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Antonio Bigaton – Os seis maiores desafios da comunicação na gestão de pessoas

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Gerenciar pessoas é, sem sombra de dúvidas, um dos maiores desafios de uma empresa, mas é também o elemento indiscutível para o sucesso de uma organização. O fato é que coordenar uma equipe não requer só liderança e planejamento. Sem uma comunicação eficaz, os projetos não evoluem, condenando boas ideias e excelentes empresas ao fracasso.

Todas as empresas, independentemente de porte ou segmento, possuem dificuldades na comunicação interna. Pensando nisso, selecionei os seis maiores desafios da comunicação interna e como solucioná-los com ações simples do dia a dia.

#1 Desencontro entre estratégia organizacional e comunicação: Não importa qual seja o objetivo estratégico, se o planejamento envolve toda a empresa ou apenas algumas equipes segmentas por projetos, todos os colaboradores envolvidos precisam estar cientes das etapas do processo, como quais os detalhes das ações, as metas, como será a mensuração, etc. Um planejamento estratégico, quando bem explicado, tende a gerar engajamento, fazendo com que todos se dediquem em prol do resultado. Comunicar as etapas de maneira assertiva, apesar de simples, não é fácil. Uma das dicas é transmitir a informação em mais de um canal e, depois disso, manter o comunicado em ambientes onde possam sempre ser consultados. O primeiro passo pode ser a comunicação direta com a liderança, que vai apresentar o plano, o passo a passo das ações, as metas e as ferramentas de mensuração. Depois, é preciso disponibilizar o planejamento detalhadamente na intranet da empresa, ambiente onde os colaboradores envolvidos podem acompanhar as ações e revisitar a estratégia.

#2 Atrair a atenção das pessoas para as notícias organizacionais: Fazer a informação chegar aos colaboradores é tão importante quanto atrair a atenção e ter a mensagem entendida por seu público. Estamos vivemos em um mundo líquido, onde uma enxurrada de informação cruza nossos caminhos e nossa atenção é disputada segundo a segundo. Uma das maneiras de ser relevante é contar histórias que envolvam o público interno e as quais eles possam ser representados. As ferramentas de comunicação também exercem grande poder nesse sentido. Uma TV interna ou jornal mural tem limitações físicas e de atenção, enquanto a intranet está baseada no conceito on demand. Ou seja, o colaborador vai acessar a informação de acordo com sua própria necessidade e disponibilidade. Ter uma ferramenta na nuvem que possibilite o acesso por meio de diversos aparelhos e em qualquer lugar, são outras vantagens. Alguns artifícios podem ser usados para trazer acessos para a intranet, entre eles integrar vantagens e benefícios, documentos empresariais, processos burocráticos, etc.

#3 Tecnologias ultrapassadas: Uma grande queixa do público interno é a lentidão com que algumas empresas se adaptam à tecnologia. Uma pesquisa feita em 2017, no Reino Unido, pela agência Gatehouse, ouviu 450 profissionais de comunicação interna. Desses, 49% consideram ultrapassadas as tecnologias utilizadas pelas empresas para se comunicarem com seus colaboradores. O mundo se modernizou, os hábitos mudaram e as empresas precisam acompanhar. Manter os canais de comunicação no mundo off-line não gera engajamento e, consequentemente, faz com que as mensagens mais importantes simplesmente não chegam aos receptores alvo.

#4 Reputação e imagem: Poucos sabem que o público interno são os grandes embaixadores da marca. De nada vale investir milhões na comunicação externa e gritar aos quatro ventos todas as maravilhas realizadas pela marca, se o os funcionários não ajudarem a construir a imagem e reputação que a empresa deseja ter. Apesar do advento das redes sociais, as pessoas ainda valorizam o bom e velho boca a boca. A maioria credita credibilidade à informação quando essa é fornecida pelas redes de relacionamento oficiais. Os empregados têm forte influência sobre as percepções que a marca deixa no mercado e, se eles não estiverem bem informados, as chances de sucessos da empresa ficam reduzidas. Existe uma forte correlação entre a boa comunicação interna e o engajamento de funcionários. Quando os empregados entendem o que a empresa espera de seu trabalho e a importância daquilo que realizam todos os dias, é mais fácil se engajar nas causas e objetivos da organização. Eles se veem representados no sucesso obtido

#5 Comunicação com a liderança: Embora os veículos de comunicação interna tenham papel indiscutível, a comunicação com a liderança é um dos maiores influenciadores de uma comunicação interna bem-feita. Em via de regra, o líder é o responsável por permear os valores e as metas dentro de uma equipe. Nesse sentido, mesmo defendendo a comunicação transparente, algumas informações são estratégicas e de responsabilidade de algumas pessoas da hierarquia. Separar o detalhamento das notícias e entregar as informações de maneira segmentada é outro grande desafio. Essa fragmentação também serve para a agilidade dos processos. Estamos vivendo grandes mudanças, e são inúmeros os desafios do ambiente globalizado. Por isso, é importante que os ambientes sejam ágeis e dinâmicos. Entregar a mensagem certa, que ajude o colaborador a desempenhar sua função e não desvie sua atenção para outros fatores irrelevantes, torna o clima mais leve e muito mais agradável.

#6 Comunicação com a equipe: Existe uma diferença entre comunicação para a equipe e comunicação com a equipe. Na primeira, a mensagem corre em mão única, onde a empresa fala e o colaborador escuta. Já na segunda, é estabelecido um diálogo, onde um fala e o outro responde. Infelizmente, algumas empresas ainda não perceberam que o canal de escuta precisa estar aberto. O maior desafio das organizações é serem menos produtoras de conteúdo para serem mais articuladoras. A adaptação dos meios internos de comunicação precisa pensar em como ouvir o colaborador, desde recursos simples, como a criação de uma pesquisa interna, até o espaço onde ele consiga se expressar de maneira completa e livre. Estamos em um momento em que precisamos incentivar as pessoas a conversarem, a ouvirem e a confiarem umas nas outras.

Apesar de muitos desafios, o tempo é de grandes oportunidades. Temos a tecnologia como uma importante aliada. Quando empregada da maneira correta, ela facilita caminhos, integra soluções, democratiza o acesso e constrói pontes para o futuro. Com a dose certa de trabalho e dedicação, somados as facilidades do mundo moderno, temos a equação perfeita para superar todos os problemas que envolvem a gestão de pessoas. Basta estar aberto às possibilidades.

Antônio Brigaton é Administrador de empresas formado pela FAAP e sócio diretor da Company Group.

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Quais são os ingredientes para uma marca atingir relevância no mercado?

Publicado

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*João Brognoli

Já é consenso de que não existe uma receita para o sucesso no mundo dos negócios. Nenhuma fórmula mágica que, se seguida corretamente, garante que uma empresa será relevante ou bem sucedida em seu mercado de atuação. Cada empreendedor ou gestor precisa saber, desde cedo, a necessidade de encontrar e construir o seu próprio caminho. No entanto, há ingredientes chaves que serão fundamentais para elaborar essa história.

Para ser relevante, invariavelmente uma companhia precisa passar por um processo de construção da autoridade. Nada confere maior peso à relevância de um negócio do que o estabelecimento de uma reputação positiva que abarca todos os aspectos associados à marca. A estruturação do posicionamento como referência em seu setor de atuação se dá por diferentes caminhos, passando desde a indicações e conquistas em premiações de mercado, pela presença de forma constante e qualificada na imprensa, até a produção de conteúdos relevantes e atualizados nas redes sociais. Tais esforços, combinados, podem conferir à empresa um protagonismo inquestionável em seu segmento.

No entanto, é preciso entender que a autoridade por si só é insuficiente sem o elemento vital da entrega de resultados. Independentemente do setor ou do tamanho da corporação, é impraticável preservar uma posição relevante no mercado sem atender às expectativas e demandas dos clientes e parceiros. O sucesso de uma marca é frequentemente medido pelo valor que ela entrega, refletindo diretamente na sua capacidade de gerar números tangíveis e satisfatórios. Se a produção não estiver coerente com o que é esperado, todo o resto à volta irá desmoronar, uma hora ou outra.

Pilares fundamentais

Apesar da ausência de uma fórmula definitiva para a conquista da relevância, é inegável que a construção de autoridade e a entrega de resultados são elementos fundamentais. Contudo, tais elementos estão longe de operarem de forma isolada. Na verdade, eles atuam muito mais como peças de um quebra-cabeça que se encaixam para gerar relevância e êxito de um negócio. Nesse sentido, costumo dizer que existem quatro pilares fundamentais que sustentam a autoridade e os resultados de uma empresa: vendas, gestão, performance e cultura.

As vendas representam a essência do negócio, pois são responsáveis por gerar receita e impulsionar o crescimento. Já uma gestão eficaz garante que os recursos sejam alocados de forma estratégica, os processos sejam otimizados e os objetivos obviamente alcançados. A performance, por sua vez, refere-se à capacidade da corporação em executar suas operações com excelência, mantendo altos padrões de qualidade e eficiência. Complementando tudo isso, a cultura organizacional molda todo o ambiente de trabalho, influenciando o comportamento dos colaboradores e a maneira como é conhecida, tanto interna, mas principalmente externamente.

Alcançar o equilíbrio dos pilares permite que uma companhia estabeleça uma base sólida, não apenas para manter sua autoridade, mas também para garantir resultados consistentes e significativos. Cada fator, atuando em harmonia com os demais, cria um ecossistema empresarial resiliente e adaptável às dinâmicas do mercado.

Sucesso por diferentes olhares

Da mesma forma que não existe um modelo único para se tornar relevante, é preciso sempre ter em mente que também não há uma única forma de sucesso. Existe, por exemplo, empreendedor que deseja ter sucesso financeiro e não tem interesse em ter uma posição de destaque na mídia, enquanto outros preferem assegurar o reconhecimento midiático do que um faturamento tão expressivo.

Independentemente dos objetivos específicos, é essencial que os empreendedores tenham uma definição clara do que constitui o sucesso para sua organização. Até porque, só é possível saber como chegar num objetivo após ter ele muito bem definido. Tal clareza facilita a escolha de estratégias e ferramentas adequadas, como as metodologias OKR, que proporcionam uma estrutura perceptível para a organização e acompanhamento de metas, alinhando toda a empresa em direção a um propósito comum.

Embora não exista um manual para a busca da relevância, a combinação de construção de autoridade, entrega de resultados e o fortalecimento de pilares estratégicos é uma receita que tende a ser extremamente saborosa. Apesar dos ingredientes serem muitas vezes compartilhados entre os empreendedores, o modo de preparo é que irá verdadeiramente trazer um toque diferente ao negócio. E hoje é o grande desafio das marcas que almejam notoriedade no mercado.

*João Brognoli – CEO e fundador do Grupo Duo&Co

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Governança digital é o pilar invisível por trás de uma boa campanha de marketing

Publicado

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*Adalberto Generoso

Não é de hoje que as empresas passaram a realizar mudanças bruscas em suas campanhas de marketing. Atualmente, companhias de praticamente todos os segmentos estão apostando em metodologias impulsionadas por novas tecnologias e formatos para colocar essas ações em prática, visando um crescimento acelerado no mercado.

É dentro dessa realidade que a governança digital emerge como um pilar fundamental para o sucesso de qualquer negócio.

Mas, para entender essa importância, precisamos recapitular um pouco a principal finalidade das campanhas de marketing: atrair a atenção do público-alvo diante da abundância de canais e conteúdos. Trata-se de um grande desafio, que pede por alguns protocolos.

O maior deles é a necessidade de reunir materiais digitais em uma só plataforma de maneira organizada e estruturada, permitindo que o acesso aos arquivos seja controlado e mapeado, de modo que a empresa domine o uso de imagens, vídeos, apresentações, documentos, dentre outros elementos.

Assim, o time de marketing poderá ter uma visão ampla do seu campo de ação, executando com uma maior precisão projetos que tragam valor ao negócio. Ou, em outras palavras, campanhas impactantes que conversam com o cliente e geram a conversão.

Como uma plataforma DAM contribui para a governança digital
De todos os modelos e soluções presentes no mercado que podem ajudar uma marca a alcançar a governança digital, o DAM (Digital Asset Management) se destaca. A partir do momento que uma plataforma como essa se torna o acervo histórico da empresa, todos os seus materiais de comunicação são armazenados e distribuídos de modo seguro e assertivo.

Primeiramente, esse benefício se deve à sua capacidade de estabelecer padrões de segurança rigorosos. Todas as atividades que estão sendo realizadas dentro dos sistemas das companhias são controladas integralmente, o que não apenas garante um tratamento adequado dos arquivos, como também impulsiona a eficiência operacional e o levantamento de insights estratégicos.

Por exemplo, se olharmos para profissionais de marketing que possuem um salário médio de R$ 5 mil e uma carga horária de trabalho de 160 horas/mês, com uma plataforma de gestão de ativos digitais, a empresa pode economizar cerca de 80% do tempo e R$ 7 milhões nos processos de produção de campanhas. Consequentemente, os projetos tendem a trazer um Retorno Sobre Investimento (ROI) maior, podendo chegar a até 200%.

Inclusive, um relatório do Mordor Intelligence demonstra que as organizações estão atentas a esses atributos. A estimativa é que o mercado de DAM atinja cerca de US$ 5,2 bilhões este ano e dobre até 2029, trazendo uma taxa de crescimento anual de mais de 15,2%.

Vantagens de incorporar a IA ao DAM
Ao debatermos o setor de marketing na atualidade, também não podemos deixar de pensar na Inteligência Artificial (IA), principalmente no que se diz respeito às IAs Generativas. Essa tecnologia vai auxiliar cada vez mais as equipes de marketing a olharem para além do óbvio e, de fato, atribuírem à marca uma personalidade forte em suas campanhas.

Basicamente, em um futuro próximo, a tecnologia será capaz de criar conteúdos de base qualificados, permitindo que os profissionais tenham tempo para pensar “fora da caixa” e executem planos de ação complexos. Por outro lado, isso só será possível se esse recurso obter acesso a uma base histórica estruturada e categorizada da empresa.

Estamos falando de campanhas antigas, publicações, imagens de produtos ou qualquer outro material de comunicação que possa ser útil para o processo criativo de novos projetos. É nesse sentido que a incorporação dessa tecnologia ao DAM entra como um divisor de águas.

A plataforma já qualifica todos os ativos digitais da empresa, possibilitando que, eventualmente, uma IA Generativa seja utilizada de forma alinhada aos seus objetivos. Logo, cria-se um ciclo de produção organizado e consciente, sem um uso limitado desse recurso tecnológico.

Essa é a prova definitiva de que a governança digital não é só um conceito abstrato, mas sim um alicerce por trás das campanhas de marketing bem-sucedidas. Implementar as respectivas tecnologias corretamente – inclusive com a ajuda de parceiros especializados – deve ser uma das prioridades das marcas que pretendem construir crescer de maneira sustentável na realidade atual.

*Adalberto Generoso – Cofundador e CEO da Yapoli, referência em gestão de ativos digitais do Brasil.

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