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Erico Fileno: 5 lições das startups para as grandes empresas
A Visa enxergou na inovação aberta uma grande oportunidade para construir o futuro dos meios de pagamento junto com os mais diversos players do mercado. Para quem ainda não teve a chance de conhecer esta nova forma de trabalhar, trata-se de um método que pressupõe que o conhecimento pode estar nos mais distintos lugares da cadeia de valor de uma empresa. Por isso, quem deseja investir em inovação deve abrir as portas de sua organização para idéias que venham de fora, sejam parceiros, universidades ou outras empresas.
Desde então, protagonizamos uma revolução interna e mercadológica: adotamos a abordagem do human center design, abrimos as nossas APIS por meio do Visa Developer Platform, iniciamos um programa educacional sobre o assunto para todos os colaboradores, inauguramos o Brasil Co-Creation Center e firmamos parcerias com as mais importantes aceleradoras de startups do país e do mundo. E um dos principais aprendizados dessa experiência vem da troca de experiência e do trabalho cada vez mais próximo e colaborativo com startups, fintechs, desenvolvedores e empreendedores digitais brasileiros.
Não tenho dúvida de que, no mundo dinâmico, digital e transformador, a inovação aberta é a melhor maneira de se manter vivo e competitivo no mercado corporativo. A proposta de trabalhar em conjunto para cocriar o futuro, aproximar a empresa dos clientes e parceiros e expor os ativos da companhia é o que ditará quem vai prosperar no meio dessa grande mudança de paradigma e de consumo em que vivemos.
Reuni aqui, as cinco principais lições das startups para ajudar as corporações nos mais diversos setores da economia a enxergar a riqueza da inovação aberta:
O design thinking – conjunto de métodos e processos que busca solucionar desafios de forma colaborativa e mais humana, na qual os envolvidos são colocados no centro de desenvolvimento do serviço – é eficiente e libertador, mas ainda assim pouco se vê empregado nas grandes empresas. Desde que implementamos a abordagem no dia a dia dos negócios, por meio de workshops por exemplo, testemunhamos um comprometimento e uma união do time muito mais assertiva e eficiente.
Outra grande lição diz respeito ao medo de errar, que está impregnado em muitas companhias. Com as startups, percebemos que o erro faz parte do processo de criação. Ao disseminar o temor do erro, acabamos inibindo a inovação e não queremos isso. O mais importante é enxergar o problema a tempo para corrigí-lo. O que vemos hoje em algumas empresas é uma insistência em manter o erro por já ter investido muito no projeto e por receio de perder mais dinheiro. Isso só vai adiar um fracasso.
Com a velocidade que as coisas vão, a noção de tempo também é diferente. Quando falo alguma novidade com startup, o empreendedor já quer no mesmo dia. Em uma semana, uma startup já testa e descobre se a solução dá ou não certo.
Esse aprendizado vale ouro: buscar soluções para problemas reais e não inventar problemas. Base do human centered design. Esse ponto toca numa questão sensível às empresas relacionado ao modo de se gerir a inovação. Em muitos casos, a novidade proposta surge sem nem sequer existir uma necessidade, um desejo ou uma oportunidade de mercado. Perde-se mais tempo mirabolando uma razão para a existência de um produto ou serviço do que discutindo sua real funcionabilidade. Usando a abordagem do human centered design, nós olhamos para a dor do consumidor para aí sim, achar uma solução.
Por fim, tragam os Millenials para dentro da sua companhia e, mais, escutem suas opiniões. Eles serão chave para entender como se posicionar e como se preparar para as mudanças que estão surgindo. A inovação aberta, não se refere apenas a abrir a empresa para outros players do mercado. Diz respeito também a evitar a burocratização das hierarquias e a convidar todo o time, estágiários, analistas, coordenadores, para participar do processo de desenvolvimento de novos negócios e serviços.
As sinergias desses dois mundos são inúmeras e trata-se de uma troca, ou seja, as startups também podem aprender com as grandes corporações. O mais importante é entender que essa pluralidade mercadológica já é uma realidade, e o líder de hoje pode não ser mais o protagonista da indústria amanhã. Sejamos abertos, colaborativos e inovadores.
Erico Fileno – Diretor Executivo de Inovação da Visa do Brasil
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Marketing de incentivo: como ele ajuda na satisfação dos colaboradores?
*Marilyn Hahn
A satisfação dos colaboradores é um fator primordial para o sucesso de qualquer organização. Na atual conjuntura do mercado, na qual a demanda por qualidade e personalização está em alta, as empresas precisam estar atentas às novas tendências em benefícios corporativos para manter seus funcionários motivados e producentes.
De acordo com um estudo da Universidade de Oxford, funcionários felizes e satisfeitos são 13% mais produtivos. Portanto, uma abordagem de endomarketing que inclua o marketing de incentivo pode ter um impacto relevante nos resultados do negócio e se tornar uma vantagem competitiva. Essa estratégia envolve a utilização de soluções especializadas que oferecem incentivos e premiações customizados, sem a necessidade de uma equipe dedicada exclusivamente a essa função.
O principal objetivo dessas medidas é melhorar a experiência dos colaboradores, estimulando-os a alcançar melhores resultados e promovendo uma jornada profissional positiva. Reconhecer o valor do time é essencial para garantir o engajamento e fortalecer as relações no ambiente de trabalho.
Colaboradores que recebem incentivos personalizados, como pontos acumulados, cartões pré-pagos e gift cards, tendem a se sentir mais valorizados, o que não só aumenta o comprometimento, mas também fortalece a cultura organizacional e promove maior produtividade. Além disso, utilizar cartões pré-pagos como forma de incentivo ajuda a minimizar complicações legais, já que eles não são considerados uma segunda linha de remuneração. Isso facilita a gestão de benefícios e reduz preocupações com questões trabalhistas.
Um ambiente de trabalho onde os times se sentem motivados e engajados contribui para a construção de uma marca empregadora forte. Isso favorece a retenção de talentos e diminui a rotatividade de funcionários, criando um clima organizacional positivo e produtivo.
Portanto, investir em benefícios e incentivos é mais do que uma tendência, é uma necessidade para empresas que desejam se destacar no mercado e garantir a satisfação dos seus colaboradores. O tempo é agora.
*Marilyn Hahn – CRO e cofundadora do Bankly.
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Como as marcas devem se preparar para a Black Friday?
*Monique Areze
Segundo uma pesquisa da Wake, em parceria com a Opinion Box, 32,5% dos brasileiros iniciam o monitoramento de preços já no final de julho com foco em aproveitar as melhores ofertas durante a Black Friday. Se a antecipação é um ponto importante para o público, a retórica também se faz necessária para as empresas.
Diante de um cenário cada vez mais competitivo, as marcas que desejam ter êxito na campanha de Black Friday, marcada para o dia 29 de novembro neste ano, precisam fazer um planejamento detalhado e se atentar aos mínimos detalhes.
Entre os maiores obstáculos enfrentados estão questões como logística, gestão eficiente dos estoques e o treinamento das equipes perante o volume elevado de atendimento e solicitações. Isso porque a Black Friday é uma data em que o atendimento ao cliente tem um papel crucial na jornada de compra. Um trabalho voltado a esses três elementos em conjunto tende a ser o grande diferencial para que as marcas consigam manter uma experiência fluida e positiva junto aos consumidores, desde o primeiro contato até o pós-venda.
Nesse caso, estamos falando de três pilares operacionais: planejamento estratégico, atendimento ao cliente e capacidade de execução.
Por isso, a organização para a data precisa abranger toda a logística, metas e ações de marketing do negócio, com definição clara das estratégias para que os objetivos sejam atingidos. Já o atendimento eficaz e rápido traz um diferencial desejado pelo público em um contexto onde ele busca respostas e soluções ágeis. A competência funcional, por sua vez, envolve garantir estoques adequados, uma logística de entrega eficiente e o uso de tecnologias para suportar um grande volume de transações.
Além das questões operacionais, a criação de campanhas de marketing voltadas à Black Friday, por meio de uma comunicação clara e objetiva ao público-alvo, é outro elemento fundamental. Impulsionada pelo uso de soluções de automação e personalização, as ações representam um diferencial significativo, já que permitem uma melhor segmentação do público, um fator que possibilita o envio de ofertas mais atraentes e direcionadas.
Aliás, o uso de automação não deve ser limitado ao marketing. A criação de um FAQ destinado a elucidar questões comuns para a Black Friday, como prazos de entrega, políticas de troca e devolução, formas de pagamento, além de canais automatizados para atendimento, ajuda a aliviar a sobrecarga nas equipes e, ao mesmo tempo, acelera os esclarecimentos aos consumidores. Sem contar que o recurso melhora a experiência do cliente e permite que os times priorizem somente os casos que exigem, de fato, uma solução humana.
A verdade é que as empresas que investem em um detalhado planejamento, utilizam a tecnologia de forma inteligente e proporcionam uma experiência de compra fluida saem na frente na briga pela conquista da confiança do consumidor. Num cenário competitivo, superar o óbvio e surpreender o cliente é o verdadeiro diferencial. Até porque, no final das contas, o que se constrói na Black Friday é o valor da marca e a fidelidade. Isso certamente é mais importante do que o faturamento momentâneo.
*Monique Areze – COO do Grupo Duo&Co