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Felipe Vanni: Vídeo – a comunicação eficaz da era smartphone
A revolução trazida pelos smartphones, alguns anos atrás, mudou muito o modo como consumimos informação. O dinamismo do vídeo, o apelo visual, sempre foram preferências entre grande parte da população. A informação, seja ela noticiosa, de entretenimento, de propaganda ou acadêmica, sempre é mais facilmente assimilada, em vídeo, pela maioria o público.
A Cisco, empresa de telecomunicações, realizou um estudo, o Índice Visual Networking Cisco, que divulgou que em 2020 o tráfego de vídeos na internet representará 82% de todo o tráfego realizado por consumidores. O vídeo está em toda parte e é cada vez mais a voz que dialoga com o consumidor.
Justamente por isso o smartphone mudou tanto o cenário mundial da produção de conteúdo para comunicação. Ver vídeos no celular, com acesso rápido, fácil e confortável, tomaram de assalto outros meios de comunicação. Não era preciso fazer nada mais elaborado do que tirar o celular do bolso para consumir informação.
Isso fez do vídeo, potencialmente, a ferramenta comunicacional mais poderosa da atualidade. Além da predileção, ainda há a facilidade, e a tecnologia caminha cada vez mais para atender e renovar esse mercado. A união dessa produção com a internet também é revolucionária. Além da multiplicidade de vozes ainda temos tanta qualidade que sentimos aos poucos outros meios de produção de vídeo perderem a força.
O Youtube e o Netflix são atualmente portadores do que mais se consome em conteúdo no mundo. O conteúdo é produzido por muitos, mas concentrado nessas ferramentas. Gigantes como o Facebook seguem a tendência e incorporam funcionalidades semelhantes a suas plataformas.
O mais interessante é que esse universo não se limita ao entretenimento, pois a notícia também já é mais consumida assim do que de outras formas. A publicidade e as ações focadas em marketing se baseiam no vídeo de forma poderosa. A criação publicitária mudou, passou a seguir moldes de storytelling, por exemplo, se focando em narrar histórias que dialogam com o entretenimento.
O fator humano do alto consumo alterou o que é necessário para convencer a audiência. Esse caldeirão de ingredientes contribuiu para isso. A divulgação se utiliza do próprio consumidor para se propagar. Tudo se tornou mais orgânico, embora ainda bem planejado e estruturado racionalmente.
A voz se espalha entre meios de gostos semelhantes, e dialogam com públicos agrupados por escolhas e preferências, criando um fenômeno incrível que faz com que até mesmo um pequeno varejista, um micro empresário, tenha voz considerável entre seu público alvo. Isso torna a produção em vídeo essencial para o diálogo em qualquer esfera profissional.
O vídeo aproxima o emocional e faz com quem empresas possam tratar seus clientes por seres humanos que são movidos e comovidos por histórias, por vivencias, por algo que é sentimental e não numérico ou frio. Isso já se vivia na publicidade, principalmente para a TV, porém com a capacidade de interação trazida pela internet, o escopo se amplia e muita coisa muda.
A produção tem que conversar com o cliente potencial, com os entretidos, e mostrar algo a ele que o valorize como humano. Os próprios botões de “curtir” são exemplos dessa humanização, já que permitem que haja uma opinião emocional sendo dada sobre o conteúdo. O alcance das marcas, da pequena à grande, estão diretamente ligados a este feedback.
Por isso é que é indiscutível que o vídeo faz parte das mais eficazes formas de comunicação da atualidade, principalmente quando se fala de atingir o consumidor através da publicidade. A estratégia bem pensada, considerando o fator humano, é o que vai realmente mudar as perspectivas do mundo. Observar o fenômeno do vídeo é estar atento ao que o presente e o futuro dirão sobre tudo ligado a conteúdo.
Felipe Vanni é publicitário com ênfase em marketing, MBA pela FGV e proprietário da Hugny.
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Marketing de incentivo: como ele ajuda na satisfação dos colaboradores?
*Marilyn Hahn
A satisfação dos colaboradores é um fator primordial para o sucesso de qualquer organização. Na atual conjuntura do mercado, na qual a demanda por qualidade e personalização está em alta, as empresas precisam estar atentas às novas tendências em benefícios corporativos para manter seus funcionários motivados e producentes.
De acordo com um estudo da Universidade de Oxford, funcionários felizes e satisfeitos são 13% mais produtivos. Portanto, uma abordagem de endomarketing que inclua o marketing de incentivo pode ter um impacto relevante nos resultados do negócio e se tornar uma vantagem competitiva. Essa estratégia envolve a utilização de soluções especializadas que oferecem incentivos e premiações customizados, sem a necessidade de uma equipe dedicada exclusivamente a essa função.
O principal objetivo dessas medidas é melhorar a experiência dos colaboradores, estimulando-os a alcançar melhores resultados e promovendo uma jornada profissional positiva. Reconhecer o valor do time é essencial para garantir o engajamento e fortalecer as relações no ambiente de trabalho.
Colaboradores que recebem incentivos personalizados, como pontos acumulados, cartões pré-pagos e gift cards, tendem a se sentir mais valorizados, o que não só aumenta o comprometimento, mas também fortalece a cultura organizacional e promove maior produtividade. Além disso, utilizar cartões pré-pagos como forma de incentivo ajuda a minimizar complicações legais, já que eles não são considerados uma segunda linha de remuneração. Isso facilita a gestão de benefícios e reduz preocupações com questões trabalhistas.
Um ambiente de trabalho onde os times se sentem motivados e engajados contribui para a construção de uma marca empregadora forte. Isso favorece a retenção de talentos e diminui a rotatividade de funcionários, criando um clima organizacional positivo e produtivo.
Portanto, investir em benefícios e incentivos é mais do que uma tendência, é uma necessidade para empresas que desejam se destacar no mercado e garantir a satisfação dos seus colaboradores. O tempo é agora.
*Marilyn Hahn – CRO e cofundadora do Bankly.
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Como as marcas devem se preparar para a Black Friday?
*Monique Areze
Segundo uma pesquisa da Wake, em parceria com a Opinion Box, 32,5% dos brasileiros iniciam o monitoramento de preços já no final de julho com foco em aproveitar as melhores ofertas durante a Black Friday. Se a antecipação é um ponto importante para o público, a retórica também se faz necessária para as empresas.
Diante de um cenário cada vez mais competitivo, as marcas que desejam ter êxito na campanha de Black Friday, marcada para o dia 29 de novembro neste ano, precisam fazer um planejamento detalhado e se atentar aos mínimos detalhes.
Entre os maiores obstáculos enfrentados estão questões como logística, gestão eficiente dos estoques e o treinamento das equipes perante o volume elevado de atendimento e solicitações. Isso porque a Black Friday é uma data em que o atendimento ao cliente tem um papel crucial na jornada de compra. Um trabalho voltado a esses três elementos em conjunto tende a ser o grande diferencial para que as marcas consigam manter uma experiência fluida e positiva junto aos consumidores, desde o primeiro contato até o pós-venda.
Nesse caso, estamos falando de três pilares operacionais: planejamento estratégico, atendimento ao cliente e capacidade de execução.
Por isso, a organização para a data precisa abranger toda a logística, metas e ações de marketing do negócio, com definição clara das estratégias para que os objetivos sejam atingidos. Já o atendimento eficaz e rápido traz um diferencial desejado pelo público em um contexto onde ele busca respostas e soluções ágeis. A competência funcional, por sua vez, envolve garantir estoques adequados, uma logística de entrega eficiente e o uso de tecnologias para suportar um grande volume de transações.
Além das questões operacionais, a criação de campanhas de marketing voltadas à Black Friday, por meio de uma comunicação clara e objetiva ao público-alvo, é outro elemento fundamental. Impulsionada pelo uso de soluções de automação e personalização, as ações representam um diferencial significativo, já que permitem uma melhor segmentação do público, um fator que possibilita o envio de ofertas mais atraentes e direcionadas.
Aliás, o uso de automação não deve ser limitado ao marketing. A criação de um FAQ destinado a elucidar questões comuns para a Black Friday, como prazos de entrega, políticas de troca e devolução, formas de pagamento, além de canais automatizados para atendimento, ajuda a aliviar a sobrecarga nas equipes e, ao mesmo tempo, acelera os esclarecimentos aos consumidores. Sem contar que o recurso melhora a experiência do cliente e permite que os times priorizem somente os casos que exigem, de fato, uma solução humana.
A verdade é que as empresas que investem em um detalhado planejamento, utilizam a tecnologia de forma inteligente e proporcionam uma experiência de compra fluida saem na frente na briga pela conquista da confiança do consumidor. Num cenário competitivo, superar o óbvio e surpreender o cliente é o verdadeiro diferencial. Até porque, no final das contas, o que se constrói na Black Friday é o valor da marca e a fidelidade. Isso certamente é mais importante do que o faturamento momentâneo.
*Monique Areze – COO do Grupo Duo&Co