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Felippe Virardi – Diversidade dentro das empresas: a responsabilidade individual e coletiva de cada profissional
O debate sobre a inclusão e o respeito à diversidade chegou às organizações, e já não era sem tempo. Vivemos em um país onde a multiplicidade de raças e costumes formou nossa cultura e identidade nacional. Acolher e integrar essas diferenças é um dever das organizações. Mas apesar de ser um assunto que vem ganhando força e começando a ser considerado indispensável algumas empresas ainda estão atrasadas na formação de equipes mais diversas.
Uma pesquisa realizada em 17 países mostrou que a alta gerência no Brasil dá pouca ou nenhuma importância à diversidade. Segundo o levantamento da Global Nerworking of Directors, com a participação do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, 72% dos entrevistados no Brasil responderam que a diversidade de gênero é pouca (19% deles) ou nada importante (53% deles) na seleção de candidatos. Quando comparamos com os resultados internacionais, o percentual de respondentes que considera a diversidade de gênero como importante é de 51%, sendo: 21% moderadamente importante, 14% muito importante é 16% extremamente importante. Quando questionados sobre a diversidade por etnia ou raça, os consultados brasileiros responderam que esse fator é pouco importante (13%) ou nada importante (74%) no recrutamento dos candidatos. Na amostra total, esse fator de etnia e raça é pouco importante para 29% ou nada importante para 36% dos respondentes.
Derrubar essas barreiras sociais de racismo, machismo e preconceito são emergenciais para o desenvolvimento das empresas. Ao construir equipes mais diversas e disseminar dentro das organizações o respeito à diferença estamos fomentando a inovação. Afinal de contas, aceitar a diversidade não é apenas conseguir lidar com gêneros, cores ou orientações sexuais distintas, mas principalmente respeitar ideias, culturas e histórias de vida diferentes da sua.
Não se trata apenas de um discurso da moda. A diversidade está se provando cada dia mais como ingrediente para o desenvolvimento e progresso das empresas. Um estudo feito pela Organização McKinsey & Company mostrou que empresas com diversidade racial possuem 35% mais chances de ter rendimento acima da média em seu setor de atuação, já a diversidade de gênero eleva em 15% as chances de rendimento acima da média para setor. Ainda de acordo com o levantamento, nos Estados Unidos, para cada 10% de aumento na diversidade racial ou étnica na equipe de executivos, os lucros aumentam 0,8%.
Existe uma explicação muito simples para esses números. Ao aumentar a multiplicidade dentro das equipes ampliamos também o olhar empático, e nosso conhecimento sobre o mercado de atuação e público alvo. Ao trazer ideias, bagagens e vivencias diferentes para o debate estamos enriquecendo e ampliando nossa capacidade de encontrar e entender a dor do cliente, e consequentemente, nossa habilidade em solucionar os problemas. Sem falar que nossa comunicação e relacionamento interpessoal melhora consideravelmente quando conseguimos conviver com o diferente.
O departamento de Recursos Humanos precisa ser protagonista ao defender a diversidade dentro das equipes. Mas apesar de ser a peça central que irá fomentar e disseminar o assunto na cultura empresarial, outros departamentos, junto com a liderança, precisam atuar de maneira ativa na construção de equipes heterogêneas. O RH é um grande influenciador do tema, mas ele não faz nada sozinho! Nesse sentido a informação é uma grande aliada na disseminação de uma cultura empresarial. Trazer o tema para por meio de treinamentos, comunicação interna, cursos, pesquisas, debates e claro o próprio recrutamento. Campanhas de endomarketing promovendo o respeito e a valorização das diferenças contribuem para a formação de uma cultura de diversidade nas organizações.
Falando especificamente sobre esse último, atrair talentos diversos requer um olhar humano e empático, além de ter a diversidade como um valor indispensável dentro da organização, o processo de contratação precisa ser o primeiro a abandoar preconceitos, colocando nos requisitos da vaga as competências técnicas e comportamentais da cadeira em aberto e deixando de lado os requisitos como idade, gênero, padrão estético ou físico.
A mundança para uma empresa mais inclusiva que respeita e fomenta a diferença em suas equipes nasce da mudança cultural de mindset em toda a sociedade. Por isso mesmo as pautas de diversidade e inclusão precisam ser cada dia mais discutidas. É responsabilidade de todos os funcionários, de todos nós, desconstruir pensamentos e atitudes segregadoras e multiplicar uma cultura mais inclusiva dentro das organizações.
Se você conhece pessoas ou empresas que não conseguem conviver e/ou incentivar um ambiente com pessoas diferentes, que se vestem, pensam e agem diferentemente umas das outras, eu posso afirmar, que em pouco tempo essas organizações não terão espaço para ganhar novos mercados e nem mesmo sobreviverem dentro dos setores em que atuam. A diversidade é hoje a grande chave na promoção da inovação e temos visto o quanto sem inovação não há sustentabilidade e, muito menos, futuro.
Felippe Virardi é formado em administração de empresas, executivo com mais de 10 anos de experiência
na área de marketing e vendas e headhnter na Trend Recruitment, boutique de recrutamento e seleção para marketing e vendas.
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Marketing de incentivo: como ele ajuda na satisfação dos colaboradores?
*Marilyn Hahn
A satisfação dos colaboradores é um fator primordial para o sucesso de qualquer organização. Na atual conjuntura do mercado, na qual a demanda por qualidade e personalização está em alta, as empresas precisam estar atentas às novas tendências em benefícios corporativos para manter seus funcionários motivados e producentes.
De acordo com um estudo da Universidade de Oxford, funcionários felizes e satisfeitos são 13% mais produtivos. Portanto, uma abordagem de endomarketing que inclua o marketing de incentivo pode ter um impacto relevante nos resultados do negócio e se tornar uma vantagem competitiva. Essa estratégia envolve a utilização de soluções especializadas que oferecem incentivos e premiações customizados, sem a necessidade de uma equipe dedicada exclusivamente a essa função.
O principal objetivo dessas medidas é melhorar a experiência dos colaboradores, estimulando-os a alcançar melhores resultados e promovendo uma jornada profissional positiva. Reconhecer o valor do time é essencial para garantir o engajamento e fortalecer as relações no ambiente de trabalho.
Colaboradores que recebem incentivos personalizados, como pontos acumulados, cartões pré-pagos e gift cards, tendem a se sentir mais valorizados, o que não só aumenta o comprometimento, mas também fortalece a cultura organizacional e promove maior produtividade. Além disso, utilizar cartões pré-pagos como forma de incentivo ajuda a minimizar complicações legais, já que eles não são considerados uma segunda linha de remuneração. Isso facilita a gestão de benefícios e reduz preocupações com questões trabalhistas.
Um ambiente de trabalho onde os times se sentem motivados e engajados contribui para a construção de uma marca empregadora forte. Isso favorece a retenção de talentos e diminui a rotatividade de funcionários, criando um clima organizacional positivo e produtivo.
Portanto, investir em benefícios e incentivos é mais do que uma tendência, é uma necessidade para empresas que desejam se destacar no mercado e garantir a satisfação dos seus colaboradores. O tempo é agora.
*Marilyn Hahn – CRO e cofundadora do Bankly.
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Como as marcas devem se preparar para a Black Friday?
*Monique Areze
Segundo uma pesquisa da Wake, em parceria com a Opinion Box, 32,5% dos brasileiros iniciam o monitoramento de preços já no final de julho com foco em aproveitar as melhores ofertas durante a Black Friday. Se a antecipação é um ponto importante para o público, a retórica também se faz necessária para as empresas.
Diante de um cenário cada vez mais competitivo, as marcas que desejam ter êxito na campanha de Black Friday, marcada para o dia 29 de novembro neste ano, precisam fazer um planejamento detalhado e se atentar aos mínimos detalhes.
Entre os maiores obstáculos enfrentados estão questões como logística, gestão eficiente dos estoques e o treinamento das equipes perante o volume elevado de atendimento e solicitações. Isso porque a Black Friday é uma data em que o atendimento ao cliente tem um papel crucial na jornada de compra. Um trabalho voltado a esses três elementos em conjunto tende a ser o grande diferencial para que as marcas consigam manter uma experiência fluida e positiva junto aos consumidores, desde o primeiro contato até o pós-venda.
Nesse caso, estamos falando de três pilares operacionais: planejamento estratégico, atendimento ao cliente e capacidade de execução.
Por isso, a organização para a data precisa abranger toda a logística, metas e ações de marketing do negócio, com definição clara das estratégias para que os objetivos sejam atingidos. Já o atendimento eficaz e rápido traz um diferencial desejado pelo público em um contexto onde ele busca respostas e soluções ágeis. A competência funcional, por sua vez, envolve garantir estoques adequados, uma logística de entrega eficiente e o uso de tecnologias para suportar um grande volume de transações.
Além das questões operacionais, a criação de campanhas de marketing voltadas à Black Friday, por meio de uma comunicação clara e objetiva ao público-alvo, é outro elemento fundamental. Impulsionada pelo uso de soluções de automação e personalização, as ações representam um diferencial significativo, já que permitem uma melhor segmentação do público, um fator que possibilita o envio de ofertas mais atraentes e direcionadas.
Aliás, o uso de automação não deve ser limitado ao marketing. A criação de um FAQ destinado a elucidar questões comuns para a Black Friday, como prazos de entrega, políticas de troca e devolução, formas de pagamento, além de canais automatizados para atendimento, ajuda a aliviar a sobrecarga nas equipes e, ao mesmo tempo, acelera os esclarecimentos aos consumidores. Sem contar que o recurso melhora a experiência do cliente e permite que os times priorizem somente os casos que exigem, de fato, uma solução humana.
A verdade é que as empresas que investem em um detalhado planejamento, utilizam a tecnologia de forma inteligente e proporcionam uma experiência de compra fluida saem na frente na briga pela conquista da confiança do consumidor. Num cenário competitivo, superar o óbvio e surpreender o cliente é o verdadeiro diferencial. Até porque, no final das contas, o que se constrói na Black Friday é o valor da marca e a fidelidade. Isso certamente é mais importante do que o faturamento momentâneo.
*Monique Areze – COO do Grupo Duo&Co
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