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Maurício Trezub: Marketplace First, a jornada invertida do comércio digital para a indústria
Nos últimos anos, a indústria começou a perceber que precisaria mudar o seu modelo de negócios para se adaptar ao movimento de transformação digital iniciado pelo varejo e que agora chega com força, também, aos fabricantes. A verdade é que a busca por soluções de marketplace gera múltiplos benefícios para as empresas de manufatura, entre eles, maior proximidade com o cliente final, o que permite acesso ao seu perfil e demandas em tempo real, e a redução da tributação em cascata (uma vez que, no modelo tradicional, o produto passa por três margens de lucro: a do fabricante, a do atacado/distribuidor e a do varejista). Mas gostaria de abordar um outro entendimento sobre essa tendência, o conceito de visão invertida para a gestão do negócio.
A necessidade de uma estratégia de comércio digital gera muitos questionamentos para a indústria, em especial, sobre qual é o passo mais acertado para este primeiro momento. É neste ponto que quero fazer alguns levantamentos sobre o método de Marketplace First, isto é: da manufatura direto para o marketplace, antes de iniciar um e-commerce próprio. Em termos de investimento, o e-commerce próprio necessita de muito mais investimento inicial, pois demanda gastos com mídia durante um bom tempo, até que a marca conquiste relevância para que as pessoas busquem o produto diretamente no seu site. Outro ponto é que, ao iniciar a sua operação digital via marketplace, além de um importante meio de impulsionar as vendas, você ganha uma poderosa ferramenta de gestão de negócios.
Na visão invertida, a indústria não produz para vender, mas vende para produzir. Com esse direcionamento, de colocar a sua marca em um marketplace, a demanda vai fornecer informações essenciais sobre os produtos com melhor saída e o fluxo de pedidos. Assim, você tem uma grande visibilidade em portais como Submarino, Americanas, Ponto Frio, Netshoes, Extra, Mercado Livre, entre outros, ao mesmo tempo em que, de maneira rápida e barata, consegue testar se os seus produtos têm aderência para serem vendidos pela Internet.
É possível, ainda, avaliar diferentes processos de entrega e a interação do público com a marca em situações diversas. E, somente com a flexibilidade proporcionada pelo marketplace, a manufatura consegue fazer adaptações sempre que desejar e de forma contínua, controlando estoques maiores e menores, lançando produtos ou tirando outros de linha, até consolidar o melhor cenário para a sua atuação.
Agora sim, com uma visão estratégica sobre os negócios, é possível dar outro passo em direção à transformação digital e abrir o seu próprio e-commerce. Neste momento, você já tem uma operação online parcialmente estruturada, com infraestrutura logística preparada, descritivos de produtos e fotos preparadas para venda online, processos de troca e devolução implantados e a sua empresa já está faturando. Não é um portal de comércio eletrônico desconhecido, que se aventura na missão de atrair tráfego e relevância nas buscas do Google. Isso permite o tempo necessário para o e-commerce sobreviver financeiramente e fazer os investimentos adequados em mídia, equilibrando adwords e estratégias de SEO (Search Engine Optimization).
A ideia aqui não é abrir o e-commerce próprio e sair do marketplace, mas, sim, unir os benefícios dos dois para trabalhar as vendas por diferentes canais. O shopping online pode ser um meio bastante interessante, por exemplo, para testar produtos em desenvolvimento e entender se a resposta do consumidor é positiva ou negativa antes de buscar clientes maiores ou distribuidores.
Há um potencial muito grande a ser explorado. Fica o exercício de entender que a transformação digital alcançará todos os segmentos e o melhor caminho é se preparar para aproveitar este momento, iniciando ações que gerem resultados positivos para os negócios.
*Maurício Trezub é diretor de e-commerce da TOTVS.
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Marketing de incentivo: como ele ajuda na satisfação dos colaboradores?
*Marilyn Hahn
A satisfação dos colaboradores é um fator primordial para o sucesso de qualquer organização. Na atual conjuntura do mercado, na qual a demanda por qualidade e personalização está em alta, as empresas precisam estar atentas às novas tendências em benefícios corporativos para manter seus funcionários motivados e producentes.
De acordo com um estudo da Universidade de Oxford, funcionários felizes e satisfeitos são 13% mais produtivos. Portanto, uma abordagem de endomarketing que inclua o marketing de incentivo pode ter um impacto relevante nos resultados do negócio e se tornar uma vantagem competitiva. Essa estratégia envolve a utilização de soluções especializadas que oferecem incentivos e premiações customizados, sem a necessidade de uma equipe dedicada exclusivamente a essa função.
O principal objetivo dessas medidas é melhorar a experiência dos colaboradores, estimulando-os a alcançar melhores resultados e promovendo uma jornada profissional positiva. Reconhecer o valor do time é essencial para garantir o engajamento e fortalecer as relações no ambiente de trabalho.
Colaboradores que recebem incentivos personalizados, como pontos acumulados, cartões pré-pagos e gift cards, tendem a se sentir mais valorizados, o que não só aumenta o comprometimento, mas também fortalece a cultura organizacional e promove maior produtividade. Além disso, utilizar cartões pré-pagos como forma de incentivo ajuda a minimizar complicações legais, já que eles não são considerados uma segunda linha de remuneração. Isso facilita a gestão de benefícios e reduz preocupações com questões trabalhistas.
Um ambiente de trabalho onde os times se sentem motivados e engajados contribui para a construção de uma marca empregadora forte. Isso favorece a retenção de talentos e diminui a rotatividade de funcionários, criando um clima organizacional positivo e produtivo.
Portanto, investir em benefícios e incentivos é mais do que uma tendência, é uma necessidade para empresas que desejam se destacar no mercado e garantir a satisfação dos seus colaboradores. O tempo é agora.
*Marilyn Hahn – CRO e cofundadora do Bankly.
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Como as marcas devem se preparar para a Black Friday?
*Monique Areze
Segundo uma pesquisa da Wake, em parceria com a Opinion Box, 32,5% dos brasileiros iniciam o monitoramento de preços já no final de julho com foco em aproveitar as melhores ofertas durante a Black Friday. Se a antecipação é um ponto importante para o público, a retórica também se faz necessária para as empresas.
Diante de um cenário cada vez mais competitivo, as marcas que desejam ter êxito na campanha de Black Friday, marcada para o dia 29 de novembro neste ano, precisam fazer um planejamento detalhado e se atentar aos mínimos detalhes.
Entre os maiores obstáculos enfrentados estão questões como logística, gestão eficiente dos estoques e o treinamento das equipes perante o volume elevado de atendimento e solicitações. Isso porque a Black Friday é uma data em que o atendimento ao cliente tem um papel crucial na jornada de compra. Um trabalho voltado a esses três elementos em conjunto tende a ser o grande diferencial para que as marcas consigam manter uma experiência fluida e positiva junto aos consumidores, desde o primeiro contato até o pós-venda.
Nesse caso, estamos falando de três pilares operacionais: planejamento estratégico, atendimento ao cliente e capacidade de execução.
Por isso, a organização para a data precisa abranger toda a logística, metas e ações de marketing do negócio, com definição clara das estratégias para que os objetivos sejam atingidos. Já o atendimento eficaz e rápido traz um diferencial desejado pelo público em um contexto onde ele busca respostas e soluções ágeis. A competência funcional, por sua vez, envolve garantir estoques adequados, uma logística de entrega eficiente e o uso de tecnologias para suportar um grande volume de transações.
Além das questões operacionais, a criação de campanhas de marketing voltadas à Black Friday, por meio de uma comunicação clara e objetiva ao público-alvo, é outro elemento fundamental. Impulsionada pelo uso de soluções de automação e personalização, as ações representam um diferencial significativo, já que permitem uma melhor segmentação do público, um fator que possibilita o envio de ofertas mais atraentes e direcionadas.
Aliás, o uso de automação não deve ser limitado ao marketing. A criação de um FAQ destinado a elucidar questões comuns para a Black Friday, como prazos de entrega, políticas de troca e devolução, formas de pagamento, além de canais automatizados para atendimento, ajuda a aliviar a sobrecarga nas equipes e, ao mesmo tempo, acelera os esclarecimentos aos consumidores. Sem contar que o recurso melhora a experiência do cliente e permite que os times priorizem somente os casos que exigem, de fato, uma solução humana.
A verdade é que as empresas que investem em um detalhado planejamento, utilizam a tecnologia de forma inteligente e proporcionam uma experiência de compra fluida saem na frente na briga pela conquista da confiança do consumidor. Num cenário competitivo, superar o óbvio e surpreender o cliente é o verdadeiro diferencial. Até porque, no final das contas, o que se constrói na Black Friday é o valor da marca e a fidelidade. Isso certamente é mais importante do que o faturamento momentâneo.
*Monique Areze – COO do Grupo Duo&Co