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Mônica Schimenes – Liderança feminina: como o equilíbrio da vida da mulher traz melhores resultados para as empresas

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em

*Mônica Schimenes, fundadora e CEO da MCM Brand Group

A liderança feminina é um assunto que vem sendo discutido com cada vez mais frequência no mundo corporativo e, embora as mulheres brasileiras já alcancem um nível de formação superior ao dos homens, ainda são minoria no comando das empresas com 37,8% dos cargos gerenciais – segundo uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente a 2016. Diante de tanta discussão e mesmo com alguns avanços da população, essa é ainda uma realidade que aflige muitas mulheres que batalham todos os dias para conquistar seus objetivos e melhor colocação no mercado. Mas por que isso ainda acontece?

Viemos de uma cultura patriarcal, de aspectos culturais problemáticos, que ainda refletem nos dias de hoje – inclusive no mundo corporativo. Que mulher nunca se perguntou por que os homens ganham maior vantagem no mercado de trabalho? Porque nós, mulheres, engravidamos, temos licença maternidade, cuidamos de nossos filhos e casa – e, consequentemente, acabamos dando espaço para que o homem se desenvolva, conquistando posições de liderança com mais facilidade. Tudo isso porque nós temos essas “dificuldades”. Mas será que são de fato dificuldades?

Esse é um ponto que tem sido estudado no decorrer dos últimos anos, quando vemos mulheres em posições de liderança se destacando e tendo emoções tão bem mais trabalhadas do que os homens. Gosto de dizer que esse é o equilíbrio da vida da mulher. O que as pessoas viam como um decréscimo na vida profissional – que era esse tempo necessário para cuidar da família e para dar vida ao mundo – hoje é visto com mais propriedade, maturidade e intelectualidade. É um benefício.

Então hoje tenho uma corporação no Brasil de, aproximadamente, 30 a 40 pessoas, que desenvolvem as suas vidas comigo e escolheram a minha empresa como sua fonte de empreendimento e de crescimento, além da empresa nos Estados Unidos. Falo sobre sustentabilidade, inclusão e diversidade – porque eu acredito que é um valor. Ainda assim, tenho uma casa, animais de estimação, marido e filho. Ou seja, tenho diversos desafios a serem conectados todos os dias e ainda escuto as pessoas me perguntando como eu consigo me engajar em tantos temas e ter tempo para tudo isso. Eu não tenho tempo para tudo isso, mas aprendemos a olhar a agenda com importância. O que é aquilo que eu quero desenvolver?

Quero me desenvolver como mulher e pessoa, ser melhor para o meu marido, filho, instituição, para as pessoas que vivem e trabalham comigo, instituições que me contratam e para os clientes que acreditam na minha empresa. Quero ser melhor para a sociedade e deixar marcas nas pessoas. E você? Esse é o equilíbrio que estamos falando, que é tão fundamental para as mulheres e que acontece com tanta naturalidade. O mundo que vivemos hoje precisa de pessoas ágeis e flexíveis o tempo todo, com boas ideias e preços justos, pois estamos falando de um mercado competitivo. Então essa habilidade feminina de lidar com tantos temas é extremamente útil para o negócio e está sendo visto com mais facilidade pelo universo feminino e masculino – que está dando mais espaço e vez para isso.

Como eu comento em diversos fóruns que participo, hoje os grandes líderes são aqueles que conseguem lidar melhor com as suas emoções – de uma forma mais equilibrada – e não apenas com bons currículos. O equilíbrio e a sabedoria são os dois atributos que podem transformar a vida corporativa. Com todas as suas particularidades, as mulheres conseguem orientar, trazer novas direções e pensar horizontalmente, isso porque incluem e encorajam os filhos e colaboradores, porque compartilham poder e não são as detentoras. A mulher fortalece as identidades do grupo onde ela lidera e estamos pré-dispostas a mudanças o tempo todo, porque pensamos de forma inovadora, equilibrada, sensível e justa.

*Mônica Schimenes, 44 anos, formada em Comunicação Social – Relações Públicas, pela Fundação Cásper Líbero, é fundadora e CEO da MCM Brand Group, grupo de comunicação integrada e atuação nacional e internacional, comprometido com a performance e responsável com a diversidade e inclusão. A empresária tem mais de 20 anos de experiência em gerenciamento de marketing, comunicação e eventos, conquistou um portfólio sólido de clientes e ótimos relacionamentos institucionais. Pelo programa SEBRAE no Pódio, foi para Londres, onde qualificou o seu negócio internacionalmente, para atender eventos de grande porte. Esse legado foi espalhado no Brasil, com parte do Comitê de Equidade Racial e de Gênero para as Olimpíadas Rio 2016. Em 2017, conseguiu elevar a empresa graças ao Programa de Mentoria para Fornecedores de Diversidade da Monsanto, pelo qual foram selecionados. Durante todos esses anos de caminhada, Schimenes se associou e fez parcerias com diversas ONGs, como a Integrare (Centro de Integração de Negócios), Sebrae no Pódio, WeConnect International (empreendedorismo feminino – mulheres e empreendedoras pelo mundo inteiro), Fórum de Empresas e Direitos LGBT+. Alguns dos clientes atendidos em sua empresa são: IBM Brasil, Stefanini, Red Hat, BASF, Nextel, Dell, Monsanto, Mizuno, Unilever, entre outros.

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Muito além do brinde: o live marketing cria conexões

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*Maíra Holtz

Elaborar um canal de comunicação entre consumidores e marcas não é fácil. O desafio pela atenção do cliente é grande e, muitas vezes, o relacionamento com o público não é assertivo devido a utilização de estratégias erradas.

Assim, os brindes promocionais não devem ser vistos apenas como um agrado para os clientes, pois representam uma forma de fidelizar o consumidor e reforçar a imagem da marca. Com o mundo digitalizado, uma experiência sensorial – que faça o consumidor vivenciar algo diferente – gera resultados assertivos.

Em uma de suas ativações, a Gomes da Costa criou uma praia na Av. Paulista para ativar a campanha “Pesque pelo Nome”. Muito além da distribuição dos brindes (com a lata de nome escolhido, sacola personalizada da marca e uma marmiteira), os visitantes puderam se divertir na pescaria e até descansar em um ambiente de praia no meio da maior cidade do país.

Os dados são aliados 

A entrega de um brinde deve ser estrategicamente pensada para se comunicar com o público alvo da marca. E a análise de dados, como comportamento de compra, demografia e histórico online – oferecidos por muitas plataformas – assim como o briefing da empresa, ajudam a desenvolver ações assertivas.

Um estudo conduzido pela Accenture mostrou que mais de 80% dos usuários estão dispostos a compartilhar suas informações, desde que, em retorno, recebam experiências mais personalizadas.

O monitoramento de métricas e dados relevantes garantem insights poderosos sobre a oferta e procura de serviços e produtos, possibilitando ao time de planejamento uma visão mais clara do mercado e dos consumidores.

Marketing de comunidade

Outra via que pode ser utilizada em ações de entregas de brindes é o marketing de comunidade, levando a marca a empregar a força de sua comunidade de fãs influentes para expandir a sua comunicação e promover o seu produto ou serviço de forma mais abrangente.

De acordo com pesquisa realizada pela MindMiners, 44% dos consumidores escolhem marcas que buscam compreendê-lo. Ou seja, as pessoas buscam não só pelo produto, mas também pela entrega, de acordo com seu posicionamento em determinados assuntos, preferências, práticas e valores.

No live marketing, muitas estratégias são complementares. Por isso, o planejamento traçado é fundamental para fortalecer o laço entre consumidor e marca. Seja com um brinde promocional bem pensado e elaborado, uma ativação ou um evento, o objetivo é que as pessoas tenham a oportunidade de conhecer, ao vivo, aquilo o que a marca tem a oferecer, seja em relação aos seus produtos e serviços ou seja no que ela acredita.

*Maíra Holtz – Sócia-diretora e fundadora da Estalo, agência de marketing 360º

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A cultura do SEO e o futuro do marketing digital em constante atualização

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*Marcos Alonso

Não é novidade que há um aumento de investimento no marketing digital nos últimos anos, registrando recentemente, aumento de 85% nos próximos cinco anos, segundo líderes entrevistados de 60 empresas da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru.

Inicialmente, por conta da migração de investimentos publicitários de canais tradicionais, como TV, revistas e jornais, para a área digital. Com o tempo, as ações se diversificaram ampliando as possibilidades de investimento em estratégias e ferramentas. Junto, há um aumento do custo de mídia em si, já que há mais gente competindo por mais atenção. Por outro lado, a profissionalização também pressiona estes custos pois envolvem profissionais e agências/consultorias especialistas nas diversas áreas do marketing digital para garantir o alcance dos resultados almejados.

Eu considero que o SEO é uma das ferramentas mais importantes pois promove ativos para a empresa, em que cada página gera tráfego e passa a comunicação correta, ocasionando resultados sem a necessidade de esforços contínuos sobre ela. Com o passar do tempo, são criados diversos destes ativos, o tráfego e resultados do site passam a ser mais estáveis, sem grandes picos ou depressões. Além disso, é um tráfego independente de outras plataformas e seu negócio não fica refém de políticas ou mudanças de regras, como pode acontecer nas plataformas da Meta ou até do Tik Tok.

Uma pesquisa recente mostra que 94% das empresas definiram a estratégia do marketing digital para o crescimento da marca, em que a produção de conteúdo é a principal ferramenta para atingir resultados. Com possibilidades infinitas como e-mail marketing, influenciadores, propagandas via diversas plataformas como Google e Meta Ads, inbound marketing e, obviamente o SEO, é possível gerar muitos indicadores de resultados em que é muito fácil se perder.

Notando ruídos na comunicação interna das empresas na área,  entendo ser fundamental, além das atualizações digitais, colocar o cliente no centro da tomada de decisões, criando nele uma cultura de SEO, trazendo as informações e estratégias para dentro da empresa para que todos participem ativamente da melhoria constante do site. Isto envolve treinar e educar o cliente das boas práticas de SEO, agir com liberdade e levar ao cliente oportunidades identificadas e trabalhar com foco na otimização contínua, baseada nos resultados das ações realizadas para comemorar vitórias e entender razões de insucesso.

Sendo um mercado que está em constante mudanças, 2024 promete grandes acontecimentos no digital. A IA chegou e mostra que pode ajudar em várias frentes e é uma ferramenta que facilita alguns processos. Mas ainda acredito que a humanização na comunicação é fundamental no desenvolvimento de conteúdos, definição de estratégias, acompanhamento e interpretação de resultados. Se deve ter um cuidado a mais na IA para gerenciamento de campanhas. Para campanhas médias e pequenas, com verba reduzida, nossa experiência é que quanto maior a automação, menos confiáveis os resultados.

Além disso, acredito que o foco direcionado em diferentes gerações, social commerce, chatbots e voicebots, conteúdo de áudio, short vídeos, entre outras ferramentas estarão em ascensão em 2024. Também aposta no Data Driven, uma das tendências do marketing, que tem seu conceito na gestão orientada na análise de dados para atingir cada público-alvo. Vai ficar cada vez mais difícil ganhar um posicionamento bom para páginas e palavras-chave porque a quantidade de conteúdo sobre qualquer assunto ou produto, já é enorme, imagine daqui a 5 anos. A importância de estabelecer essa cultura de SEO na empresa, estimulará resultados mais sólidos e crescentes.

*Marcos Alonso -Fundador da Curacautin, consultoria especializada em SEO, performance e marketing digital.

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