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Shirley Klein – O varejo e o comércio eletrônico dos Millennials

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Por: Shirley Klein, Diretora de Marketing da Zebra Technologies Brasil

Mudanças na forma como o setor de varejo opera têm sido evidentes na última década. O crescimento exponencial das compras on-line teve um impacto significativo na maneira como adquirimos nossos produtos. Já se foram aqueles dias em que as compras eram feitas de segunda a sábado, dentro de um tempo específico de atenção.

A maior prova dessa transformação é o crescimento das vendas no e-commerce da última Black Friday, que aumentou no Brasil em 23% em relação a 2017 – superando a expectativa de crescimento em 15%, segundo a consultoria Ebit|Nielsen. Entre os responsáveis pelo impulsionamento do comércio eletrônico em nível mundial neste período estão os millennials, uma geração que já nasceu conectada e antenada com o futuro e que possui forte poder de compra, com gasto anual estimado em US$ 1,4 trilhões até 2020, de acordo com o estudo realizado pela Accenture.

A adoção da tecnologia está no centro do modus operandi dos millennials. Afinal, esta é a geração do Facebook e Instagram e ter o smartphone mais recente ou não, está relacionado ao status social. Sua obsessão com a tecnologia está, ao mesmo tempo, influenciando a forma como os varejistas realizam suas vendas, e é importante notar que essa nova geração de compradores eletrônicos possui um incrível poder de compra que os varejistas precisam reconhecer se quiserem ter sucesso. De fato, de acordo com a Forbes, os millennials gastam US$ 600 bilhões por ano.

Sabendo que os millennials representam uma grande oportunidade para o eCommerce e os varejistas, uma vez que eles representam uma grande influência, algumas questões surgem, como quais serviços as empresas devem oferecer para atrair a atenção dos millennials? Qual é a tecnologia que impulsiona essa geração ao comprar?

 

Os serviços que os Millenials demandam

Para alcançar com sucesso aos millennials, os varejistas precisam seguir o caminho Omnicanal, já que ele apóia as estratégias de marketing que são realizadas em todos os canais de vendas, seja on-line ou off-line. A omnicanalidade é vital para capturar a atenção desta geração, pois permite entregar conteúdo personalizado para os clientes, no lugar certo e no momento certo. Também gera métricas importantes, como a frequência de visitas às lojas, retenção de clientes e visitas cruzadas entre diferentes pontos de venda.

Da mesma forma, o click-and-collect está marcando as vendas do varejo de 2018. Para colocá-lo em termos simples, é a resposta à própria mentalidade dos millennials que é definida exigindo recompensa instantaneamente. O click-and-collect permite que as empresas ofereçam um melhor atendimento ao cliente, abrindo a possibilidade de fazer seus pedidos on-line e depois buscá-los na loja. Quando o cliente está em um raio próximo à loja, o sistema gera um alerta para o pessoal da loja preparar o pedido e prepará-lo. Um grande diferencial no atendimento.

Outra das tendências crescentes, devido às exigências dos millennials, são os retornos livres. Um grande número de empresas que vendem on-line, acompanham suas ofertas com retornos gratuitos para garantir a conversão e garantem que os clientes desconfiados abandonem os carrinhos de compras. No entanto, o processo de reembolso tem um custo para os varejistas e afeta suas margens. Portanto, esse método de click-and-collect traz enormes benefícios, pois oferece aos clientes a possibilidade de testar o produto, minimiza o risco de danos ou perda no transporte, reduz o tempo de retorno, bem como o tempo que o produto está fora do estoque. Mesmo algumas lojas mais progressistas são agora armazéns, gerando melhor visibilidade do estoque e permitindo tanto o envio de pedidos quanto o recebimento de devoluções no mesmo ponto de venda.

Depois que os itens são solicitados, embalados e prontos para a coleta, chega a hora do pagamento. Para os millennials, o método preferido é o pagamento móvel, pois eles preferem não carregar dinheiro.

 

Impulsionando as vendas com tecnologia

Identificar os serviços que os millennials querem é uma tarefa fácil, mas qual tecnologia é necessária para oferecê-los? O gerenciamento das operações detrás e em frente da loja é um fator-chave na estratégia de varejo e o ponto central da conversa tem que ser a Internet das Coisas (IoT). Os dispositivos conectados não são apenas o futuro, eles são o presente. Uma pesquisa conduzida pela Zebra Technologies sobre inteligência empresarial revelou que quase 96% dos tomadores de decisão no setor de varejo estão prontos para fazer as mudanças necessárias para adotar um sistema IoT.

O estudo da Zebra revelou que os varejistas estão investindo em tecnologias de IoT, desde beacons que enviam cupons personalizados a compradores até tags de identificação por radiofrequência (RFID), para a rastreabilidade de estoque, simplificando e personalizando a experiência de compra. Isso se traduz em um aumento nas vendas e na redução de custos. Eles também estão adotando plataformas de IoT para transformar dados em tempo real e convertê-los através da cadeia de suprimentos em informações úteis.

Além da IoT, o machine learning também está desempenhando um papel importante no caminho dos varejistas em relação aos millennials. Essa tecnologia usa modelos analíticos e preditivos para ajudar aos varejistas a personalizar as experiências de seus clientes, melhorando a demanda, a previsão e a visibilidade do estoque. Não apenas as vendas aumentam, elas também repetem, sendo este crítico no mundo do comércio eletrônico, onde os millennials podem postar críticas negativas se se sentirem insatisfeitos.

A última solução tecnológica poderosa e que pode ser usada por os varejistas é a automação das operações. Isso envolve identificar áreas nas quais as atividades podem ser automatizadas, liberando a equipe para se concentrar mais no atendimento ao cliente e nas vendas.

 

O futuro

Os millennials, definidos como aqueles nascidos entre 1982 e 1996, constituem a demografia mais influente na crescente indústria de varejo, porque eles são a primeira geração a crescer em um ambiente tecnológico. Varejistas sobreviventes devem responder dando-lhes o que querem e quando querem. Se isso não acontecer, os negócios não serão sustentáveis. A maneira de superar este desafio do século XXI é implementar a tecnologia apropriada tanto na loja quanto na logística, para que os millennials não procurem aos competidores.

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Muito além do brinde: o live marketing cria conexões

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*Maíra Holtz

Elaborar um canal de comunicação entre consumidores e marcas não é fácil. O desafio pela atenção do cliente é grande e, muitas vezes, o relacionamento com o público não é assertivo devido a utilização de estratégias erradas.

Assim, os brindes promocionais não devem ser vistos apenas como um agrado para os clientes, pois representam uma forma de fidelizar o consumidor e reforçar a imagem da marca. Com o mundo digitalizado, uma experiência sensorial – que faça o consumidor vivenciar algo diferente – gera resultados assertivos.

Em uma de suas ativações, a Gomes da Costa criou uma praia na Av. Paulista para ativar a campanha “Pesque pelo Nome”. Muito além da distribuição dos brindes (com a lata de nome escolhido, sacola personalizada da marca e uma marmiteira), os visitantes puderam se divertir na pescaria e até descansar em um ambiente de praia no meio da maior cidade do país.

Os dados são aliados 

A entrega de um brinde deve ser estrategicamente pensada para se comunicar com o público alvo da marca. E a análise de dados, como comportamento de compra, demografia e histórico online – oferecidos por muitas plataformas – assim como o briefing da empresa, ajudam a desenvolver ações assertivas.

Um estudo conduzido pela Accenture mostrou que mais de 80% dos usuários estão dispostos a compartilhar suas informações, desde que, em retorno, recebam experiências mais personalizadas.

O monitoramento de métricas e dados relevantes garantem insights poderosos sobre a oferta e procura de serviços e produtos, possibilitando ao time de planejamento uma visão mais clara do mercado e dos consumidores.

Marketing de comunidade

Outra via que pode ser utilizada em ações de entregas de brindes é o marketing de comunidade, levando a marca a empregar a força de sua comunidade de fãs influentes para expandir a sua comunicação e promover o seu produto ou serviço de forma mais abrangente.

De acordo com pesquisa realizada pela MindMiners, 44% dos consumidores escolhem marcas que buscam compreendê-lo. Ou seja, as pessoas buscam não só pelo produto, mas também pela entrega, de acordo com seu posicionamento em determinados assuntos, preferências, práticas e valores.

No live marketing, muitas estratégias são complementares. Por isso, o planejamento traçado é fundamental para fortalecer o laço entre consumidor e marca. Seja com um brinde promocional bem pensado e elaborado, uma ativação ou um evento, o objetivo é que as pessoas tenham a oportunidade de conhecer, ao vivo, aquilo o que a marca tem a oferecer, seja em relação aos seus produtos e serviços ou seja no que ela acredita.

*Maíra Holtz – Sócia-diretora e fundadora da Estalo, agência de marketing 360º

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A cultura do SEO e o futuro do marketing digital em constante atualização

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em

*Marcos Alonso

Não é novidade que há um aumento de investimento no marketing digital nos últimos anos, registrando recentemente, aumento de 85% nos próximos cinco anos, segundo líderes entrevistados de 60 empresas da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru.

Inicialmente, por conta da migração de investimentos publicitários de canais tradicionais, como TV, revistas e jornais, para a área digital. Com o tempo, as ações se diversificaram ampliando as possibilidades de investimento em estratégias e ferramentas. Junto, há um aumento do custo de mídia em si, já que há mais gente competindo por mais atenção. Por outro lado, a profissionalização também pressiona estes custos pois envolvem profissionais e agências/consultorias especialistas nas diversas áreas do marketing digital para garantir o alcance dos resultados almejados.

Eu considero que o SEO é uma das ferramentas mais importantes pois promove ativos para a empresa, em que cada página gera tráfego e passa a comunicação correta, ocasionando resultados sem a necessidade de esforços contínuos sobre ela. Com o passar do tempo, são criados diversos destes ativos, o tráfego e resultados do site passam a ser mais estáveis, sem grandes picos ou depressões. Além disso, é um tráfego independente de outras plataformas e seu negócio não fica refém de políticas ou mudanças de regras, como pode acontecer nas plataformas da Meta ou até do Tik Tok.

Uma pesquisa recente mostra que 94% das empresas definiram a estratégia do marketing digital para o crescimento da marca, em que a produção de conteúdo é a principal ferramenta para atingir resultados. Com possibilidades infinitas como e-mail marketing, influenciadores, propagandas via diversas plataformas como Google e Meta Ads, inbound marketing e, obviamente o SEO, é possível gerar muitos indicadores de resultados em que é muito fácil se perder.

Notando ruídos na comunicação interna das empresas na área,  entendo ser fundamental, além das atualizações digitais, colocar o cliente no centro da tomada de decisões, criando nele uma cultura de SEO, trazendo as informações e estratégias para dentro da empresa para que todos participem ativamente da melhoria constante do site. Isto envolve treinar e educar o cliente das boas práticas de SEO, agir com liberdade e levar ao cliente oportunidades identificadas e trabalhar com foco na otimização contínua, baseada nos resultados das ações realizadas para comemorar vitórias e entender razões de insucesso.

Sendo um mercado que está em constante mudanças, 2024 promete grandes acontecimentos no digital. A IA chegou e mostra que pode ajudar em várias frentes e é uma ferramenta que facilita alguns processos. Mas ainda acredito que a humanização na comunicação é fundamental no desenvolvimento de conteúdos, definição de estratégias, acompanhamento e interpretação de resultados. Se deve ter um cuidado a mais na IA para gerenciamento de campanhas. Para campanhas médias e pequenas, com verba reduzida, nossa experiência é que quanto maior a automação, menos confiáveis os resultados.

Além disso, acredito que o foco direcionado em diferentes gerações, social commerce, chatbots e voicebots, conteúdo de áudio, short vídeos, entre outras ferramentas estarão em ascensão em 2024. Também aposta no Data Driven, uma das tendências do marketing, que tem seu conceito na gestão orientada na análise de dados para atingir cada público-alvo. Vai ficar cada vez mais difícil ganhar um posicionamento bom para páginas e palavras-chave porque a quantidade de conteúdo sobre qualquer assunto ou produto, já é enorme, imagine daqui a 5 anos. A importância de estabelecer essa cultura de SEO na empresa, estimulará resultados mais sólidos e crescentes.

*Marcos Alonso -Fundador da Curacautin, consultoria especializada em SEO, performance e marketing digital.

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