

Por isso, a organização para a data precisa abranger toda a logística, metas e ações de marketing do negócio, com definição clara das estratégias para que os objetivos sejam atingidos. Já o atendimento eficaz e rápido traz um diferencial desejado pelo público em um contexto onde ele busca respostas e soluções ágeis. A competência funcional, por sua vez, envolve garantir estoques adequados, uma logística de entrega eficiente e o uso de tecnologias para suportar um grande volume de transações.

Além das questões operacionais, a criação de campanhas de marketing voltadas à Black Friday, por meio de uma comunicação clara e objetiva ao público-alvo, é outro elemento fundamental. Impulsionada pelo uso de soluções de automação e personalização, as ações representam um diferencial significativo, já que permitem uma melhor segmentação do público, um fator que possibilita o envio de ofertas mais atraentes e direcionadas.

Aliás, o uso de automação não deve ser limitado ao marketing. A criação de um FAQ destinado a elucidar questões comuns para a Black Friday, como prazos de entrega, políticas de troca e devolução, formas de pagamento, além de canais automatizados para atendimento, ajuda a aliviar a sobrecarga nas equipes e, ao mesmo tempo, acelera os esclarecimentos aos consumidores. Sem contar que o recurso melhora a experiência do cliente e permite que os times priorizem somente os casos que exigem, de fato, uma solução humana.

A verdade é que as empresas que investem em um detalhado planejamento, utilizam a tecnologia de forma inteligente e proporcionam uma experiência de compra fluida saem na frente na briga pela conquista da confiança do consumidor. Num cenário competitivo, superar o óbvio e surpreender o cliente é o verdadeiro diferencial. Até porque, no final das contas, o que se constrói na Black Friday é o valor da marca e a fidelidade. Isso certamente é mais importante do que o faturamento momentâneo.

*Monique Areze – COO do Grupo Duo&Co

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